A Violência em Sala de Aula: Uma Análise no 1° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Dubas

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1. RESUMO

Este trabalho busca desenvolver uma análise sobre as dificuldades encontradas na sala de aula do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN. A indisciplina é uma forma de violência muito comum em nossas escolas, por isso vem preocupando toda a sociedade e em especial os pais e os professores. Esta preocupação justifica-se pelo fato de que cada vez mais crianças e jovens são vítimas ou agentes dessa violência. A violência aflige a todos, pais, filhos, professores e comunidade, e está, dentre nossos comportamentos aquele que mais nos rouba a condição humana; por isso se impõe como um grande desafio a exigir superação e, para tanto, a participação e contribuição de todos. Diante de tal situação, é preciso buscar respostas para esse problema da indisciplina merece um estudo mais duradouro. Uma análise sobre os fatos que nos ofereçam respostas convincentes para as atitudes contestadoras desses alunos que se mostra nos dias atuais como um dos maiores desafios a ser enfrentado pelos educadores.

Palavras- Chave: Aluno - Escola – Família – Indisciplina – Violência.

ABSTRACT

His work search to develop an analysis about the difficulties found in the room of class of the 1st year of the Fundamental Teaching of the School Municipal Teacher Dubas in Luís Gomes/RN. THE indiscipline is a form of very common violence in our schools, for that it is worrying the whole society and especially the parents and the teachers. This concern is justified for the fact that more and more children and youths are victims or agents of that violence. The violence afflicts all, parents, children, teachers and community, and it is, among our behaviors that that more it robs us the human condition; therefore it is imposed as a great challenge to demand supercar and, for so much, the participation and contribution of all. Due to such situation, it is necessary to look for answers for that problem of the indiscipline it deserves a more durable study. An analysis on the facts that offer us convincing answers for those students' attitudes contestadoras that it is shown in the days acts as one of the largest challenges to be faced by the educators.  

Key- Words: Student - School - Family - Indiscipline - Violence.

2. INTRODUÇÃO

Este trabalho busca desenvolver uma análise sobre as dificuldades encontradas na sala de aula do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN. A escolha deste tema se deu em função das observações realizadas por ocasião do período de Estágio Supervisionado na referida turma.

Durante o período de observação na Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN, constatamos a dificuldade que o professor tem no sentido de realizar seu trabalho que, dentre outras atribuições esta o de ensinar os conteúdos para que a aprendizagem chegue a todos os alunos.

O presente estudo se justifica pela da necessidade de compreender esse lado da relação entre professores alunos e escola, bem como a busca de esclarecimentos frente às dificuldades de trabalho observada durante o estágio supervisionado no período de 05 de novembro de 2012 a 03 de Dezembro do mesmo ano, da turma do 1º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Professor Dubas, em Luís Gomes, RN, em especial a violência em forma de indisciplina dos alunos diante da professora e de todo o corpo docente da referida escola.

Também consideramos necessário, pensar sobre a questão das diferenças socioculturais econômicas e familiares dos alunos, pois para melhor compreendermos a indisciplina, sua origem e sua aplicação dentro da sala de aula, precisamos internalizar o conceito de indisciplina do qual pretendemos estudar para melhor compreender os conflitos.

Nosso objetivo é esclarecer o conceito de violência, e ampliar nossa compreensão frente ao problema no sentido de divulgar ideias e projetos para as famílias e as escolas que possam fortalecer a relação entre alunos e professores, entre pais e filhos.

A indisciplina é uma forma de violência muito comum em nossas escolas, por isso vem preocupando toda a sociedade e em especial os pais e os professores. Esta preocupação justifica-se pelo fato de que cada vez mais crianças e jovens são vítimas ou agentes dessa violência. A violência aflige a todos, pais, filhos, professores e comunidade, e está, dentre nossos comportamentos aquele que mais nos rouba a condição humana; por isso se impõe como um grande desafio a exigir superação e, para tanto, a participação e contribuição de todos.

Diante de tal situação, é preciso buscar respostas para esse problema da indisciplina merece um estudo mais duradouro. Uma análise sobre os fatos que nos ofereçam respostas convincentes para as atitudes contestadoras desses alunos que se mostra nos dias atuais como um dos maiores desafios a ser enfrentado pelos educadores.

