Fatores que Motivam e Desmotivam na Aprendizagem da Língua Inglesa

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1.  RESUMO

Trata-se de uma pesquisa sobre os fatores que motivam e desmotivam na aprendizagem da língua inglesa, avaliando os resultados obtidos com as aulas de inglês, investigando se há incentivo por parte dos professores na aprendizagem dos alunos, conhecendo o contato que os mesmos têm com a língua inglesa. O objetivo principal é descobrir a vontade e a disposição do aluno em aprender novas línguas, averiguar quais atividades são realizadas em sala de aula de língua inglesa e verificar quais atividades que motivam e as que desmotivam os alunos nas aulas de inglês. A metodologia desta pesquisa utilizou-se da leitura de livros e textos que abordassem o tema, e também de uma pesquisa de campo realizada na terceira série do Ensino Médio do Colégio Estadual Deputado José Alves de Assis de Itapuranga. Os alunos responderam questionários que posteriormente analisamos, onde percebemos que os alunos gostam do inglês quando trabalhado de maneira mais motivadora, fazendo-os ter gosto em adquirir a língua inglesa. Vimos que quanto mais o professor utiliza de métodos inseridos no dia-a-dia dos seus alunos, bem como atividades com filmes, músicas, diálogos e dinâmicas variadas, melhor serão os resultados obtidos com as aulas de inglês. Após isso, fizemos nossas considerações finais. Os trabalhos de pesquisas aconteceram entre maio de 2003 e setembro de 2003.

ABSTRACT

This is a research about the factors that motivate and desmotivate the student in the learning of the English language, evaluating the results obtained with the English classes, investigating if there is incentive on the part of the teachers in the students’ learning, knowing the contact that they have with the English language. The main objective is to discover the will and the student’s disposition in learning new languages, to discover which activities are accomplished at classroom of English language and to verify which activities motivate and the ones that desmotivate the students in the English classes. The methodology os this research was based on the reading os books and texts that approached the theme, and also of a field research accomplished in the third series os Secondary Level of Colégio Estadual Deputado José Alves de Assis, in Itapuranga. The students answered questionnaires that later, were analyzed. We noticed that the students like English when worked in a more motivating way, marking them to have taste in acquiring the English language. We saw that the more the teacher uses methods inserted in the day by day of his/her pupil, as well as activities with films, music, dialogues and varied dynamics, better will be the results obtained in the English classes. -Finally, we write our final considerations. The research works happened between May to September, 2003.

2. INTRODUÇÃO

A desmotivação dos alunos em sala de aula tem levado os educadores a repensar o antigo e tradicional método de ensino. Sinais como notas baixas, pouco rendimento dos aprendizes e evasão escolar, provocaram um sinal de alerta, algo não estava funcionando bem com a metodologia que estava sendo adotada.

Direcionando o foco para o ensino da língua inglesa, é preciso ressaltar que os alunos estudam durante anos e ao final do Ensino Médio, pouco sabem desta língua tão comum em nosso meio. A maneira com que o inglês é trabalhando pode causar um certo desinteresse nos alunos.

Nesta pesquisa procuramos identificar fatores que poderiam motivar e desmotivar os alunos com relação à língua inglesa. Observamos que fatores internos como o medo de errar, vergonha e timidez, sobressaem aos outros motivos. Enquanto que dos fatores externos, o método adotado pelo professor é o que mais desagrada e desmotiva os aprendizes.

Aprofundando ainda mais nestes questionamentos, buscamos investigar mais a fundo as atividades que motivam e as que desmotivam os alunos.

Esta pesquisa tem o objetivo de descobrir a vontade e a disposição do aluno em aprender novas línguas, observar quais atividades são realizadas em sala de aula de língua inglesa, verificar quais atividades motivam os alunos nas aulas de inglês e principalmente, averiguar quais atividades desmotivam os alunos, em busca de uma possível solução destes através do ato de ensinar.

No decorrer deste trabalho, realizaremos uma revisão teórica sobre a motivação e seus reflexos sobre o indivíduo, os estudiosos e o que eles pensam sobre esse assunto.

A responsabilidade maior fica mesmo pelo interesse dos alunos nas aulas de inglês, não dos professores. Entretanto, é comum esperar que os professores produzam aulas mais dinâmicas que façam o aluno a interagir e participar mais das aulas, integrando-se ao que está sendo ensinado, adequando o idioma inglês ao mundo dos aprendizes, levando-os a descobrir que o inglês já se tornou parte do nosso cotidiano, e que aprender esta língua lhes trarão novas perspectivas intelectuais e até mesmo sociais.

Buscaremos mostrar ainda que o comportamento e o relacionamento do professor com os alunos, também precisa ser repensado.

O método tradicional de avaliar o aluno provoca neles grande angústia e sofrimento, fazendo com que se preocupem demasiadamente com notas e pouco com o aprendizado. O modo como o professor corrige os erros de seu aluno também pode ser frustrante e/ou desestimulante para o aprendiz (Modesto e Santos, 2002). Neste caso a discrição é fundamental, a correção também não deve ocorrer constantemente, isso retarda o processo de ensino, provocando descrédito por parte do aluno; e consequentemente a não participação nas aulas.

No capítulo dois, explicaremos como foi feito o trabalho dentro da metodologia e no capítulo subsequente apresentaremos a análise dos dados e posteriormente as considerações finais.

Através deste trabalho buscamos um caminho para trabalhar melhor a língua inglesa, vencer obstáculos e encontrar soluções para que o resultado seja satisfatório, tanto para o aluno aprender quanto para o professor ensinar.

