ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO AMBIENTE DOS NEGÓCIOS

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1. RESUMO

O uso das ferramentas Tecnológica da Informação (TI), juntamente com os Sistemas da Informação (SI), têm se tornado cada vez mais presente no ambiente organizacional, consequentemente as organizações investem em grandes proporções nessas ferramentas. Investimentos que sofrem variação de organização para organização dentro de uma perspectiva estratégica. A TI deixou de ser um requisito burocrático e têm sido utilizadas por muitas organizações, como ferramenta administrativa dentro de um plano estratégico. É nessa perspectiva do uso da TI nas organizações, que grandes problemas são solucionados. Entende-se que o uso da Tecnologia de Informação, há algum tempo, deixou de ter sua decisão pautada apenas em aspectos burocráticos ou mesmo de apoio técnico aos sistemas organizacionais. Pois as transformações ocorridas nos interior das empresas estão inter-relacionadas, tudo isto com o desenvolvimento que se processou na área da Tecnologia da Informação. Atualmente a TI e os Sistemas de Informação (SI) estão incorporados praticamente em todas as atividades empresariais, fornecendo suporte para melhoria na qualidade de serviços e produtos. Portanto, o poder dessa ferramenta é indispensável nas aplicações em busca de resultados, chegando ao ponto que a TI passou a ser a base nas tomadas de decisões.

Palavras Chaves: Tecnologia da Informação (TI), Ambiente Organizacional, Processos Organizacionais.

ABSTRACT

The use of the tools of Information Technology (IT), together with the Information Systems (IS) have become increasingly present in the organizational environment, therefore organizations must invest in large proportions in these tools. Investment suffering varying from organization to organization within a strategic perspective. IT today is no longer a bureaucratic requirement and have been used by many organizations, such as administrative tool within a strategic plan. In this perspective the use of IT in organizations, that major problems are solved. It is understood that the use of Information Technology, for some time ceased to have its decision based only on the bureaucratic or technical support for organizational systems. For the changes occurring in the interior of the companies are inter-relacionadas, all with the development that took place in the area of ​​Information Technology. Currently IT and Information Systems (IS) are incorporated in virtually all business activities, providing support for improvement in the quality of services and products. Therefore, the power of this tool is indispensable for applications in search results, to the point that IT has become the basis for decision making.

Keywords: Information Technology (IT), Organizational Environment, Organizational Processes.

2. INTRODUÇÃO

A evolução da importância da Tecnologia da Informação nas organizações pode ser mencionada por meio dos seguintes períodos:

  • Primeiro período a (TI) era um requisito burocrático necessário, que tinha como meta, contribuir na redução dos processos burocráticos organizacionais;

  • Segundo período, via-se a (TI), com outra visão, como um apoio aos propósitos gerais de uma organização, que auxiliava no gerenciamento de diversas atividades;

  • Terceiro período passou-se a compreender a (TI) como um fator de controle e gerenciamento de toda a organização, que ajudava e acelerava os processos de tomada de decisão;

  • Mas foi a partir da década de 90 até os dias atuais, que a (TI), passou a ser vista, e composta como um recurso estratégico, uma fonte de vantagem competitiva para garantir a sobrevivência e a permanência das organizações e sua aplicabilidade constante nos processos administrativos.

Observando esses tópicos de evolução da TI, pode-se dizer que a Tecnologia da Informação TI se tornou o esteio aos processos empresariais, permitindo operações digitais e ações adequadas às mudanças no cenário mercadológico, que ocorrem constantemente. No ambiente dos negócios, a revolução digital é ferramenta transformadora dentro desse panorama, pois administrar a Tecnologia da Informação é dar apoio sustentável aos indivíduos das organizações, independentemente de cada área de atuação.

Para os gestores atuais, proatividade são segmentos inteligíveis na condução da Tecnologia da Informação, pois, essa ferramenta pode alterar radicalmente a perspectiva de competitividade organizacional. Empresas de todos os níveis devem sustentar seus lucros num mercado cada vez mais competitivo, onde a lei do mais eficiente e eficaz é prevalecente.

As mudanças ocorrem muito rápidas, numa política global que transforma seus mercados e fontes de serviços, do comercio físico ao virtual (e-commerce), da terceirização de serviços (outsourcing) entre outros fatores. Diante dessa problemática, surgem as necessidades das organizações se planejarem e criarem estratégias voltadas para o futuro, tomando como base a Tecnologia da Informação, constantes em todos os negócios empresariais.

Verifica-se que as preocupações técnicas e sociais da TI estão incluídas no setor de administração dos negócios. Como apresentado por Bostrom e Heinen (1977) citado por Albertin (2009, p. 2), com a justificativa da aplicação da Teoria Sociotécnica, ou seja, um sistema técnico voltado para processos, tarefas e tecnologia necessária para transformar entradas, (Input) como matéria-prima, e saída (Output) como produtos. O sistema social volta-se para o relacionamento entre pessoas e seus atributos, tais como atitudes, competências e valores, sendo que as saídas de um sistema de trabalho são o resultado da interação conjunta entre esses sistemas.

Vários autores têm apontado as multidisciplinaridades dos Sistemas de Informações. Floyd (1988) citado por Albertin (2009, p. 2), propôs a mudança de paradigma como algo urgente, considerando que os sistemas baseados em computador (hardware e software), têm afetado cada vez mais um número maior de áreas do mundo e que a disciplina de “engenharia de software” existe não tem como lidar com esta situação de maneira sistemática. Para Earl (1987 apud ALBERTIN, 2009, p. 2) uma nova área de pesquisa está aparecendo, combinando potencialmente os campos de conhecimento sobre Sistema de Informações, estratégias de negócios, comportamento organizacional, gerência de tecnologia e economia industrial.

Para que uma organização atinja seus objetivos na economia atual, dentro de um enlace tecnológico e digital, os líderes, ou seja, os antigos gerentes e os especialistas funcionais em cada área de atuação, como por exemplo: marketing, finanças, logísticas, gerenciamento de pessoal e etc., precisam efetuar suas atividades de forma objetivas dentro de uma perspectiva eficiente e eficaz. A Tecnologia da Informação pode solucionar problemas cada vez mais complexos e suas contribuições para o sucesso e a sobrevivência das organizações é primordial.

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral:

Demonstrar por meio de conceitos as ferramentas e a importância de gestão da Tecnologia da Informação, no ambiente dos negócios corporativos.