A indisciplina observada na turma do 1º ano na Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN, pode não ter como origem uma causa única, ou mesmo principal. As diversas situações de indisciplina presenciada durante o estágio pode resultar de causas diversas, e repercutir de forma mais evidente na escola, espaço no qual se sentem mais a vontade para praticar tal violência. Nesse sentido, se desejamos mudanças para tal problema devemos estudar para apontar soluções efetivas.

Para realização deste estudo procedemos com uma metodologia que se sustenta na relação teoria e prática, tendo sempre como foco a sala de aula. Inicialmente utilizamos vários recursos bibliográficos que nos remetem as vivências e reflexões que internalizamos no nosso cotidiano, depois elaboramos um plano de estudo do qual desenvolvemos um relatório para análise das metas a serem atingidas.

De modo geral, o leitor encontrará logo de inicio um panorama a cerca dos problemas que a violência em nossa sociedade, depois tentamos evidenciar o conceito de violência posto que, é possível encontrarmos dificuldade para o discernimento do que é ou não caracterizado como violência em nossa sociedade, os tipos de violências, as consequências e também as muitas formas encontradas na sala de aula da escola Municipal Professor Dubas.

Por fim, emitiremos nossas considerações finais de modo que o leitor possa retirar subsídios para a compreensão do tema abordado.

3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A VIOLÊNCIA EM NOSSA SOCIEDADE

Sabemos que as dificuldades em sala de aula fazem parte do cotidiano de alunos e professores, e, que, o descaso é um tipo de violência que muitas vezes a própria escola não a percebe como tal, e com o passar do tempo só tende a se agravar (GARCIA, 2009, p.101). Entretanto, quando a indisciplina interfere no processo de ensino e aprendizagem, precisa ser enfrentada para beneficio de toda a sociedade.

A história da educação do homem tem nos legado grande contribuição quanto à manifestação da indisciplina, que pode ter sua origem no desgaste das relações interpessoais, particularmente quando associada a situações de conflito em sala de aula (GARCIA, 2009, p.101).

Atualmente, Garcia (2009, p. 102), alerta que, além de “constituir um “problema”, a indisciplina na escola tem algo a dizer sobre o ambiente escolar e sobre a própria necessidade de avanço pedagógico e institucional”. Assim, a indisciplina deve ser analisada levando em consideração todos os aspectos que influenciam o indivíduo: relações humanas com familiares e amigos, momento histórico do aluno, sua história de vida e a conduta apresentada durante as atividades em sala de aula e no contexto escolar. É preciso levar em consideração “o modo como o aluno desempenha as atividades pedagógicas e a maneira como interage com as demais pessoas, objetos, patrimônio público, meio ambiente, etc.” (GARCIA, 2009, p. 102).

A escola é o ambiente onde se consolidam as interações sociais dos alunos, por isso, é um dos locais de melhor observação para a ocorrência da indisciplina (PINGOELO & HORIGUELA, 2010, p.01).

Assim, considerando o modo como o professor conduz seus trabalhos (seja de forma rígida e hierarquizada ou participativa), as atitudes por parte dos alunos podem ser apenas um retorno do tratamento ao qual recebem. Outro ponto que deve ser observado, diz respeito ao planejamento das aulas, pois este é fundamental para o sucesso do exercício da aula. 

Almeida (2009), sugere que, a indisciplina encontrada nas escolas pode ser puramente comportamental, devido ao histórico familiar do aluno, carente de modelos favoráveis ao bom relacionamento social e total perda dos valores patrimoniais e culturais, mas, pode ser também o resultado de uma educação escolar pouco comprometida com o planejamento da aula oferecida ou ainda da falta de um diálogo entre pais, alunos, educadores e gestores, para estabelecer metas educacionais a serem alcançadas; limites a serem respeitados, compromissos a serem cumpridos, afeto e cidadania a serem exercitados dia-a-dia. Posto que, é função da escola, propiciar condições para o bom desenvolvimento dos alunos no ensino e a aprendizagem e é atribuição do aluno contribuir para que essas condições sejam favoráveis a todos.

Segundo Garcia (2009), o gesto indisciplinado de um aluno pode estar associado tanto a questões comportamentais quanto ao período vivenciado pelo aluno, violência familiar ou social, ausência de afetividade ou problemas hormonais.

Muitas das escolas ainda praticam uma “Pedagogia Tradicional, proposta de educação centrada no professor, cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria através de aulas expositivas, devendo os alunos prestar atenção e realizar exercícios repetitivos, a fim de memorizar e reproduzir a matéria ensinada” (PCNs, 1998, p.56).