3. CAPÍTULO I - REVISÃO TEÓRICA

3.1. A MOTIVAÇÃO

A motivação é de natureza sutil e complexa, como fenômeno psicológico interior no qual as diferenças e aspirações individuais de cada aluno desempenham papel fundamental. Não existe uma regra ou técnica definida, em sentido geral, a motivação pode e deve variar de acordo com o grupo a que se refere. E o termo é um dos mais utilizados para se explicar o sucesso ou o fracasso de algumas atividades humanas. (Gómez, 1999).

De acordo com Dalacorte (2000), a motivação pode ser vista como um estado de atividade emocional e cognitiva que gera atos conscientes e que promove um período de esforço intelectual e/ou físico para atingir objetivo(s) preestabelecido(s).

A motivação dos alunos sofre grandes influencias de fatores internos e externos. Fatores internos são o interesse, à vontade, a confiança que o aprendiz tem ao adquirir atividade. Já entre os fatores externos conta-se a interação, as experiências, às condições sociais entre as pessoas envolvidas no processo.

Geralmente, a relação professor-aluno é fator decisivo no sucesso dos aprendizes em relação ao aprendizado. Através do incentivo, o professor mexe com o interesse e a emoção do aluno transformando isso em motivação para obter conhecimento. O organismo age e reage em função de estímulos internos (fatores emocionais), dinâmicos (atitudes) e persistentes que são os motivos do comportamento.

A motivação ocorre internamente, mas ela somente vem a acontecer através de uma atuação externa que ao utilizar meios auxiliares, recursos e procedimentos adequados, proporciona ao aluno interesse de estudo e conhecimento.

Por outro lado, teóricos educacionais reconhecem a motivação com fator fundamental para que a aprendizagem ocorra. Os enfoques variam dependendo da linha psicológica adotada, mas é reconhecido que a pessoa interessada a aprender, o faz com muito maior facilidade e eficácia.

Observa-se, então, um profundo distanciamento entre a constatação teórica e experimental e a prática escolar dos nossos dias. As causas deste fenômeno merecem ser estudada. Aliás, é fundamental que isto ocorra, pois poder-se-ia minorar a problemática da repetência, da evasão, da falta de adaptação da disciplina e tantos outros problemas clássicos da escolarização brasileira.

É claro que, em se tratando de um tema referente à ciência do homem sempre haverá o que estudar e experimentar. Mas, inúmeras correntes têm proposto abordagens suficientes para convencer o mais descrente a se preocupar com a motivação.

Por que, então as escolas ignoram a sua função motivadora? Por que se pressupõe, ingenuamente, que o aluno é obrigado a já vir motivado para a escola?

Na relação professor-aluno, o diálogo é fundamental. A atitude dialógica no processo ensino-aprendizagem é aquela que parte de uma questão problematizadora para desencadear o diálogo, no qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as experiências anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que esclarece, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a discussão.

Convém lembrar que os elogios funcionam como reforço positivo, estimulando o aluno e ajudando-o a desenvolver o autoconceito positivo. Mas é preciso usar o elogio nas situações adequadas, ou seja, quando perceber realmente que o aluno está se esforçando de verdade e fazendo o melhor que pode.

Segundo Brown (2001), o domínio de uma segunda língua acontecerá principalmente devido ao “investimento” pessoal do indivíduo. Por isso, o professor não pode motivar o aluno a aprender, mas pode incentivá-lo, isto é, estimulá-lo externamente, captando e polarizando sua atenção e despertando o seu interesse. Para isso, pode e deve usar recursos e procedimentos incentivadores, aproveitando os fatores ambientais, não apenas no início da aula, mas durante todo o seu decorrer.

3.2. APRENDIZAGEM E MOTIVAÇÃO

Conforme afirmação de Gadner e Lambert (1972, citados por Gómez, 1999), para que alguém aprenda é necessário que ele queira aprender. Ninguém consegue ensinar nada a uma pessoa que não quer aprender. Por isso é muito importante que o professor saiba motivar os seus alunos.

Através de uma variedade de recursos, métodos e procedimentos, o professor pode criar uma situação favorável à aprendizagem.

Para criar essa situação o professor deve:

  • Conhecer os interesses atuais dos alunos para mantê-los ou orientá-los;

  • Buscar uma motivação suficientemente eficiente, forte e duradoura, para conseguir do aluno uma atividade interessante e alcançar o objetivo da aprendizagem.

Entre motivação e aprendizagem existe uma mútua relação e ambas se reforçam.

A motivação da aprendizagem se traduz nas seguintes itens:

  1. Sem motivação não há aprendizagem;

  2. Os motivos geram novos motivos;

  3. O êxito na aprendizagem reforça a motivação;

  4. A motivação é condição necessária, porém, não suficiente.

Os alunos são envolvidos nesta experiência do conhecimento, interagindo e se tornando parte do processo.

O antigo método em que o professor utiliza-se da fala expositiva durante horas, que na verdade cansa e irrita, não prende a atenção, nem desperta a curiosidade e o interesse do aluno, enfim, não contribui para um eficiente aprendizado, apenas massacra e o desgasta.

Segundo Davis e Oliveira (1994), a consciência do indivíduo de duas necessidades é a própria motivação. Assim, as metas, os valores e os propósitos ou objetivos do aluno influenciam para um determinado esforço do mesmo. Tudo que um aluno acredita que é importante para ele em algum aspecto, com certeza ele se empenhará. Se esforçando mais neste intuito.

Inúmeros fatores afetam no processo de aprendizagem de um aluno. Dá-se exagerada importância ao processo de ensinar e não tanto ao processo de aprender. Se o primeiro fosse mais importante do que o segundo, todos os alunos de uma determinada sala de aula deveriam aprender ao mesmo tempo, pois o professor transmite o mesmo conteúdo para todos.