3.2. Objetivos Específicos:

  1. Analisar a importância da gestão da tecnologia da informação e o foco nos negócios;

  2. Enfatizar a importância da Administração de TI no contexto empresarial;

  3. Mostrar a utilização da tecnologia da informação nos processos organizacionais;

4. CONCEITOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

A Tecnologia da Informação pode ser definida como a relação de recursos de informação de uma organização, seus usuários e a gerência que os supervisiona. Ela inclui a infraestrutura de informação e todos os sistemas de informação em um ambiente organizacional, ou pode ser compreendida como o conjunto dos recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação.

A Tecnologia da Informação têm sido considerada um dos componentes mais importantes do ambiente empresarial, sendo que as organizações brasileiras têm utilizado ampla e intensamente esta tecnologia tanto em nível estratégico como operacional.

Este nível de utilização oferece grandes oportunidades para as empresas que têm sucesso no aproveitamento dos benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo tempo, ele também oferece o desafio de identificar o nível de contribuição que esta tecnologia oferece aos resultados das empresas.

Neste cenário, torna-se imprescindível o conhecimento dos vínculos dos benefícios oferecidos pelo uso de Tecnologia da Informação, por meio de seus projetos e infraestrutura, que representam gastos e investimentos com o desempenho empresarial.

A caracterização da Tecnologia da Informação segundo Marcovitch (1997) é um complexo tecnológico que envolve não só computadores e softwares, mas também redes de comunicação digital, protocolos e serviços informatizados como instrumento de apoio e gestão de organizações modernas preocupadas com a concorrência acirrada, ou seja, com a competitividade que esses novos componentes acarretam. A tecnologia da informação tem um importante papel no progresso em todas as áreas as quais ela é empregada.

Nas organizações se tornou obrigatória na obtenção de eficiência e eficácia (Furlan, 1993) o planejamento do seu uso deve fazer parte das estratégias organizacionais. As Tecnologias da Informação (TI) proporcionam a infraestrutura e as mudanças, necessárias para vencer os desafios de uma competição globalizada. Apesar da evolução tecnológica empresarial, os sistemas de TI estão sempre precisando de adaptações.

Apesar do conceito de TI ser amplo, o foco nas suas atividades principais, isto é, olhar diferenciado em um ramo que se desenvolve a partir das necessidades de mesclar, ou ainda melhor, de agregar a administração de diversas especialidades das engenharias juntamente com o dinamismo da informática não pode sair do planejado (Chiavenato, 1999).

Pressupõe-se que os gestores têm procurado ampliar seus conhecimentos sobre a relação que existe entre o uso de Tecnologia de Informação e a sua efetiva contribuição nos resultados organizacionais, buscando garantir o aproveitamento dos benefícios oferecidos pela Tecnologia da Informação.

A Tecnologia da Informação, segundo Rezende e Abreu (2000), pode ser configurada da seguinte forma: veio para atender à complexidade e as necessidades empresariais. Dada às características do atual ambiente de negócios e de gestão a necessidade das organizações serem cada vez mais adaptáveis, flexíveis e ágeis, suas estruturas e processos precisam estar permanentemente sendo reavaliados, reestruturados e revitalizados.

Nesse contexto, a Tecnologia de Informação (TI), terá que identificar encontrar e/ou desenvolver, técnicas e sistemas de informação que apóiem a comunicação empresarial e a troca de idéias e experiências. Para Rezende e Abreu (2000), as empresas devem evoluir da empresa chamada tradicional para empresa baseada na informação, que se diferem principalmente nos requisitos apresentados abaixo:

Organização tradicional

Organização baseada na informação

Burocracia, excesso de formalidade

Consenso, acordo.

Padronização de produtos e serviços

Massificação personalizada e qualidade.

Padronização de salários

Salários baseados no conhecimento agregado aos negócios.

Estrutura hierarquia

Descentralização e diluição da hierarquia.

Autoridade, poder de mandar

Gerencia participativa e diluição de autoridade.

Centralização, poder central

Recursos descentralizados, sinergia, trabalho em equipe.

Controle e centralização da informação

Compartilhamento da informação

Processos decisórios centralizados

Decisões participativas gerencia por processos, gerenciamento por resultados.

Planejamento centralizado

Pensar globalmente e agir localmente.

Controle centralizado

Controle descentralizado.

Incerteza sobre o retorno de investimento em TI

Planejamento sobre o retorno de investimento em TI.

Desconhecimento e desinteresse pelas novas tecnologias (gerente, funcionários)

Visão e interesse pelas novas tecnologias (lideres, colaboradores).

Satisfação com a tecnologia atual

Procura de novas tecnologias

Troca de tecnologia: custo ou investimento?

Inovação de tecnologia: investimento e retorno programado.

Opiniões e atitudes sobre a tecnologia refletem posições e papeis das pessoas

Opiniões e atitudes sobre a tecnologia refletem conhecimento da tecnologia.

Fonte: Rezende e Abreu (2000). Adaptado pelo autor.

Nas ultimas décadas, o conhecimento tem se tornado um recurso cada vez mais estratégico para as organizações buscarem sua competitividade e sobrevivência: surgem assim as “organizações baseadas no conhecimento”. Desta forma o conhecimento organizacional pode se manifestar de várias formas, geralmente através de práticas estruturadas ou não.

Fonte: (SILVA, 2002).

No ambiente dinâmico dos dias atuais, o sucesso de uma organização depende principalmente dos recursos de informação e da forma como são utilizados. Os sistemas de informação devem ser implantados para melhorar as atividades de negócios e não somente para produzir a estrutura organizacional. Quando as informações são aglutinadas e compartilhadas pelos indivíduos, elas geram conhecimentos. Lastres e Albagli (1999).

Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado as Tecnologias da Informação revelam-se como uma ferramenta útil e estratégica na gestão empresarial.

Segundo Turban, Rainer e Potter, o termo Tecnologia da Informação pode ser definido como:

[...] a coleção de recursos de informação da organização, seus usuários e a gerência que os supervisiona inclui a infraestutura da TI e todos os outros sistemas de informação em uma organização. [...] a infraestutura da tecnologia de informação refere-se às instalações físicas, componentes de TI, serviços de TI e gerência que fornecem suporte à organização inteira. [...] os componentes da TI são o hardware de computador, software e tecnologias de comunicações que são usados pelo pessoal da TI para produzir serviços da TI. [...] Os serviços de tecnologia incluem gerenciamento de segurança. As infraestrutura da TI incluem esses serviços, além de sua integração, operação, documentação, manutenção e gerenciamento (2005, p.40).

5. SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SI) E GESTÃO DO CONHECIMENTO

Os sistemas de informação estão em toda parte dentro de uma organização, bem como nos departamentos administrativos, financeiros, logísticos, marketing e etc. O termo Tecnologia da Informação pode ser em alguns casos confundido com o conceito de Sistema de Informação (SI).

Quanto ao conceito de Sistema de Informação (SI), o primeiro passo é entender os fundamentos dos seus termos. A Palavra “sistema” é geralmente mal contextualizada, usada muitas vezes de forma indiscriminada e sem qualquer critério, originando, em especial nos meios organizacionais, confusão de entendimento. Também pode gerar outro sentindo quando empregada dentro de um software.

O uso do termo “sistema” deve-se ao biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy (1975), quando explicou o seu significado e o seu processo de funcionamento. Mas tarde com o advento do computador, emergiu e consolidou o termo Sistema da Informação (SI).

Rezende e Abreu (2001, p. 31) também definem os sistemas por meio de sua composição técnica e social, tais como: “[...] hardware, software, dados e pessoas”. O desenvolvimento da tecnologia contribuiu significativamente para o avanço desses sistemas. A computação, que antes era considerada apenas como um mecanismo que tornava possível automatizar determinadas tarefas em grandes empresas e nos meios governamentais, passou a ser vista como uma ferramenta poderosa em qualquer organização.

Com a evolução das telecomunicações, ocorreu a necessidade de estabelecer uma comunicação entre os diversos computadores, facilitando dessa forma os processos comunicativos, o armazenamento de dados, a busca de informações, entre outros procedimentos.

O foco da teoria de Bertalanffy é mostrar que os sistemas não podem ser totalmente compreendidos apenas analisando separadamente suas partes. Sua compreensão só é possível por meio da análise da dependência recíproca e da integração existente entre elas.

Costuma-se dizer que a finalidade dos sistemas de informação é obter as informações certas para as pessoas certas, no momento certo, na quantidade certa e no formato certo. Como os sistemas de informação devem fornecer informações úteis, começamos definindo informações e dois termos intimamente relacionados: dados e conhecimento.

Um dos principais objetivos dos sistemas de informações é transformar economicamente os dados em informações ou conhecimento, Vejamos mais de perto esses conceitos, conforme comenta Turban, Rainer e Potter, (2007, p.3).

  • Os Itens de Dados: Referem-se a uma descrição elementar de coisas, eventos, atividades e transações que são registrados, classificados e armazenados, mas não são organizados para transmitir qualquer significado específico. Os itens de dados podem ser números, letras, figuras, sons ou imagens. Exemplos de itens de dados são as notas de um aluno em uma disciplina e o número de horas que um empregado trabalhou em determinada semana.

  • A Informação: Refere-se a dados que foram organizados de modo a terem significado específico e valor para o receptor. Por exemplo, a nota é um dado, mas o nome de um aluno associado a sua nota é uma informação. O receptor interpreta o significado e elabora conclusões e implicações da informação.

  • O Conhecimento: Consiste em dados e/ou informações que foram organizados e processa dados para transmitir entendimento, experiência, aprendizagem acumulada à prática aplicada a um problema ou atividade empresarial atual. Por exemplo, uma empresa recrutando em uma universidade descobriu, ao longo do tempo, que alunos com médias acima de 6,00 foram mais bem-sucedidos em seu programa de gerenciamento. Com base nessa experiência, a empresa pode decidir entrevistar apenas alunos com média acima de 6,00. O conhecimento organizacional, que reflete a experiência e a pratica de muitas pessoas, tem grande valor para todos os empregados.

De acordo com O’ Brien (2004) os dados são formados pelos fatos ou observações como imagens ou sons, que podem ou não serem usados. Por sua vez, a Informação é formada pelos dados que foram organizados de modo que adquirissem significado e valor para quem os recebe, denominado de recebedor. Por exemplo, quando um professor lança uma média de notas, sem nenhuma observação, essa média constitui um dado. Quando ele acrescenta o nome do aluno ao lado da nota, o dado adquire o valor de informação. Como existem diferentes níveis em uma organização é natural que também existam diferentes tipos de Sistemas de Informação com diferentes especializações.

As grandes transformações ocorridas nos últimos anos, impulsionadas, principalmente, pelo avanço da tecnologia, provocaram a passagem da antiga sociedade industrial para uma nova sociedade baseada na informação e no conhecimento. Drucker (1998 apud Albertin, 2009) ressalta que estamos entrando na sociedade do conhecimento, onde não mais o capital, os recursos naturais ou a mão-de-obra podem ser considerados como recurso econômico básico, mas, sim, o conhecimento, sendo que serão os trabalhadores do conhecimento os que desempenharão o papel central. Considera, ainda, a Gestão do Conhecimento o passo seguinte à Gestão da Informação. O conhecimento é a chave para a conquista de vantagens competitivas no atual ambiente empresarial.

Entretanto, o conhecimento não possui, exatamente, as mesmas características da informação. A importância da informação, geralmente, está relacionada com o tempo. Diferentemente, o conhecimento deve ser distribuído através da organização, e sua essência está em ser compartilhado, adquirido e trocado para gerar novos conhecimentos. Authier (1995 apud Albertin, 2009) ressalta que o conhecimento, de modo geral, é aquilo graças ao qual elaboramos respostas e soluções para problemas novos. O conhecimento pode ter dois significados aparentemente diferentes:

  • É, primeiramente, aquilo que nos torna capazes de interpretar uma informação, de dar um sentido a um saber;

  • É, também, um ser humano – um conhecido – que pode ser um aliado em uma situação problemática. Quer seja a capacidade de dar um sentido, quer seja a capacidade de fazer alianças, o conhecimento é possuído por uma ou mais pessoas, mas só pode ser algo humano. Competências ou conhecimentos, intrinsecamente ligados uns aos outros, caracterizam as riquezas humanas que a empresa detém.

Consultores podem ajudar no projeto e na construção de grandes sistemas do conhecimento, no mapeamento do conhecimento com algum nível de detalhe, no levantamento do estado atual do conhecimento e na educação de gerentes e funcionários sobre os fundamentos do conhecimento. Consideramos que essas informações devem construir um único parágrafo, melhor escrito e relacionado um com o outro. Explicam as autoras Lastres e Albagli que:

"Informação e conhecimento estão correlacionados, mas não são sinônimos. Também é necessário distinguir dois tipos de conhecimentos: os conhecimentos codificáveis - que, transformados em informações, podem ser reproduzidos, estocados, transferidos, adquiridos, comercializados etc. - e os conhecimentos tácitos. Para estes a transformação em sinais ou códigos é extremamente difícil já que sua natureza está associada a processos de aprendizado, totalmente dependentes de contextos e formas de interação sociais específicas" (1999, p.30).