Assim, as expectativas da escola, por exemplo, devem refletir não uma disposição autoritária elaborada por um determinado grupo responsável por processos decisórios na escola, mas uma orientação de base consensual que reflita a contribuição de toda a comunidade ligada à escola, e não apenas dos profissionais da educação que nela atuam.

A ausência de bases democráticas no modo como se articulam as relações entre professores e estudantes no interior da escola, por exemplo, pode desencadear resistência e contestação por parte dos estudantes aos próprios esquemas da escola, o que deve ser considerado uma expressão de indisciplina carrega uma legitimidade e pertinência difíceis de negar.

Segundo Nicolilelo (2009), no Brasil, os professores gastam 17% do tempo em sala de aula tentando manter a disciplina dos alunos, mesmo índice da Malásia. No mundo, a média é de 13%. Em países como Bulgária, Estônia, Lituânia e Polônia, o percentual não passa de 10%. O resultado é que o trabalho dos professores fica prejudicado pelo mau comportamento dos alunos. Isto faz sentido pois em nosso cotidiano:

Ouvimos tanto dos professores quanto da sociedade em geral que o vandalismo contra a escola e a agressão a professores se devem a certa fragilidade dos dirigentes, que em tudo concordam com os jovens estudantes, à imagem das famílias. Há de se pensar ainda sobre a falta de limites dos adolescentes se apresenta como a causa principal da indisciplina (BOCK; FURTADO & TEIXEIRA, 2002, p. 151).

Por outro lado, os educadores que convivem com as peculiaridades da sala de aula têm o hábito de buscar causas e fazer uma viagem introspectiva à realidade. Para Almeida (2009), muitas das hostilidades que assolam o cotidiano educacional estão relacionadas com a gestão ou com o modelo pedagógico. Professores faltantes, horários desorganizados, salas abarrotadas de crianças e quadras de esportes insuficientes para que os adolescentes sublimem parte de suas energias podem aumentar a probabilidade de indisciplina - que se desdobra em atos de fúria (ALMEIDA, 2009, p. 01). 

Cabe à escola, afinal, fazer sua parte, que é a Pedagogia, seus métodos e suas organizações internas. Isso inclui construir coletivamente regras sociais sobre procedimentos, deveres e direitos que mencionem as consequências para quem descumpri-las. Assim, todos ficam satisfeitos e se sentem agentes de sua história. (ALMEIDA, 2009, p. 01). 

O professor tem que lidar toda a instabilidade em seu cotidiano. Como aprender não é de modo nenhum, manejar certezas, mas trabalhar com inteligência as incertezas, porquanto, sendo função vital, tão vital que se confunde com a vida, não poderia fantasiar propostas contraditórias com a criatividade e com a fragilidade da vida.

De acordo com Demo (2000), na escola formam-se pessoas e os professores vêm assumindo papéis além daqueles explicitados na formação tradicional, esses profissionais incorporaram os papéis de líderes, psicólogos, pais,além de simples seres humanos.

Assim, é provável que o aluno não apreenda bem os ensinamentos do professor e tenha razões com variáveis externas incontroláveis, e mesmo internas ao sistema educacional tais como: vícios de aprendizagem, incompetência dos ciclos educacionais anteriores e desinteresse, podendo externá-lo na forma de indisciplina.

O professor tem a função, normalmente complexa de instigar, provocar, desafiá-lo a contribuir, e a de desenvolver a capacidade de raciocínio, de posicionamento do aluno. Para isso o docente precisasse capacitar e construir ambiente propício levando o aluno a fazer analise criticadas coisas, alcançando autonomia e a expressando-se com desenvoltura (MORAN, 2011, p. 11).

Nosso desafio maior é caminhar para uma educação de qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano, inclusive a comportamental, resultante das adversidades comuns ao ambiente social e escolar. Para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesma do sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transitem de forma fácil entre o pessoal e o social. E até agora encontramos poucas pessoas que estejam prontas para a educação com qualidade (MORAN, 2011, p. 12).

Demo (2000) nos ensina que a educação é algo político e não apenas técnico, nesse aspecto o problema do docente é de qualidade formal e política. Em relação à qualidade formal, o professor não detém formação adequada, pois a pedagogia continua atrasada em termos de competência técnica e não existe sistema conveniente de atualização constante, seja porque a atividade de professor tem decaído para o rol das facilitadas e marcadas pela seleção negativa.