Algumas teorias divergem, mas de acordo com o pensamento construtivista, o indivíduo carrega consigo suas experiências sejam elas boas ou ruins, suas crenças, sentimentos, derrotas e/ou vitórias, enfim elementos que completam este aluno e influenciam no mecanismo da motivação.

A motivação não ocorre isoladamente; mas pelo conjunto composto pelo aprendiz e professor no contexto e atividades. Este processo pode vir a sofrer alterações de acordo com as diferenças particulares de cada indivíduo.

3.3. MOTIVAÇÃO RELACIONADA À LÍNGUA INGLESA

Gardner e Lambert (1959, citados por Gómez, 1999) afirmam que as primeiras experiências do indivíduo com a segunda língua são de suma importância na formação de uma personalidade integrada em seus aspectos emocionais e intelectuais.

Inicialmente o professor deve conhecer as características, interesses e necessidades do indivíduo, para que possa adotar procedimentos que o conduzem à criação em sala de aula de um ambiente acolhedor e produtivo.

Os aprendizes precisam de um sistema de educação que seja flexível no tempo e o material necessário para o domínio de um conceito dado.

Para enriquecer a personalidade dos nossos alunos no ensino da língua inglesa, é preciso antes de tudo conhece-los bem. Conhecer os alunos significa identificar seus traços, características, suas diferenças individuais, suas qualidades, defeitos e carências, e será de grande utilidade inventariar suas limitações e possibilidades reais.

Podemos afirmar, que é num ambiente de compreensão e afeto que o aprendiz se desenvolve de maneira segura.

Sendo cada personalidade, única por natureza, deve ser dirigida pelo professor; e terá que selecionar instrumentos de aprendizagem adequados para que se alcance os objetivos propostos.

Para Gardner e Lambert (1972, citados por Gómez, 1999) a aprendizagem, sendo uma atividade pessoal, reflexiva e sistemática em busca de domínio sobre a cultura, os problemas da realidade e da vida exigem dos alunos:

  1. Atenção e esforço sobre novos campos de observação, estudo de atividade reflexiva;

  2. Autodisciplina, para realizar os estudos e cumprir as tarefas exigidas;

  3. Perseverança nos estudos e nos trabalhos realizados, até adquirir o domínio da matéria de estudo em termos de utilidade real e da vida.

Para que o aluno aprenda o inglês, não basta explicar e exigir que entenda a língua alvo. Para aprender é necessário despertar sua atenção, criar nele o legítimo interesse pela segunda língua, estimulando seu desejo de conseguir os resultados visando média, tarefas progressivas, cultivo do gosto pelos trabalhos relacionados ao inglês (Gómez, 1999). Esse desejo, esse esforço e interesse de aprender são fatores internos.

O interesse evita a coação, o enfado e a aprendizagem sendo mais eficazes e produtivos. Os alunos só aprendem bem aquilo em que estão realmente interessados.

Motivar é predispor o aluno ao que se quer ensinar; é leva-lo a participar ativamente na interação do grupo. Assim, motivar é levar o aprendiz a querer aprender, ter gosto de estudar a língua inglesa e satisfação em aprender uma segunda língua.

Um aluno está motivado quando sente necessidade de aprender o que está sendo tratado. Esta necessidade leva-o a aplicar-se, esforçar-se e perseverar no trabalho até sentir-se satisfeito.

Deve ser preocupação constante, do professor, motivar suas aulas.

É a motivação que dá vida, espontaneidade e razão de ser à aula. A grande fonte de indisciplina em classe é a falha de motivação.

De acordo com Ellis (1994), a motivação da língua inglesa pode ser motivação instrumental, motivação integrada, motivação resultativa e motivação intrínseca.

Motivação instrumental é uma razão que impulsiona o indivíduo para obter sucesso (passar em exames, conseguir um bom emprego, garantir uma vaga na universidade), enfim, buscar a ascensão educacional e melhores oportunidades econômicas.

Motivação integrada busca domínio sobre a cultura, e problemas da realidade e da vida dos falantes da língua alvo.

Motivação resultativa é aquela em que o bom resultado do trabalho do aluno o impulsiona a querer ainda mais. A motivação nasce do sucesso de sua experiência anterior.

Motivação intrínseca é o interesse positivo pela matéria em si como campo de estudo e de trabalho.

Podemos definir motivo como uma condição interna relativamente duradoura que leva o aprendiz ou que o predispõe a persistir num comportamento dirigido para um objetivo, possibilitando a permanência ou a transformação da situação. “Motivação” é o processo que produz tais condições. “Comportamento motivado” é a atividade assim produzida.

Embora “motivo” e “incentivo” sejam frequentemente usados como se fossem a mesma coisa, não são sinônimos. Incentivo refere-se ao objeto ao qual a atividade se dirige, à condição ou mudança de comportamento, de condição que desperta ou satisfaz o motivo de interesse de aprender uma segunda língua. São exemplos de incentivo: o alimento, o sexo, o dinheiro, as notas escolares, os prêmios e os diplomas. Os incentivos são objetos, condições ou significações externas para as quais os motivos se dirigem. O “motivo” refere-se a uma condição persistente, usualmente uma condição interna do indivíduo, tal como a fome crônica ou o desejo insatisfeito de obter prestígio.

O papel do professor de uma segunda língua não é tanto criar novos motivos, que são consequências de muitos fatores culturais, e sim, manipular e possibilitar a incorporação de novos significados e objetos, palavras e ideias. Quando isto é feito, o aprendiz começa a se interessar por coisas novas e trabalhar por diferentes razões, que constituem todo o processo da aprendizagem da língua inglesa.

Motivos, incentivos e significados relacionam-se dinamicamente. O professor de uma língua estrangeira pode auxiliar o aluno a passar de uma dependência de incentivos externos, específicos e imediatos (motivação extrínseca) para incentivos mais remotos e generalizados (motivação intrínseca).