Miranda também distingue três diferentes tipos de conhecimentos:

  • Conhecimento explícito é o conjunto de informações já elicitadas em algum suporte (livros, documento etc.) e que caracteriza o saber disponível sobre tema específico;

  • Conhecimento tácito é o acúmulo de saber prático sobre um determinado assunto, que agrega convicções, crenças, sentimentos, emoções e outros fatores ligados à experiência e à personalidade de quem detém;

  • Conhecimento estratégico é a combinação de conhecimento explícito e tácito formado a partir das informações de acompanhamento, agregando-se o conhecimento de especialistas. (1999, p.287).

CONHECIMENTOS

TÁCITO

EXPLÍCITO

(Socialização)

Conhecimento

Compartilhado

(Internalização)

Conhecimento

Operacional

(Externalização)

Conhecimento

Conceitual

(Combinação)

Conhecimento

Sistêmico

ESTRATÉGICO

Conteúdo do Conhecimento criado pelos quatro modos de conversão do conhecimento (Nonaka e Takeuchi, 1997). Adaptado pelo autor.

A socialização é o processo de compartilhamento de experiências entre os indivíduos de um grupo, desenvolvendo-se, frequentemente, através da observação, imitação e prática. Sob o ponto de vista empresarial, o treinamento prático é um exemplo que utiliza, basicamente, os mesmos princípios.

A externalização é o processo de organização do conhecimento tácito em conhecimento explícito através de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. Quando escrevemos um relatório para ser apresentado em um seminário, estamos codificando e registrando nosso conhecimento tácito.

A internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito. Quando analisamos relatórios, documentos apresentados em um seminário, mentalmente agregamos esses novos conhecimentos às nossas percepções e experiências anteriores, criando novos conhecimentos tácitos.

A combinação é o processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito – por exemplo, classificação, sumarização, pesquisa e categorização das informações - com a utilização da tecnologia de banco de dados, o que pode levar à criação de novos conhecimentos.

Silva (2002) visualiza a gestão do conhecimento em três níveis diferentes, porém fortemente inter-relacionados:

  1. Estratégico: trata da ligação entre competitividade da empresa e o trabalho com os conhecimentos para a criação de competências organizacionais.

  2. Tático: destaca a importância de se considerar a gestão de conhecimentos na organização como sendo parte relevante de seus processos de negócio e não somente de suas áreas departamentais.

  3. Operacional: ligado à aprendizagem, aos formatos que o conhecimento assume e ao papel desempenhado pela tecnologia da informação.

Davenport e Prusak conceituam dado, informação e conhecimento. Contudo, dão maior ênfase ao termo informação: “Informação, além do mais, é um termo que envolve todos os três, além de servir como conexão entre os dados brutos e o conhecimento que se pode eventualmente obter" (1998, p.18).

A relação entre os três conceitos existe e é natural, uma vez que dados, informação e conhecimento são insumos básicos para os três modelos. O que muda é a complexidade das ações despendidas.

A gestão da informação trabalha no âmbito do conhecimento explícito, ou seja, são dados e informações que já estão consolidados em algum tipo de veículo de comunicação, como exemplo pode-se citar desde o livro impresso até a rede Internet. No caso da gestão do conhecimento, a complexidade está na inserção do conhecimento tácito nesse universo, ou seja, um ou mais indivíduos da organização fornecem suas experiências, crenças, sentimentos, vivências, valores etc.

Por conseguinte, a inteligência está ligada ao conceito de processo contínuo, sua maior complexidade está no fato de estabelecer relações e conexões de forma a gerar inteligência para a organização, na medida em que cria estratégias para cenários futuros e possibilitam tomadas de decisão de maneira mais segura e assertiva.

6. ARQUITETURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O AMBIENTE COMPUTACIONAL

A arquitetura de tecnologia da informação (TI) é um mapa ou plano de alto nível dos recursos de informação em uma organização. É tanto um guia para operações atuais, quanto um esquema para decisões futuras. A arquitetura de TI integra todas as aplicações, pois a mesma é análoga à arquitetura de uma casa. Uma planta arquitetônica descreve como a casa vai ser construída, incluindo como os vários componentes, como os sistemas hidráulicos e elétricos, serão integrados. Da mesma forma, a arquitetura de TI mostra como todos os aspectos da tecnologia da informação se integram em uma organização.

Ilustração da arquitetura de TI de uma agência de viagens.

Fonte: (Turban, 2007).

Com o intuito do melhor posicionamento acerca do papel do ambiente computacional nas organizações, criou-se uma visão, onde está demonstrada a posição do ambiente computacional como parte integrante do ambiente organizacional, as tecnologias de informação que integram o Ambiente Computacional e, como essa ferramenta tecnológica interage com os usuários possibilitando a criação, a disseminação, a utilização e a proteção do conhecimento, conforme a seguir:

A utilização da TI pelas organizações passou por diferentes modelos ao longo dos anos, o que levou a ter diferentes objetivos e aplicações.

Se na perspectiva organizacional havia o risco de utilizar a TI simplesmente como ferramenta de produtividade e controle, sem aproveitar seu potencial revolucionário e de novas oportunidades, na perspectiva tecnológica, o risco passou a ser a utilização intensa da TI e seu retorno adequado, a utilização da TI pela TI, o surgimento de impactos negativos pela falta de tratamento adequado dos aspectos de assimilação e implementação da tecnologia, falta de alinhamento estratégico coerente etc.

Uma das questões apareceu como relevante referia-se ao fato do que seria mais adequado: a tecnologia adaptar-se à organização ou a organização a tecnologia. A resposta, sem duvida, é que as duas concepções estão corretas e não são excludentes.

Na visão de Rezende e Abreu (2000), um sistema de informação eficiente pode ter um grande impacto na estratégia corporativa e no sucesso da empresa. Entre os benefícios que as empresas buscam estão: suporte a tomada de decisão, valor agregado ao produto, melhor serviço e vantagem competitiva, produtos de melhor qualidade entre outros.

Assim surge a perspectiva atual, na qual as diretrizes organizacionais fornecem sustentabilidade suficiente e imprescindível para a elaboração da estratégia e a utilização bem sucedida de TI, ao mesmo tempo em que é influenciada e alterada pela TI, que oferece novas oportunidades de atuação interna e externa, muitas vezes de forma revolucionaria.