Na educação o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão de totalidade. Fala-se muito de ensino de qualidade. Muitas escolas e universidades são colocadas no pedestal, como modelos de qualidade. Na verdade, em geral, não temos ensino de qualidade. Temos alguns cursos, faculdades, universidades com áreas de relativa excelência. Mas o conjunto das instituições de ensino está muito distante do conceito de qualidade (MORAN, 2011, p. 12).

Nesta perspectiva, compreendemos que a noção de cidadania vasta, incluindo a valorização profissional, sobretudo em termos de remuneração e carreira. A questão salarial, muito em evidência, não resolverá problemas de capacitação do professor. Este deve saber direcionar a formação básica em qualquer instância – do ensino fundamental ao nível superior – o que é essência para educação, e mola propulsora da cidadania e da produtividade.

De acordo com Teixeira (2011) a alma da formação básica é aprender a aprender, saber pensar, informar-se e refazer todo dia a informação, questionar. Conhecimentos pertinentes e, sobretudo seu manejo propedêutico são base para o exercício do papel de sujeito participativo e produtivo.

Para Demo (2000) é fundamental aprender a conviver com os limites buscando transformá-los em desafio, desta forma, precisamos aprender a ultrapassar barreiras, buscando valorizar o aluno e experimentar crer que eles podem nos dar mais do que esperamos e essa mudança deve partir dos professores. Desta forma:

[...], espera-se que as dificuldades no ensino-aprendizagem sejam minimizadas através da expectativa pela inteligência do aluno por parte do professor. Um professor competente, técnica e politicamente (que saiba equilibrar a ambos), é capaz de arquitetar a formação adequada, estabelecendo o ambiente do aprender a aprender, do saber pensar, do questionar criativamente (HENRIQUE, 2011, 03).

Assim, ao esperar um bom rendimento do aluno, o professor deve buscar e criar meios para que este aprenda efetivamente e o motiva a isso. O sucesso do ensino dependerá da motivação tanto do professor, quanto do aluno e expectativa explicitada (sob a medida do contexto a que se está inserido), pode ser um grande começo, bem como a subestimação pode ser um obstáculo.

Segundo Henrique (2011), a expectativa do professor derruba abarreira professor/aluno, pois o conduz a construir algo e vai além, faz com que este mesmo aluno se apaixone pelo objeto de desejo do que construiu. No nível superior, por exemplo, o professor, intencionalmente, incita o aluno a se envolver com o conteúdo de forma profissional, evitando obviamente ultrapassar o limite para não desvirtuar o foco, ou seja, o aprendizado. Isso torna claro que o professor deseja que o aluno vá além do conhecimento.

Para Freire (2000), o professor pode utilizar-se das falas diretas e indiretas, ou seja, é um grande influenciador e tem que assumir seu papel social, buscando aproveitar o melhor da relação professor-aprendiz. Para Henrique (2011, p. 04) é através da comunicação que o professor consegue reduzir as dúvidas e incertezas advindas das questões levantadas (as quais ele mesmo estimula que sejam) pelos alunos. Além de ser uma ferramenta para atuação eficiente faz com que se defendam ideias e fortalece a relação de aprendizagem criando um sentido de participação.

3.1. Caracterização da Violência em Sala de Aula

Entendemos por violência uma realização determinada de força tanto em termos de classes sociais quanto em termos interpessoais. Em lugar de tomarmos a violência como uma violação e transgressão de normas, regras e leis, preferiram considerá-la sob dois ângulos. Em primeiro lugar, como uma conversão de uma diferença e de uma assimetria, numa relação hierárquica de desigualdade, com fins de dominação, de exploração e de opressão (KOEHLER, 2008, p. 03).

Isto é, a conversão dos diferentes em desiguais e a desigualdade em relação entre superior e inferior. Em segundo lugar, como a ação que trata um ser humano não como sujeito, mas como uma coisa. Estase caracteriza pela inércia, pela passividade e pelo silêncio de modo que, quando a atividade e a fala de outrem são impedidas ou anuladas, há violência.

Barros (2012), informa que, a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.

Porém, o que vemos são ações coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula. Assim,

Ao mesmo tempo que ela expressa relações entre classes sociais, expressa também relações interpessoais(...) está presente nas relações intersubjetivas, aquelas que se verificam, entre homens e mulheres, entre adultos e crianças, entre profissionais de categorias distintas. Seu resultado mais visível é a conversão de sujeitos em objetos, sua coisificação. (...) A violência é simultaneamente negação de valores considerados universais: a liberdade, a igualdade, a vida (KOEHLER, 2008, p. 03).