Dada a natureza complexa da motivação da língua inglesa, como fenômeno psicológico interior, no qual as diferenças individuais e a experiência prévia de cada aluno desempenham um papel importante, não é possível traçar uma técnica padronizada, segura e infalível para provocar a desejada motivação interior para aprendizagem do inglês. Contudo, deve-se procurar estabelecer procedimento que estimulem essa incentivação.

A incentivação da aprendizagem do inglês é a atuação externa, intencional e bem calculada do professor para, mediante meios auxiliares, recursos, procedimentos adequados, intensificar em seus alunos a motivação interior necessária para uma autêntica aprendizagem.

Deci (1975, citado por Gómez, 1999) afirma que os fatores internos estão relacionados ao interesse pela aula, à atitude positiva com relação à língua inglesa, à noção de auto-conceito. Os fatores afetivos e os fatores externos relacionados à interação com os outros e o método estão diretamente ligados à motivação dos aprendizes da língua inglesa para a participação na interação em sala de aula.

O método de ensinar pode facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem e estímulo dos alunos. O que o professor faz ou deixa de fazer influencia neste processo. Prova disso são as inovadoras dinâmicas de ensino adotadas nas escolas, que buscam uma maior interação com os alunos, facilitando e promovendo a motivação no aluno.

Os fatores afetivos se enquadram na interação e no interesse dos alunos numa segunda língua, neste caso a língua inglesa, motivando e os impulsionando no desejo de aprender. Mas devemos levar em conta que a interação varia de acordo com características de personalidade e também de ambiente.

Seja qual for o fator determinante, o que não pode deixar de haver é a interação dentro de uma sala de aula. Pois ao contrário do que se acreditava, não é apenas o professor que determina os procedimentos, os rumos do conteúdo, mas também as atitudes dos alunos.

3.4. MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA

A vontade de aprender é um elemento determinante para a obtenção de resultados positivos no ensino de uma segunda língua (inglês). Podemos então considerar que a motivação poderia receber uma maior atenção pelo corpo docente, pois de acordo com Lago (2000, p.89), “um currículo baseado no aprendiz leva em consideração os fatores afetivos de muitas formas diferentes, todas buscando desenvolver uma auto-estima mais elevada somada à auto-consciência do processo de aprendizagem”.

A falta de motivação é causada por características pessoais do aluno e contexto da escola. Alguns alunos não se envolvem em uma ou outra atividade. Outros fecham-se completamente ao saber, não querem participar e nada fazem para aprender.

O psicólogo Bzuneck (2003, p.14), da Universidade Estadual de Londrina, afirma que “esses casos externos de desenvolvem a partir de situações aparentemente sem importância (um jovem desligado ou inquieto, por exemplo). Por isso, o professor deve observar atentamente o aluno e fazer intervenções sempre que qualquer tipo de desinteresse aparecer”.

O medo do fracasso e a forma de encará-lo, a falta de clareza sobre os objetivos da aprendizagem e a não satisfação das expectativas são alguns dos motivos de ordem pessoal.

Além deles, existem as influências de pais, colegas e grupos sociais, mais as experiências anteriores de cada um. Junte-se a isso o ambiente da escola e da sala de aula para o desenvolvimento das atividades, como a organização, a interação com o professor e a avaliação.

Conforme a teoria de Dalacorte (2000), a decisão de participar é dos aprendizes, as estratégias que utilizam para interagir refletem seus motivos para agir em sala de aula e este motivo sofre a influência de fatores internos e externos. Os fatores internos estão relacionados ao interesse pela aula, a atitude positiva com relação à língua inglesa, a noção de auto-conceito. Os fatores afetivos e os fatores externos relacionados à interação com os outros e o método, estão diretamente ligados à motivação dos aprendizes, para a participação na interação em sala de aula.

Existem alunos que buscam aprender uma segunda língua pelo prazer de aprender, pela satisfação interior que tiram desta atividade. Podemos afirmar então que existe um certo número de pessoas que sentem uma satisfação real no estudo em geral, e portanto, também no estudo de línguas.

O meio que o aluno vive pode favorecer indiretamente, se não provocar e suscitar esta motivação interna. Como exemplo, tomemos uma família onde os pais consideram o estudo de línguas o importante, os filhos serão mais motivados e vão prosperar mais no aprendizado do que numa família com pouco interesse em aprender (Santana e Barros, 2002).

A motivação neste ponto inclina-se para um processo psicológico e social, o que já não é mais da responsabilidade apenas do professor.

3.5. MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA

Para Gardner e Lambert (1972, citado por Brown, 2001), a motivação extrínseca vem de fora, como por exemplo, as necessidades e anseios do aluno em conseguir algo, influências do grupo e família, cobranças sociais, entre outros. São fatores que acabam por influenciar de modo positivo ou negativo no comportamento do aluno, causando ou não a motivação intrínseca.

Motivos como notas, aprovação no final do ano, estímulo familiar por médias mais elevadas são fatores externos, que levam o aluno a estudar. A partir daí, alguns psicólogos terem a convicção de que se pode efetivamente, suscitar ou desenvolver a motivação.

Esta geralmente é uma responsabilidade do professor. Cabe a ele despertar no aluno o interesse pela matéria, mostrar a importância e necessidade desta em seu futuro.

Trabalhar aulas mais atrativas, atividades dinâmicas, transportar a matéria para o meio em que o aluno convive, permitir que o aluno se expresse sem podá-lo constantemente ou de maneira radical e/ou indiscreta, pode criar nele o desejo de aprender.

A função do professor é esta, despertar no aluno a curiosidade e a vontade de conhecer uma segunda língua, mostrando a ele que pode ser divertido e interessante adquirir um novo aprendizado, e lembra-lo sempre dá importância e utilidade de aprender inglês.