Podemos observar nessa analise de evolução da TI pelas empresas, que é possível identificar mudanças significativas na visão que as empresas passaram a ter dessa tecnologia.

Earl (1998) define que parte central das estratégias de TI é a filosofia que a organização tem em relação a essa tecnologia, na qual estão incluídos a visão e o valor de TI para a organização, que permitem e se completam com a definição de temas e a carteira de serviços e projetos, bem como sua postura em relação aos recursos internos e externos.

Hoje as organizações utilizam a TI para mudanças de processos, visando a eficácia das metas organizacionais ou o aproveitamento de novas oportunidades. Pois esta filosofia é a base para definição do posicionamento da TI em relação às organizações.

7. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO BASEADOS EM COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO

A arquitetura e a infraestrutura de TI fornecem a base para todos os sistemas de informação na organização. Um sistema de informação (SI) coleta, processa, armazena, analisa e dissemina informações que usa a tecnologia de computador para realizar algumas ou todas as tarefas pretendidas. Embora nem todos os sistemas de informação sejam computadorizados, a maioria é. Por essa razão, o termo “sistema de informação” normalmente é usado como sinônimo de “sistema de informação baseado em computador”.

Como preposto anteriormente à finalidade do sistema da informação é obter as informações certas no momento certo, para as pessoas certas. A informação deve proceder a informações que sejam úteis e aproveitáveis num sistema bem definido.

Para a verificação de que maneira os sistemas poderiam ser chamados de estratégicos, os autores buscaram eventuais conexões entre os sistemas e a estrutura das forças competitivas de Porter (1996).

Dentro de uma visão de negócios, sobre o Sistema da Informação (SI), pode-se dizer que na atualidade o mundo vive a era da informação, exigindo das organizações uma gestão estratégica eficiente, eficaz e de poder controlador, a qual pode ser pluralizada pela utilização de recursos inteligentes, oferecidos pela tecnologia de informação e sistemas de informação de modo geral.

A tecnologia de informação ligada ao sistema de informação oferece recursos tecnológicos e computacionais para a geração de informações, e os sistemas de informação gestacional estão cada vez mais alargados, ou seja, sofisticados e segmentados, propondo mudanças nos processos organizacionais, estrutura e estratégia de negócios.

Nos dias atuais, não se admite que uma organização queira fazer frente no mercado global com vantagem, sem a utilização dessas ferramentas. Estes fatos abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões busquem o aperfeiçoamento contínuo para suas organizações. O desenvolvimento e a crescente evolução das organizações é fruto da evolução do conhecimento e da informação, por isso as transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico nas áreas de informação e comunicação afetam significativamente a sociedade.

Para acompanhar essa metamorfose, ou seja, a transformação, tanto as pessoas/gestor quanto as organizações têm procurado formas mais rápidas para se inserir nesse modelo atual de mercado. Esse modelo conhecido como ‘Era da informação’, a qual é necessário ter em mente a tecnologia de informação e os sistemas de informação como grandes precursores e responsáveis pelo valor adicional às tomadas de decisões no ambiente social e organizacional.

À medida que a revolução digital continua a sofre mudanças, o panorama dos negócios, corporações bem sucedidas, devem suster seus capitais em mercado global altamente competitivo e em rápidas mudanças. Pois todas essas mudanças podem contribuir de forma positiva ou negativa para o sucesso, ou mesmo para a sobrevivência das organizações. A Administração da (TI), se baseia na premissa fundamental de que o papel da mesma é da apoio necessário aos indivíduos e organização.

A definição que considera os conceitos já mencionados de forma abrangente, é que a (TI) é tudo aquilo com que podemos obter de informação, armazenar, tratar, comunicar e disponibilizar a informação. Tal abrangência se mostra amplamente coerente com a intensa utilização no novo ambiente empresarial, permitindo a realização dos negócios.

Albertin (2009, p.58) comenta as setes proposições, de Earl (1987:173-174) para desenvolver a noção e a necessidade da gerência estratégica da TI, isto é, ajudam a esclarecer o conceito de administração de informática:

- Se a organização percebe a TI como fator de negócio estratégico, seu planejamento torna-se muito mais que um conjunto de técnicas de fórmulas estratégicas;

- Se a TI é percebida por uma organização como estratégica, ela não pode mais ser gerenciada como atividade de suporte ou serviço, e não pode também ser considerada uma atividade especialista;

- Se a TI é para ser um mecanismo para criar vantagem competitiva, então o foco externo, as características de desenvolvimento de produto e serviço e a orientação de marketing do “Sistema de Informação” resultante serão mais reminiscentes da inovação do negócio que das aplicações tradicionais;

- Se uma empresa opera um setor em que a infraestrutura é fundada na TI, considera que suas estratégias de negócios dependem da TI.

- Se a empresa é baseada fortemente em tecnologia, ou está provendo informação e serviço de processamento, ela provavelmente requer algumas das praticas de gerencias encontradas nas companhias de alta tecnologia de sucesso;

- Se a TI é aceita como sendo estratégica, afetando o futuro da empresa e requerendo considerações de matérias ambientais tanto quanto funcionalidade interna, os executivos de TI e de outras áreas de linha operacionais e os gerentes gerais precisam integrar entre si e gerenciar seus ambientes;

- Se as proposições são verdadeiras então as gerencias tem muito que aprender;

Partindo das proposições descritas, observa-se que a Administração de Informática, assim como outras modalidades de gestão, deve considerar os princípios e teorias da gestão geral, não sendo aceita que ela tenha uma forma totalmente distinta ou particular de ser realizada.

Albertin (2009, p.60) cita Ein-Dor e Segev (1978) argumentando que o objetivo principal de um processo formal de Planejamento Estratégico de SI é a produção de Sistemas de Informação Gerenciais consistentes com a política geral da organização.

Pressupomos então que toda ligação da Informação Administrativa dentro dos Sistemas de TI, assegura o cumprimento do desenvolvimento dos negócios num ambiente organizacional.

8. O PODER DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) E A FORÇA DOS NEGÓCIOS

A constante evolução dos negócios, mercado e economia que temos vivido tem acarretado uma turbulência acentuada, graças as ferramentas de tecnologia.

“Em tempos turbulentos uma empresa deve manter-se ágil, forte e sem gordura, capaz de suportar esforços e tensões, e capaz também de se movimentar rapidamente para aproveitar as oportunidades”. Drucker (1980:33).

É nessa postura que a Informática pode ser decisiva para o sucesso ou fracasso de uma empresa. A administração de Informática deve contribuir para que a organização seja ágil, flexível e forte, e não para que ela fique á espera de suas realizações ou insegura quanto a seu apoio.