De acordo com Melo (2010), além disso, existe a violência presente nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme esses modelos sociais.

Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição.

A violência escolar pode envolver tanto a violência entre Classes Sociais (violência macro) como a Violência Interpessoal (violência micro). No primeiro caso, a escola pode ser cenário de atos praticados contra ela (vandalismo, incêndios criminosos, atentados em geral). No entanto, a escola - enquanto organismo de mediação social – também pode ser veículo da violência de classe: a violência da exclusão e da discriminação cuja resultante maior tem sido o fracasso escolar (KOEHLER, 2008, p. 03).

A revisão bibliográfica demonstra que os atos violentos estão sujeitos a um grande sistema de relações interpessoais, nas quais as emoções, os sentimentos, os aspectos cognitivos estão presentes no âmbito educativo; na verdade, o problema começa quando se aborda o conflito através do exercício da autoridade, do castigo, das humilhações, provocando um clima de tensão dentro da sala de aula, o qual o professor não sabe resolver, pois o núcleo desta questão está submerso em um currículo oculto de relações interpessoais no processo ensino-aprendizagem.

Segundo o Dicionário Houaiss (2004), violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. Para Ferreira (2005) a violência é ainda um constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação.

Para a Organização Mundial da Saúde - OMS - (BRASIL, 2010), define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Entretanto, também encontramos em nossos estudos, afirmativas de que o conceito de violência é muito mais amplo e impreciso. Entendemos assim que a violência é algo muito subjetivo, difícil de ser traduzido ou explicado, isto por que:

A violência e hoje um dos maiores problemas de saúde, no Brasil e no mundo. Os dados são contundentes: no mundo, mais de 1.6 milhão de mortes/ano e mais de 16 milhões de internações hospitalares/ ano são causadas pela violência; mais de 4.000 pessoas morrem, por dia, por homicídio ou suicídio. No Brasil, foram registrados 48.032 homicídios no ano de 2005 (MELO, 2010, p. 28).

Nesta perspectiva, Melo (2010), diz que, a ação comunicativa e uma interação isenta de qualquer coerção que não seja a forca das razoes que falantes e ouvintes tem para dizer o que dizem e fazer o que fazem. Logo, nesse tipo de ação, os participantes se reconhecem reciprocamente como sujeitos competentes: e interação intersubjetiva mediada pela linguagem. Violência seria, então, qualquer situação em que o ator social perde esse reconhecimento, mediante o uso do poder, da forca física ou de qualquer outro meio de coerção, sendo então rebaixado da condição de sujeito a condição de objeto.

3.2. Tipos de Violência

Embora a definição de violência inclua apenas os atos intencionais, excluindo, portanto, os acidentes, ha muitos questionamentos sobre a atribuição dessas ultima qualificação para os eventos ocorridos no transito e provocados por imprudência, descumprimento de leis e regras de transito, abuso da velocidade e uso concomitante de álcool.

O mesmo poderia ser dito para os acidentes no trabalho e no domicilio, quando relacionados a negligencia e a falta de segurança (BRASIL, 2010). Vejamos os tipos mais comuns de violência em nossa sociedade:

  • Violência Física: A violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns, murros, estalos e agressões com diversos objetos e queimaduras. 
  • Violência Psicológica: A violência psicológica ou agressão emocional, tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. É uma violência que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente provoca cicatrizes para toda a vida. Existem várias formas de violência psicológica, como a mobilização emocional da vítima para satisfazer a necessidade de atenção, carinho e de importância, ou como a agressão dissimulada, em que o agressor tenta fazer com que a vítima se sinta inferior, dependente e culpada.
  • Violência verbal: A violência verbal não é uma forma de violência psicológica. A violência verbal normalmente é utilizada para oportunar e incomodar a vida das outras pessoas. Pode ser feita através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento que os métodos utilizados habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os questionários infindáveis.
  •  Violência sexual: Violência na qual o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência física. A violência sexual acaba por englobar o medo, a vergonha e a culpa sentidos pela vítima, mesmo naquelas que acabam por denunciar o agressor, por essa razão, a ocorrência destes crimes tende a ser ocultada.
  • Negligência: A negligência é o ato de omissão do responsável pela criança/idoso/outra (pessoa dependente de outrem) em proporcionar as necessidades básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento (ABRAMOVAY, 2009, p. 01).