Segundo o psicólogo Bzuneck (2003), da Universidade de Londrina, independente da série é possível ao professor manter alto o nível de motivação nas aulas de Língua Inglesa utilizando as seguintes estratégias:

  • Mostrar-se entusiasmado com os conteúdos que está ensinando;

  • Despertar a curiosidade destacando a relação do conteúdo com fatos cotidianos;

  • Orientar a aprendizagem para compreensão e não para a memorização;

  • Elaborar atividades que mostrem como o aluno evolui;

  • Usar um ritmo que permita que todos acompanhem o encadeamento de ideias;

  • Mudar a estratégia ao perceber que os alunos não aprenderam;

  • Estabelecer metas realistas e explique detalhadamente os objetivos, combinando regras;

  • Dar pistas de como superar as dificuldades sem revelar de imediato a solução;

  • Evitar avaliações negativas, comparativas e ameaçadoras da autoestima dos alunos.

4. CAPÍTULO II - METODOLOGIA

Através de estudos sobre fatores que motivam e desmotivam na aprendizagem da Língua Inglesa, foi elaborado um questionário como instrumentos de pesquisa que se compôs de perguntas objetivas e abertas, em português, para que os alunos pudessem se expressar facilmente. Esse questionário foi aplicado a trinta alunos da 3ª série do Ensino Médio, sendo a maioria adolescentes, do Colégio Estadual Deputado José Alves de Assis. O colégio trabalha com as três séries do Ensino Médio, funcionando nos três períodos (matutino, vespertino e noturno), sendo a frequência das aulas de inglês de três aulas semanais.

Em maio de 2003, escolhemos o tema da pesquisa e passamos a ler as fontes de pesquisa, ou seja, todo e qualquer material que abordasse, de forma direta ou indireta, os fatores que influenciam na aprendizagem da Língua Inglesa, o ensino de uma maneira geral, e também sobre a Língua Inglesa.

Em junho, selecionamos os textos que aprofundavam mais no assunto da motivação na área de ensino de Língua Inglesa.

Chegando julho, definidos os objetivos, fizemos a leitura do material e partimos para a escrita, montagem e digitação do texto da monografia.

O questionário elaborado foi então aplicado aos alunos em setembro de 2003 (Anexo A). As questões abertas foram feitas com o objetivo de possibilitar aos alunos a se expressarem livremente, dando a oportunidade de expor a vontade de aprender a Língua Inglesa e as dificuldades que eles têm em se adaptarem com o aprendizado de uma nova língua.

Para fazer a tabulação dos dados das questões objetivas, elaboramos gráficos que dão uma visualização clara da situação final. Através dos comentários dos alunos podem surgir respostas ou novos questionamentos, o que é normal no desenvolvimento de qualquer trabalho cientifico e também muito importante, pois servem de subsídios para reflexões e futuras pesquisas.

5. CAPÍTULO III - ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo relataremos os resultados obtidos através de uma pesquisa sobre os fatores que motivam e desmotivam na aprendizagem da Língua Inglesa. Um questionário foi aplicado aos alunos do 3º ano Colegial do Colégio Estadual Deputado José Alves de Assis.

Optamos em analisar cada questão que fora atribuída aos alunos, comentando os dados, verificando assim, o alcance de nossos objetivos aos aplicarmos o questionário e também constatando o tema: fatores que influenciam na motivação em aprender da Língua Inglesa.

O questionário aplicado aos alunos possuía como objetivo principal, verificar o contato com a Língua Inglesa, descobrir a vontade e a disposição do aluno em aprender novas línguas, verificar as atividades realizadas nas aulas de inglês, destacando as que motivam e desmotivam os alunos.

5.1. DISPOSIÇÃO PARA APRENDER NOVAS LÍNGUAS

Após nossa pesquisa sobre fatores que influenciam na aprendizagem da Língua Inglesa, pudemos averiguar o interesse que o aluno tem em adquirir uma segunda língua.

O número de respondentes unânimes da tabela abaixo demostra que é verdadeiro o interesse dos alunos por novas línguas, principalmente a Língua Inglesa, à qual o aluno convive constantemente, em casa, no trabalho, com amigos, etc; percebendo a importância da mesma em suas vidas, conforme pode ser comprovado pelos textos de Souza et al (2002) e Costa e Silva et al (2002).

A tabela 3.1 apresenta o resultado da pergunta sobre a disposição de aprender novas línguas:

Tabela.3.1 Você gosta de aprender novas línguas? Comente.

Sim 30

Não 0

Total de respondentes 30

Alguns exemplos, retirados do questionário ratificam o número de respostas positivas:

Sim, porque hoje e em qualquer lugar do mundo está sendo preciso que saibamos mais de uma língua, e também para nosso próprio ego. (Aluno 5)

Claro que sim, sempre é bom aprender coisas novas. (Aluno 26)

Sim, porque pelas novas línguas podemos conversar com pessoas de outros países e interagir melhor no mundo cada vez mais globalizado. (Aluno 17)

Sim, porque são novos conhecimentos adquiridos para que possamos ter mais chances no mercado de trabalho (Aluno 18)

5.2. ATIVIDADES APLICADAS NA AULA DE LÍNGUA INGLESA

No segundo questionário, nos foi possível concluir que certas atividades como: tradução, gramatica, explicação de matérias, exercícios, interpretação de textos e provas são bem mais trabalhadas que outras. Acreditamos que quanto mais o professor utilizar métodos inovadores e variados para incrementar suas aulas, maior será o interesse do aluno, os quais se mostram ansiosos e receptivos para aprender a nova disciplina.

Os alunos, por serem na maioria adolescentes, são mais atraídos por métodos mais modernos e dinâmicos de aprendizagem. Eles convivem num meio informatizado avançado com computador, televisão, som, o que pode ser usado no aprendizado da Língua Inglesa, relacionando esta com o ambiente em que eles vivem.