Segundo Drucker (1988), a nova organização depende fundamentalmente da TI, uma vez que se fundamenta na completa disponibilidade de informações. Os participantes da nova organização devem ter a possibilidade de disponibilizar as suas informações para aquelas que delas necessitam, assim como devem poder acessar as informações de que precisam de forma rápida, livre e fácil.

Madnick (1991:27-30 apud Albertin, 2009) no capitulo sobre Plataforma de TI, argumenta que as oportunidades de TI e as forças de negócios levarão a uma elevada conectividade, possibilitando as formas de relacionamentos entre organizações, e aumentarão a produtividade dos grupos. As oportunidades da TI para:

- Continua vantagem e melhoria de custo e desempenho de capacidade;

- Novas arquiteturas de TI, que incluem:

- Redes extensas de comunicação;

- Banco de dados distribuídos e acessíveis;

- Melhora nas estações de trabalho de interface humana;

8.1. As Forças de Negócios:

- Globalização;

- Competitividade em nível mundial;

- Requerimentos de produtividade;

- Ambientes voláteis;

Os estudos sobre o uso de TI não apresentam consenso sobre o melhor enfoque, medidas ou nível de análise a serem utilizados para medir o valor de negócio e estratégico dos investimentos em TI nas organizações. A maioria dos estudos sempre foi baseada em muitas disciplinas, por exemplo, nos aspectos microeconômicos, econômicos e financeiros; foram usadas várias teorias, como a teoria da firma, valor da informação e valor do tempo do dinheiro; e o emprego de muitas variáveis dependentes desde índices financeiros até a satisfação.

A maioria dos modelos usados nas pesquisas assume a relação direta entre tecnologia e algumas medidas de desempenho, e essa visão é denominada modelo básico e inclui investimento e desempenho organizacional.

9. A (TI) NAS ORGANIZAÇÕES COMO FERRAMENTA ESTRATEGICA

Segundo Vasconcelos e Ozaki (2005), atualmente uma gama de empresas veem os negócios eletrônicos (E-commerce) como sendo apenas a implementação de um site para vendas através da Internet. Não é incomum vermos empresas solicitar os desenvolvedores de software um sistema para fazer pedidos pela Internet, ou mesmo para coordenar sua linha de produção acreditando que isto é suficiente para aproveitar os benefícios desta nova modalidade de negócios. Outras empresas preferem a passividade, optando por não investir em TI baseadas na intuição de seus executivos, que não visualizam os benefícios das ferramentas digitais.

Depois, queixam-se que não alcançaram os resultados esperados, justificando que o emprego dessas novas tecnologias não é adequado ao seu setor de atuação, ou que os clientes não possuem cultura para utilizar a nova ferramenta. De acordo com Mendes (2002), podem perceber tardiamente que, por miopia empresarial, não viram oportunidades, vislumbradas por concorrentes ou novos entrantes que passam a desbancar antigos líderes e abalam toda a estrutura de um setor.

Portanto, não se pode perder o enfoque que para se obter um resultado eficiente em seu ramo de segmentação, há necessidade de uma integração eficaz de ferramentas de TI com modelos de gerenciamento apropriados. Trata-se de um esforço integrado envolvendo as áreas de TI, estratégia, comercial, logística, financeira, além do próprio cliente, e fornecedores promovendo uma mudança cultural. Alterando a forma como as pessoas trabalham inclusive o próprio setor técnico operacional da empresa em prol de uma gestão eficaz com vistas às metas traçadas com a implantação das Tecnologias de Informação, caso contrário o resultado final pode se tornar catastrófico conduzindo muitas vezes à organização a falência.

Conforme Porter, (1985), uma estratégica competitiva é uma formula ampla para saber como uma empresa irá competir, mais devem ser suas metas e quais planos e políticas serão exigidos para cumprir essas metas. Por meio de sua estratégia competitiva, uma organização busca vantagens competitivas em um setor – uma vantagem sobre os concorrentes em alguma medida como custo, qualidade velocidade.

Segundo Turban, Rainer e Potter (2005, p.17), a vantagem competitiva na economia digital do que na velha economia. Na maioria dos casos, a economia digital não mudou o negócio principal das empresas. Ou seja, as tecnologias de internet simplesmente oferecessem as fontes tradicionais de vantagem competitiva - como baixo custo, excelente atendimento ao cliente ou gerenciamento superior de cadeia de fornecimento. Para a maioria das organizações, o primeiro passo para a vantagem competitiva na economia digital é responder a seguinte questão: “Como a TI, especialmente a internet pode me ajudar nos negócios?”. A resposta normalmente envolve Sistemas de Informações Estratégicos.

A estrutura mais conhecida para analisar a competitividade é o modelo de forças competitiva de (Porter, 1986). Ele é usado para desenvolver estratégias para as empresas aumentarem sua margem competitiva. O modelo reconhece cinco forças principais que poderiam colocar em risco a posição de uma organização em um determinado setor, conforme descrição:

  • A ameaça de novos entrantes. Para a maioria das firmas, a internet aumenta a ameaça de novos entrantes. Primeiro, a internet afiadamente reduz as barreiras tradicionais a entrada, como a necessidade de uma força de vendas ou uma vitrine física para vender bens e serviços. Os concorrentes só precisam configurar um web site. Essa ameaça particularmente aguda nos setores que realizam um papel de intermediação. Por exemplo: (corretores da bolsa agente de viagem), bem como setores em que o produto ou serviço principal é digital. Por exemplo: (setor musical). Segundo, o alcance geográfico da internet permite que concorrentes distantes compitam mais diretamente com firma existem.

  • O poder de negociação dos fornecedores. O impacto da internet sobre os fornecedores é misturado. Por um lado, os compradores podem encontrar fornecedores alternativos e comparar preços com mais facilidade, reduzindo o poder e negociação do fornecedor. Por outro lado, enquanto as empresas utilizam a internet para integrar sua cadeia de fornecimento e juntar centrais digitais de trocas, os fornecedores participantes prosperarão aprisionando aos clientes e aumentando os custos de trocas.

  • O poder de negociação dos clientes (compradores). A web aumenta bastante o acesso de um comprador às informações sobre produtos e fornecedores. As tecnologias da internet podem reduzir os custos de troca de cliente (os custos, em dinheiro e tempo, de uma decisão para comprar em outro lugar) e os compradores podem comprar com mais facilidade de outros fornecedores. Esses fatores significam que a internet aumentam bastante o poder de negociação dos clientes.