Comportamentos intrigantes que marcam o nosso tempo, como a pratica de violências sem nenhum motivo aparente, insistentemente presentes na mídia: grupos de adolescentes e jovens que trafegam com seus veículos na contramão de avenidas movimentadas, causando acidentes e mortes; espancam mulheres na rua porque pensam serem elas prostitutas; depredam espaços públicos; agridem outros adolescentes e jovens, sozinhos ou em menor numero; sofrem e praticam bullying. Como resultado do desenvolvimento contemporâneo;

Temos a competição desenfreada, a lei da vantagem, o individualismo exacerbado, o consumismo. Se falta sentido, vínculo, sentimento de identidade e de pertença, falta o próprio sujeito - não ha reprodução simbólica da sociedade (MELO, 2010, p. 41).

Segundo Melo (2010), a violência seria também representada pela exclusão e desigualdades sociais ou estaria a elas associada, ou seria explicada como violência estrutura pela clássica relação entre capital e trabalho. Nas sociedades modernas, em especial, destacam-se, por um lado, o desemprego estrutural ou diminuição dos postos de trabalho resultante do desenvolvimento tecnológico e, por outro, a horizontalizarão e flexibilização do trabalho.

Para Abramovay (2009), violência nas escolas é um problema gerado dentro do próprio ambiente escolar. Insultos, discriminação, ciberviolência, agressões físicas e até homicídios são situações cada vez mais comuns no dia a dia de alunos e professores.

Também devemos considerar a violência que acontece fora das escolas, como a presença de armas e, por outro lado, a situação socioeconômica complicada de algumas escolas. As escolas produzem as suas próprias violências. A violência na escola se deve ao “clima escolar”, quer dizer, não vem de fora para dentro da instituição de ensino. Esse fator também acontece, mas as escolas são responsáveis pela reprodução de uma violência interna (ABRAMOVAY, 2009, p. 01)

Existem teorias que tentam explicar por que algumas pessoas são mais ou menos propensas a desenvolverem características violentas. Segundo Imura & Silveira (2010), as teorias biológicas modernas não defendem um determinismo biológico, mas argumentam que certas características biológicas aumentam a probabilidade de os indivíduos se engajarem em certos tipos de comportamento antissociais e violentos, ainda que estas características só se expressem quando em interação com determinados ambientes sociais. Com efeito,

Entre essas características biológicas estariam diferenças nos níveis de neurotransmissores, como baixos níveis de serotonina e altos níveis de norepinefrina comumente associados a comportamentos antissociais. Acredita-se que a serotonina esta relacionada a modulação da impulsividade e que baixos níveis da mesma possam se associar a comportamentos antissociais e violentos (IMURA & SILVEIRA, 2010, p. 53) .

Teorias hormonais explicam a violência a partir do entendimento de que hipófise, tireoide, pâncreas, ovários, testículos e suprarrenais produzem hormônios, em parte, em resposta a processos neuroquímicos. Para Imura & Silveira (2010), essas teorias sugerem que a produção de hormônios afeta os processos físicos e mentais podendo assim induzir comportamentos violentos e que a violência que emerge na juventude e decorrente da testosterona, hormônio produzido em maiores quantidades, pelos homens.

De acordo com Melo (2010), atribui ainda parte da violência perpetrada pelas mulheres aos perfis hormonais encontrados nos períodos pré-menstruais, quando as concentrações menores de progesterona explicariam comportamentos agressivos. Contudo, os resultados de pesquisas nessa linha são contraditórios e incertos, e, o papel que os níveis hormonais desempenham nos comportamentos violentos.

Assim, as diferenças entre homens e mulheres no engajamento em ações violentas e criminosas também tem desafiado os pesquisadores.

4. AS CAUSAS E AS CONSEQUENCIAS DA VIOLÊNCIA NA VIDA DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

De acordo com os estudos de Souza (2008), a violência tem várias causas, entre elas podemos enumerar, o rápido crescimento industrial, a sofisticação das tecnologias, consumo exacerbado, concentração de renda, as privações sociais referentes à aquisição de bens de consumo, ou até mesmo o difícil acesso a serviços essenciais ao ser humano, causam carências, frustrações o que contribuem para a manutenção ou, até mesmo agravamento do problema. Segundo a autora:

Em uma sociedade capitalista, como a brasileira, a concentração de renda se faz de maneira desigual, onde a minoria tem muito dinheiro e a maioria convive com o mínimo necessário. Vive-se em uma sociedade desigual com um discurso elitista onde é preciso trabalhar, para deixar de pertencer à maioria. A desigualdade social de forma geral, colabora para o aumento da violência em decorrência da fome, estresses e desemprego que afetam grande parte da população (SOUZA, 2008, p. 07).