Procuramos relacionar as atividades mais executadas nas aulas de inglês, tabela 3.2:

Tabela 3.2 Quais atividades abaixo são aplicadas na aula de Língua Inglesa?

Tradução

27

Ouvir diálogos em fita/cd

09

Músicas

24

Apresentação de trabalho

08

Provas

19

Leitura em voz alta

07

Exercícios no livro

18

Diálogos

04

Interpretação de textos

18

Brincadeiras

02

Gramática

17

Produção de texto em inglês

01

Explicações de matéria

15

Teatro

0

Filmes

12

 

 

5.3. O QUE É APRECIADO NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA

Apesar das aulas não suprirem completamente os anseios e expectativas dos alunos, estes se mostram receptivos com o trabalho do professor. Porém, a maioria dos alunos citou que métodos mais modernos e dinâmicos contribuem de maneira mais esclarecedora para as aulas como: filmes, músicas, brincadeiras e diálogos.

Isto com certeza traria uma maior interação entre os alunos, quebrando a barreira da inibição e timidez.

Trabalhando filmes, músicas e diálogos, o professor estaria, de certo modo, adequando o que os jovens utilizam em seu lazer, para busca-los a simpatizarem com o aprendizado do inglês. Assim uma língua estrangeira que lhes parece tão distante e desnecessária, tomaria uma nova e grande dimensão em suas vidas.

Os alunos têm muita vontade em aprender a escrever, falar e entender o inglês, ou seja, estão dispostos em adquirir uma segunda língua, como podemos ver na seguinte tabela:

Tabela 3.2 O que você mais gosta de trabalhar nas aulas de Língua Inglesa?

Música

23

Ouvir diálogos em fita/cd

03

Filmes

16

Leitura em voz alta

02

Tradução

11

Diálogo

02

Gramática

08

Provas

02

Explicação de matéria

08

Apresentação de trabalhos

01

Exercícios no livro

08

Teatro

0

Interpretação de textos

05

Produção de texto em inglês

0

Brincadeiras

04

 

 

Observe as seguintes opiniões de alguns alunos, referindo-se ao que eles preferem trabalhar em sala de aula:

É divertido sair das aulas rotineiras e trabalhar com materiais inovadores, que desperta interesse em conhecer ainda mais a língua. (Aluno 2)

Aulas com dinâmicas nos deixa mais ligados e nos chama mais a atenção. (Aluno 7)

Trabalhar com música é uma forma diferente e divertida de se aprender. E a partir do momento em que a rotina prevalece fica um pouco cansativo. (Aluno 28)

Quando temos só aulas iguais sem mudanças, começamos a desinteressar das aulas. (Aluno 11)

5.4. CAUSA DE RECEIO NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA

Os alunos demonstram uma grande aflição e receio quando a atividade adotada pelo professo exige que se exponham diante da sala. Eles alegam que se sentem intimidados com a exposição, por serem foco de atenção e de uma possível gozação dos colegas.

É preciso levar em consideração que esta é uma idade crítica em que os alunos se preocupam demasiadamente com a aparência exterior e ainda com a opinião das outras pessoas sobre si. Segundo Davis e Oliveira (1994), seria importante que os educadores procurassem conhecer, compreender e ajudar a elaborar o seu sistema de valores.

O importante é o reconhecimento de que o sistema que rege a conduta do adolescente, nem sempre, coincide com o adulto e nem sempre se baseia nos mesmos valores. Daí a necessidade de discutir e comparar, os comportamentos manifestos e os esperados.

Observando as respostas dos alunos, constata-se que a sua exposição a público chega a interferir no seu rendimento, onde percebemos a dificuldade que eles têm em assimilar itens como: pronúncia, leitura em voz alta e apresentação de trabalhos; nos quais, o medo de errar e a gozação dos colegas, leva o aluno a não participar dessas atividades, interfere no seu aprendizado.

Outra questão analisada foi o receio que os alunos têm em relação a Língua Inglesa. Podemos verificar o resultado na tabela 3.4:

Tabela.3.4 O que faz você ficar com receio na aula de Língua Inglesa?

Pronúncia

15

Explicação de matéria

03

Medo de errar

13

Gramática

03

Provas

10

Interpretação de texto

02

Leitura em voz alta

09

Ouvir diálogo em fita/cd

02

Tradução

08

Música

0

Gozação dos colegas

08

Brincadeiras

0

Notas baixas

05

Filmes

0

Apresentação de trabalho

05

Exercícios

0

Produção de texto em inglês

 

Teatro

0

Diálogo

03

 

 

5.5. O AMBIENTE COTIDIANO DO ALUNO NAS AULAS DE INGLÊS

A maioria dos alunos afirmou que quando o professor expõe o ambiente em que eles vivem, há maiores possibilidades para uma maior aprendizagem do conteúdo. Deste modo, os alunos se sentem mais atraídos pela língua estrangeira (inglês), pois se vêem inseridos num contexto mais familiar, quebrando o obstáculo de que a língua não tem a ver com a realidade deles.

Integrar as habilidades de escuta, escrita, fala e leitura é fundamental para garantir o ensino eficiente da Língua Inglesa. Como explica a professora Gláucia d’ Olim em depoimento a Zenti (2001, p.50):

A tendência é trabalhar todas estas habilidades juntas. É o tipo de conceito que está presente numa atividade em que o aluno ouve a gravação de alguém falando ao telefone, anota informações, conta a conversa para os colegas e simula a situação em que ele participa da conversa. Isso possibilita uma situação mais próxima do dia-a-dia, essencial para a aprendizagem.