  • A ameaça de substituir produtos ou serviços. Os setores baseados em informação estão no maior perigo de substituições. Qualquer setor em que a informação digitalizada pode substituir bens materiais. Por exemplo: (musica, livros, software) precisa ver a internet como uma ameaça.

  • A rivalidade entre firmas existentes no setor. A visibilidade das aplicações da internet torna os sistemas proprietários mais difíceis de manter em segredo, reduzindo as diferenças entre os concorrentes. Ou seja, quando eu vejo um excelente sistema on-line novo do meu concorrente, provavelmente preciso acompanhar seus recursos para permanecer competitivo. Na maioria dos setores, a tendência para internet de reduzir os custos variáveis em relação aos custos fixos encoraja o desconto no preço. Essas duas forças encorajam a concorrência de preços destrutivos em um setor.

De muitas outras maneiras, os sistemas baseado na web estão mudando a natureza da concorrência das empresas e até mesmo a estrutura dos seus setores.

10. O CONHECIMENTO TECNOLÓGICO NA ADMINISTRAÇÃO

A Administração é a ciência responsável pelo estudo das organizações e pelas formas como são gerenciadas. No mundo competitivo de hoje, o que diferencia o gestor de um simples executor de tarefas é exatamente o conhecimento de como administrar bem uma organização: enquanto o primeiro sabe analisar e resolver situações problemáticas e complexas, pois aprendeu a pensar, a avaliar e a ponderar em termos conceituais, teóricos e estratégicos, o segundo é um mero agente de execução e operação, que aprendeu a fazer, na prática, planos, organogramas, mapas, registros, lançamentos, etc. O administrador é, também, um agente de mudança e inovação, pois estuda e adquire conhecimentos para entender e diagnosticar situações relacionadas ao processo de gerenciamento.

O conhecimento tecnológico da Administração é importantíssimo, fundamental e indispensável para o modo de agir do administrador. O seu desempenho depende, sobretudo, de sua personalidade e de suas habilidades. O ambiente empresarial está mudando continuamente, tornando-se mais complexo e menos previsível. Cada vez mais ele depende de informação e de toda a infraestrutura tecnológica, o que permite o gerenciamento de enormes quantidades de dados. A tecnologia gera grandes transformações no comportamento social. As mudanças que ocorrem de forma ágil e sutil influenciam também o comportamento nas corporações.

Para o mundo empresarial, essas variações geram consequências fundamentais, causando preocupação diária aos empresários e executivos. Uma delas se refere ao estágio de desenvolvimento tecnológico das empresas e/ou de seus processos internos. O gerenciamento dos Sistemas de Informação (SI) é uma das funções fundamentais dentro de uma organização, podendo atuar como um subsistema no sistema organizacional. As influências externas na organização podem ocorrer por meio das novas regulamentações governamentais, mudanças de tecnologia, e/ou competições etc. O acompanhamento dessas mudanças necessita de mobilização de todos os recursos, além o pessoal de informática. Frota (2010, p. 124).

Ainda na visão de Frota (2010) os modernos sistemas de informação oferecem às empresas oportunidades sem precedentes, que melhoram os processos internos e os serviços prestados ao consumidor final. Qualquer forma de limitação à atuação da Tecnologia da Informação (TI) acarreta dificuldades ao bom funcionamento das empresas. Por isso, as empresas precisam realizar estudos prévios para conhecer as tendências e os comportamentos que podem aumentar sua competitividade. Atualmente, a gestão estratégica da informação tornou-se uma parte crítica e integrada de qualquer estrutura gerencial de sucesso.

O uso da reengenharia de processos para direcionar os novos sistemas de informação pode proporcionar um aumento significativo da satisfação dos clientes e/ou a redução de custos. Algumas empresas utilizam a tecnologia apenas para fazer mais rápido o mesmo trabalho. A análise de aquisição dos produtos e serviços de tecnologia está vinculada à avaliação dos valores internos da empresa. Essa análise ocorre desde a sua cultura, o nível dos seus gestores e colaboradores, até a análise dos seus negócios, sem desconsiderar o planejamento estratégico para o futuro. Os novos desafios dos gestores com a implantação de processos baseados em TI estão ao alcance de metas e objetivos organizacionais específicos, que combinam habilidades de liderança e comunicação com conhecimentos técnicos sobre o negócio.

Esses processos exercem um papel decisivo em todas as questões de gestão da informação e de aprimoramento da organização. A Tecnologia da Informação permeia a cadeia de valor em cada um de seus pontos, transformando a maneira como as atividades são executadas e a natureza das interligações entre elas. Ela afeta também o escopo competitivo e reformula a maneira como os produtos e serviços atendem às necessidades dos clientes. Os seus efeitos básicos explicam porque a Tecnologia da Informação adquiriu um significado estratégico e diferencia-se de outras tecnologias utilizadas nos negócios.

Fonte: Frota (2010, p. 125)

Conforme Frota (2010, p.125), ao iniciar um projeto de implantação de TI nos processos organizacionais é recomendável ao gestor e sua equipe a atenção em uma série de questionamentos importantes, a saber:

  • Quais os processos mais importantes no momento e por que implantá-los?

  • O sistema de TI atenderá as necessidades da empresa?

  • Quem serão os mais afetados pelas mudanças?

  • Quem serão os líderes das equipes?

  • Qual a cultura da companhia e quais serão as resistências?

  • Quais as subculturas e as resistências?

  • Como essas resistências poderão ser aplicadas na mudança dos processos?

  • Quais os atributos culturais que interferirão nas mudanças?

  • Quais as mudanças consideradas mais difíceis e como lidar com elas?

  • Quem será o responsável pelo gerenciamento das mudanças?

A implantação de um projeto de TI exige suporte físico e técnico compatível com as necessidades do processo organizacional. Para que a TI atenda às necessidades da organização é preciso criar cargos adequados a cada função, com profissionais preparados e comprometidos com as metas e objetivos da corporação. É importante que os melhores profissionais façam parte do time de implantação e funcionamento da TI na organização. Para que as mudanças sejam implantadas no tempo previsto do projeto de TI é necessário que os gerentes de cada unidade de negócio conheçam e entendam claramente as razões que estão por traz das mudanças.