Segundo Pereira et. al. (2010), a violência e um fenômeno mundial, tendo presença constante nos meios de comunicação de massa. Trata-se de um problema social que reflete na Escola Municipal Professor Dubas e tem assumido proporções que indicam a necessidade de estudar, discutir o assunto, elaborar projetos e pesquisas buscando a prevenção e o exercício da cidadania e da solidariedade.

Neste entendimento, levar esse tema para a sala de aula desde os anos iniciais e uma forma de trabalhar uma questão controversa presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social (PEREIRA, 2010, p. 260) .

Sabemos ainda, que, os problemas de violência e agressividade no ambiente escolar são sinais de uma sociedade marcada por desigualdades sociais, entre outros fenômenos. As situações de violência na Escola Municipal Professor Dubas exige uma tomada de ações voltada para a erradicação dos problemas de violência na escola, os quais desorganizam o processo de ensino aprendizagem, comprometem as relações entre as pessoas, levam ao estabelecimento de relações estressantes e ao adoecimento da comunidade escolar. Assim passamos a nos debruçar sobre o problema do bullying.

Bullying é uma palavra de origem inglesa adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e coloca-la sob tensão. O bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente adotada por um ou mais estudantes contra outros, causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima (PEREIRA, et. al. 2010, p. 234).

Para as autoras acima citadas, o termo se refere aos comportamentos agressivos e antissociais, sendo utilizado pela literatura psicológica anglo-saxônica nos estudos sobre o problema da violência escolar um comportamento ligado à agressividade física, verbal ou psicológica, entre os estudantes, por meio de ações preconcebidas que amedrontam aqueles incapazes de se defender, indo além dos conflitos normais ou brigas.

Segundo a Associação Brasileira de Proteção a Infância e a Adolescência – ABRAPIA várias ações costumam ocorrer na pratica do bullying: colocar apelidos, agredir, assediar, ofender, discriminar, bater, aterrorizar, zoar, excluir, chutar, dominar, gozar, isolar, empurrar, ridicularizar, encarnar, ignorar, ferir, menosprezar, sacanear, perseguir, roubar, humilhar, tiranizar, quebrar pertences, intimidar, ameaçar (PEREIRA, et. al. 2010, p. 234). 

Segundo Tonchis (2012), podemos classificar inúmeras questões que levam a violência para o ambiente escolar. Por exemplo, os mais gerais: diferenças sociais, culturais, psicológicas, etc. e tantas outras como: experiências de frustrações, diferenças de personalidades, competição, etc.

Hoje, sabemos que a tendência da desfragmentação do saber é o melhor caminho a trilhar. A multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade é a proposta em voga de superação da fragmentação do saber. Somente através do dialogo aliado a práxis efetiva é que poderemos amenizar o grau de violência no interior das escolas (TONCHIS, 2012, p. 01).

Assim, esse círculo de violência deve ter um olhar mais universal, principalmente, por aqueles que pensam sobre a educação. É necessário ver que a violência contra a instituição escolar, contra colegas e professores e, de certo modo, a violência dos adultos contra as crianças, também, contém elementos de caracterização bem comuns. A não aceitação das diferenças em toda a sua amplitude – se é diferente, é hostilizado, desprezado, humilhado. E quando a vítima reage é violentada.

Um fator determinante para a violência é a não aceitação das diferenças, também, perpassa pela escola como instituição, com seus próprios professores, funcionários e com os próprios alunos. Essa uniformização, isto é, uniformizar o diferente, é feita com violência – em todos os casos. E esse comportamento institucional, gera violência.

Para Tonchis (2012), a escola é o primeiro ambiente social que a criança experimenta, antes disso, ou seja, na socialização primária se restringe a família, igrejas, vizinhos, enfim, um circuito bastante restrito. É na escola, aonde ele vai, realmente, experimentar um ambiente social – lá ele vai aprender a conviver com as diferenças e constituir um ser para si. Esse ser é para a sociedade.