O professor deve ter o cuidado de escolher situações reais que verdadeiramente façam parte do ambiente e da vida dos alunos, para que esta realidade não se torne apenas imaginária.

Nesta questão procuramos abordar os pontos que facilitariam uma maior compreensão da Língua Inglesa:

Tabela.3.5 você acha que quando o professor expõe o ambiente em que o aluno vive (casa, escola, cidade), facilita o seu aprendizado, garantindo maior compreensão nas aulas de Língua Inglesa?

Sim

26

Não

04

Total

30

5.6. OS PONTOS NEGATIVOS E POSITIVOS DA LÍNGUA INGLESA

Os fatores levantados na pesquisa nos leva a concluir que os alunos são receptivos à Língua Inglesa, e estão interessados que haja maior número de aulas da matéria. Apesar do interesse, os alunos relatam no questionário como ponto negativo, suas dificuldades na compreensão devido às diferenças entre a escrita e a pronuncia, o que é agravado pela pouca familiaridade vocabular com a língua materna.

Itens citados como pontos desmotivantes são: aulas cansativas, provas difíceis, excesso de gramática, falta de leitura e falta de material. Esses problemas seriam facilmente solucionados se o professor adotasse métodos mais dinâmicos, atrativos e variados em suas aulas.

Os pontos positivos citados pelos alunos nos revelam a grande preocupação e interesse que têm no aprendizado do inglês. Por isto, valorizam aulas mais dinâmicas, sem dispensar as explicações e o bom relacionamento com o professor, o que é de extrema importância na eficácia do seu aprendizado.

Demonstram ainda à vontade de se aprofundarem no conhecimento de novas culturas, o que os enriqueceriam não apenas no idioma inglês, mas de maneira geral, como pessoas.

Na tabela a seguir, mostramos a opinião dos alunos sobre o que os motivam e desmotivam nas aulas de Língua Inglesa:

Tabela.3.6 Dê sua opinião sobre as aulas de Língua Inglesa, envolvendo os pontos negativos e os pontos positivos

Pontos Negativos

Pontos Positivos

Pronúncia difícil

28

Aulas dinâmicas

30

Poucas aulas

25

Empenho do professor

25

Difícil compreensão

23

Bom relacionamento entre professor/ aluno

24

Diferença entre a escrita e pronúncia

21

Gosto pela Língua Inglesa

21

Falta de dinâmicas

20

Boa explicação do professor

20

Aulas cansativas

15

Interesse pela Língua Inglesa

18

Prova difícil

12

Mercado de trabalho

16

Falta de leitura

10

Aprender novas culturas

12

Falta de material

08

Ampliar o vocabulário

07

Excesso de gramática

05

Transmitir o aprendizado para outros

03

Críticas desmotivantes

01

Motivação em adquirir outras línguas

03

Podemos observar, a seguir, algumas opiniões dos alunos com relação aos pontos negativos e positivos do aprendizado da Língua Inglesa:

Quando o professor não passa nada de diferente, as aulas passam a ser cansativas e difíceis de prestar atenção. (Aluno 02)

É que nós aprendemos mais, podendo transmitir nosso aprendizado aos outros. (Aluno 19)

Gosto mais de inglês quando assisto vídeo ou escuto música, isso me influencia mais um pouco. (Aluno 30)

Não sou muito pegado a Língua Inglesa porque acho difícil a diferença de escrita com a pronuncia. (Aluno 04)

Cada vez vamos ampliando o nosso vocabulário e quem pretende futuramente fazer um curso superior já tem uma pequena base. (Aluno 25)

No próximo capítulo passaremos às considerações finais, onde responderemos aos questionamentos propostos da pesquisa.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa buscamos mostrar a importância da motivação no aprendizado de uma segunda língua.

Entendemos que o incentivo é o fator chave no caminho que desperta no aluno o interesse do saber. Buscar o conhecimento de uma língua estrangeira é algo que requer disposição e vontade não só por pare do aluno, mais ainda do professor e até mesmo da família que vem aturar diretamente ou indiretamente no processo da motivação.

Vimos que quando os pais auxiliam o aprendizado aproveitando o ambiente de casa, a motivação do aluno se torna maior, pois o ambiente também é um ponto importante neste ensino, assim como a maneira do professor ensinar.

Portanto, percebemos que o papel do professor é de buscar o aluno a se envolver no aprendizado da Língua Inglesa. Ele deve adaptar meios mais atrativos tornando as aulas mais agradáveis e que despertem o interesse e motivem o aluno.

Uma das maneiras do professor conseguir isso, é fazendo com que o aluno participe, seja ativo. Evitar ao máximo a passividade dos aprendizes, o tédio em sala de aula, enfim não deixar que suas aulas se apeguem ao método tradicional de transmitir um conteúdo enquanto os alunos apenas o recebem. O professor precisa ainda despertar nos alunos a necessidade e a importância de se aprender a Língua Inglesa, provocando neles a curiosidade, a vontade de saber utilizar uma língua tão útil num mundo globalizando em que vivemos.

Atualmente os alunos se preocupam muito com notas e médias semestrais, isto se dá porque eles não se sentem motivados a aprender. Entretanto, pois estudar não precisa necessariamente ser algo maçante e cansativo. Para o professor a satisfação de dar aulas para alunos interessados é muito maior.

É gratificante verificar que as médias ao fim de cada semestre, serão apenas consequência de aulas bem trabalhadas e produtivas.

Concluímos que a Língua Inglesa não pode, nem deve ser tratada como apenas uma matéria que integra a grade curricular das escolas. Precisa ser considerada como uma oportunidade de se ter um contato maior com o idioma mais importante que se fala nos dias de hoje em todo o mundo. Deste modo não se deve ensinar apenas regras gramaticais ou a pronuncia de algumas palavras e frases.