Para que isso ocorra é importante a elaboração de um documento institucional, especificando claramente a estratégia de comunicação e os princípios organizacionais da companhia. Um projeto de TI não pode ser implantado de forma brusca, ele deve ser gradativo e com um sistema que atenda as necessidades funcionais da empresa. Para isso, é preciso considerar o montante de trabalho que será exigido em cada fase e os eventuais imprevistos que possam surgir durante o projeto. O componente humano de uma companhia corresponde ao conhecimento, experiência e habilidades tanto dos profissionais de TI quanto dos usuários que formam a memória da organização. Para que a tecnologia possa ser bem empregada e ofereça um retorno satisfatório é preciso congregar os conhecimentos dos profissionais, combinando as habilidades técnicas com os conhecimentos das diversas áreas das organizações.

Assim como os recursos físicos, o conhecimento técnico também pode estar facilmente ao alcance dos concorrentes, uma vez que os profissionais de TI, de maneira generalizada, possuem formação técnica semelhante. Dessa forma, além do conhecimento técnico, o pessoal de TI deve conhecer bem os processos organizacionais que envolvem os negócios, as estratégias da organização e a cultura das pessoas e da empresa. Somente assim, a empresa terá condições de empregar, da melhor forma possível, a sua. Quando a empresa adapta a tecnologia às suas particularidades – estratégias, cultura e estrutura organizacional -, ela protege o seu sistema de possíveis cópias pelos concorrentes.

11. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Tomando como base a fundamentação teórica apresentada sobre a Administração da Tecnologia da Informação no ambiente dos negócios e com objetivos de alcançar as metas propostas neste trabalho, será apresentada a seguir, a metodologia que será utilizada na investigação do problema de pesquisa deste estudo.

Este trabalho será segmentado por uma minuciosa pesquisa bibliográfica, dando ênfase a Tecnologia da Informação no meio organizacional. Neste pressuposto, a leitura e a observação de dados, será o fator primordial para a desenvoltura deste trabalho. Vamos procurar indicar e acessar as fontes de consultas, fichá-las, lê-las, construir seu texto dentro das normas preestabelecidas dos padrões didáticos.

Este trabalho consistirá numa pesquisa qualitativa através de levantamentos bibliográficos, conforme Oliveira (2002, p.117), tem a facilidade de descrever determinado problema, analisando as variáveis e classificando os processos experimentados, permitindo uma interpretação particular de cada pessoa e de gestores envolvidos no enlace Tecnológico das corporações globais. A análise dos dados será realizada a partir dos dados coletados em referências bibliográficas, confrontada com os conceitos levantados no referencial teórico, caracterizando desta forma a pesquisa como qualitativa.

Na análise e demonstrações de resultado, formalizaremos o objetivo para demonstrar como a tecnologia organizacional tem crescido no ambiente corporativo, nos ramos mercadológicos, dando uma visão da ferramenta (TI) e sua primordial importância para solucionar problemas cada vez mais complexos que exigem uma sistemática adequada de gestão tecnológica.

12. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

Analisando o contexto global da tecnologia da informação, conforme reforçado pelo referencial teórico, percebe-se que a mesma sofreu algumas alterações no decorrer de sua existência, tanto no contexto organizacional como na vida pessoal. Passando por transformações dentro do panorama dos negócios, sendo peça estratégica de fundamental importância no ambiente organizacional. Conforme reforçado por Rezende e Abreu (2000), um sistema de informação eficiente pode ter um grande impacto na estratégia corporativa ou a organização a tecnologia, gerando expectativas positivas ou negativas.

As tecnologias de informações estão presentes em diversos contextos, principalmente nas resoluções de grandes problemas. Hoje os sistemas em geral baseados em tecnologia, favorecem a amplitude de solucionar problemas cada vez mais complexos. A figura a seguir exemplifica a interação organizacional em busca do equacionamento dos problemas usando as ferramentas de TI.

Fonte: do Autor

O gráfico a seguir mostra que quase 100% das empresas nacionais usam a internet para fins de negócios. Isso só vem mostrar seu firmamento positivo em ambiente de negócios.

Fonte: http://www.proxxima.com.br/proxxima/negocios/noticia/2011/10/20/Empresas brasileiras-conectadas.html. Acessado em 13.07.2012.

Gráfico: Elaborado pelo autor.

Como se pode observar, o percentual de empresas conectadas à internet no Brasil passou de 95%, em 2007, para 97%, em 2010, um aumento de 2% em menos de três anos, mostrando que o poder da tecnologia da informação só tende a crescer no ambiente dos negócios. Pois as forças dos negócios como globalização, competitividade em nível mundial, requerimento de produtividade e ambientes voláteis, faz com que o uso da tecnologia pelas empresas seja cada vez mais elevado.

Dentro da regra das tramitações organizacionais a TI pode assumir um papel positivo ou negativo se fases da administração não forem respeitadas, conforme descrito: PODC = EEE

O planejamento, a organização o direcionamento e controle são as ferramentas bases para atingir as metas e os objetivos a ser seguido, gerando eficiência eficácia e efetividade. Ressaltando, que a TI segmenta os PODC, buscando os três EEE, esses segmentos se não forem feito de modo sistemático a geração de resultado pode ser negativa.

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Tecnologia da Informação (TI) os Sistemas de Informações (SI) são fatores presentes e reais implantados nas bases organizacionais, isto é, bases formadas pelos contextos de pessoas utilizando a tecnologia para atingirem resultados dentro de uma perspectiva que engloba aperfeiçoamento constante, eficiência e eficácia. A TI desde o seu surgimento até os dias atuais sofreu grandes inovações: do uso burocrático, a ferramenta administrativa de negócios, passando então a ser consultada como ferramenta de base de apoio nas tomadas de decisões e processos organizacionais.

Verifica-se que as preocupações técnicas e sociais da (TI) estão incluídas no setor de administração dos negócios, gerando uma interpretação definidas como relação de recursos de informação, recursos que oferecem grandes oportunidades para as organizações que tem sucesso no seu aproveitamento dos benefícios por este uso e aperfeiçoamento constante. O conhecimento é peça fundamental para se contextualizar as aplicações dessas ferramentas, pois englobam um enlace de técnicas operacionais, hardware, software, pessoas que são apenas implementos para a funcionalidade da tecnologia presente.

Concluímos, então, que todos esses conceitos de Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, no ambiente dos negócios corporativos, só nos leva a entender que o uso dessas ferramentas nas organizações se tornou obrigatório na obtenção de eficiência e eficácia, pois, todos os processos organizacionais precisam ser administrados com ampla firmeza sempre buscando obtenção de resultados positivos.

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Disponível em: <http://www.proxxima.com.br/proxxima/negocios/noticia/2011/10/20/ empresas brasileiras-conectadas.html>. Acesso em: 13 julho 2012.

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Publicado por: Francisco Vieira Lima

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