É fundamental ensinar ao aluno ouvir, ler, escrever e principalmente falar inglês, capacitando-o a utilizar a língua que estudam durante sete longos anos escolares.

Durante a análise dos dados reparamos que na verdade os alunos gostam e são interessados em aprender inglês, participam das aulas e por este motivo preferem aulas dinâmicas, que utilizem materiais que têm a ver com a sua realidade como: músicas, vídeos, filmes, etc., enfim adequando a língua antes desconhecida e distante do seu meio à sua realidade.

Apesar de vários estudos sobre este assunto concluímos que a motivação ainda não é totalmente aplicada em sala de aula. Pesquisadores já reforçavam há muitos anos que a motivação deveria ser o fator mais bem trabalhado em sala de aula.

Desejamos que este trabalho possa auxiliar o professor a encontrar meios e métodos mais motivantes, favorecendo o aluno no interesse e atuação do processo de aprendizagem.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BROWN, H. D. Teaching by Principles: na interactive approach to language pedagogy. 2 ed. San Francisco: Longman, 2001.

BZUNECK, J. A. Como lidar com alunos desmotivados. Nova Escola, Editora Abril, no. 159, p. 14, jan/fev 2003.

COSTA E SILVA, E. L. et al Made in USA. Building The Way, UEG-Itapuranga, no. 2, p. 49-50, june 2002.

DALACORTE, M. C. F. A participação dos aprendizes na interação em sala de aula. In: MELLO, H. A. B. de; DALACORTE, M C. F. (Org.). A sala de aula de língua estrangeira. Goiânia, Editora UFG, 2000. P. 39-62.

DAVIS, C,; OLIVEIRA, Z. de. Psicologia da Educação. 2.ed. São Paulo: Cortez Editora, 1994.

DECI, E. L. Intrinsic Motivation. New York: Plenum, 1975.

ELLIS, R. Second Language Acquisition. Oxford: Oxford University Press, 1997.

GARDNER, R. C; LAMBERT, W. E. Attitudes and Motivation in Second Language Learning. Massachusetts: Newbury House Publishers, 1972.

GARDNER, R. C; LAMBERT, W. E. Motivational Variables in Second Language Acquisition. Canadian Journal of Psychology, v. 13, 1959, p. 266-272.

GÓMEZ, Pascual Cantos. A Motivação no Processo Ensino/Aprendizagem de Idiomas: um Enfoque Desvinculado dos Postulados de Gardner e Lambert. Trabalhos de Linguística Aplicada, v. 34, jul/dez 1999, p.53-78.

LAGO, S. N. A. do. Explorando a Auto-Estima na Aquisição de Segunda Língua. In: MELLO, H. A. B. de; DALACORTE, M. C. F. (Org.). A sala de aula de língua estrangeira. Goiânia: Editora UFG, 2000. p. 83-100.

MODESTO, M.; SANTOS, S. F. dos. A Tolerância ao Erro na Língua Inglesa. 2002. Monografia (Graduação em Letras: Português/Inglês) – Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Itapuranga.

SANTANA, L. de S. A.; BARROS, M. da S. A Importância do Ensino de Inglês para Crianças. 2002. Monografia (Graduação em Letras: Português/Inglês) – Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Itapuranga.

SOUZA, K. N. de. et al. Falamos Inglês?. Building The Way, UEG-Itapuranga, no. 2, p. 47-48, june 2002.

ZENTI, L. Descobrir o Mundo. Nova Escola, Editora Abril, no. 148, p. 50, dezembro de 2001.

8. ANEXO

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DO TERCEITO ANO DO ENSINO MÉDIO

Questionário

1. Você gosta de aprender novas línguas? Comente.

2. Qual atividades abaixo são aplicadas na aula de língua inglesa?

( ) tradução ( ) interpretação de textos

( ) leitura em voz alta ( ) diálogo

( ) teatro ( ) filmes

( ) gramática ( ) música

( ) brincadeiras ( ) ouvir diálogos em fita/CD.

( ) produção de texto (redação) em inglês ( ) explicação de matéria

( ) provas ( ) exercícios no livro

( ) apresentação de trabalhos (na frente da sala)

Outros:____________________________________________________

Comentários:_______________________________________________

3. O que você mais gosta de trabalhar nas aulas de língua inglesa?

( ) tradução ( ) interpretação de textos

( ) leitura em voz alta ( ) diálogo

( ) teatro ( ) filmes

( ) gramática ( ) música

( ) brincadeiras ( ) ouvir diálogos em fita/CD.

( ) produção de texto (redação) em inglês ( ) explicação de matéria

( ) provas ( ) exercícios no livro

( ) apresentação de trabalhos (na frente da sala)

Outros:____________________________________________________

Comentários:_______________________________________________

4. O que faz você ficar com receio da aula de língua inglesa?

( ) pronúncia ( ) diálogo

( ) medo de errar ( ) teatro

( ) gozação dos colegas ( ) filmes

( ) notas baixas ( ) gramática

( ) tradução ( ) música

( ) interpretação de texto ( ) brincadeiras

( ) leitura em voz alta ( ) provas

( ) ouvir diálogo em fita/Cd ( ) exercícios

( ) produção de texto (redação) em inglês ( ) explicação de matéria

( ) apresentação de trabalhos (na frente da sala)

Outros:____________________________________________________

Comentários:_______________________________________________

5. Você acha que quando o professor expõe o ambiente em que o aluno vive (casa, escola, cidade), facilita o seu aprendizado, garantindo maior compreensão nas aulas de língua inglesa?

( ) Sim ( ) Não

6. Dê sua opinião sobre as aulas de língua inglesa, envolvendo os pontos negativos e os pontos positivos:

Pontos negativos

Pontos positivos


Publicado por: Elvira Livonete Costa

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