Por isso, a urgência que se tornou essencial hoje – e que muitos não percebem, é tratar a violência na escola como um trabalho de lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas, sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso, é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o bem de todos esteja realmente em vista.

Para Souza (2008), independentemente de seus tipos ou formas, atos de violência comprometem as relações sociais dos indivíduos que a sofrem e, particularmente, o desenvolvimento psicológico e emocional da criança, deixando sequelas, afetando nas brincadeiras, no desenvolvimento escolar e no dia-a-dia. Enfim, a criança que sofre algum tipo de violência, não tem um bom desempenho em suas atividades escolares e sociais.

A banalização da vida parece ser a marca do nosso tempo. Casos de violência passam despercebidos pela maioria da população, acostumada, talvez, à sua presença cotidiana, ocorrendo, quando muito, expressões de espanto e indignação de forma rápida e distante, apenas isso. O ser humano parece se sentir impotente e inseguro, diante de uma sociedade fragmentada, cujas autoridades, responsáveis pela segurança e integridade do cidadão, parecem incapacitadas para resolver o problema da violência.

4.1. As experiências na escola Municipal Professor Dubas.

Durante o estagio pudemos observar que varias crianças frequentam a escola tão somente para fazer suas refeições. Uma vez que em casa pelas condições, elas não o podem fazer suas refeições necessárias para o dia a dia. Observamos diálogos em que as pessoas rotulavam alguns alunos como intoleráveis e que por vezes professores estavam perdendo tempo, “não há mais nada a fazer”. Que estas crianças jamais iriam aprender, pois as necessidades e a violência que vivia eram muito grandes. Pois morava em ambiente muito impróprio para uma criança, num sincretismo da incompreensão e o do raciocínio em que a dependência mútua gera um ciclo sem fim (PIAGET, 1999, p. 176). Tal situação nos faz lembrar que atualmente a sociedade passa por diversas transformações que tiveram significativa repercussão nos cenários sociopolítico e econômico de todo o mundo.

Dentre tais mudanças, o universo infanto-juvenil tem se tornado objeto de discussões em fóruns mundiais, provocadas pela constatação de que o modelo posto constituía-se em um grande equívoco, com graves prejuízos e sequelas irremediáveis para todas as crianças e adolescentes, em detrimento da sociedade como um todo (DIAS, 2002, p. 38).

Vistos como adultos incompletos, os jovens representavam uma parcela da população que tinha, constantemente, seus direitos violados, sem qualquer possibilidade de interferir na construção da realidade que eles próprios vivenciavam e imutável e á qual deveriam adaptar-se, sob pena de serem considerados menores em situação irregular (DIAS, 2002, p. 38).

Durante nosso estágio supervisionado presenciamos a seguinte fala de um aluno, que os pais batiam nele se ele chegasse a casa apanhado ou com recado dos professores falando do seu mau comportamento ou pedir presença na escola. Compreendemos que:

As emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo, em resposta a um acontecimento inesperado ou, às vezes, a um acontecimento muito aguardado (fantasiado) e que, quando acontece. Nas emoções é possível observar uma relação entre os afetos e a organização corporal, ou seja, as reações orgânicas, as modificações que ocorrem no organismo, como distúrbios gastrointestinais, cardiorrespiratórios, sudorese, tremor (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2002, p. 194).

Que são reações visíveis nestes alunos. Obrigar o filho a afrontar os alunos que os atacam pode não ser a mais perfeita solução, ou seja, corre o risco de passar uma situação pior. Em muitos casos, a violência na escola é decorrente do medo de ser reprovado ou de ameaças que o aluno sofre em casa por parte de seus pais.

Sabemos que existem dois afetos que constituem a vida afetiva: o amor e o ódio. Estão sempre presentes na vida psíquica – de modo mais ou menos integrado, associados aos pensamentos, às fantasias, aos sonhos e se expressam de diferentes modos na conduta de cada um (BOCK, FURTADO & TEIXEIRA, 2002, p. 192). Os sentimentos assim vistos estão presentes em todas as relações por isso, constatamos que o problema de violência não está só na escola, está também na família. Os planos familiares e os desejos dos pais, muitas vezes quando não bem elaborados, podem tornar-se violência. Pais tem papel enorme na medida em que podem evitar conflitos através de conversas e transmissão de valores.

Levando para o campo da legalidade ou da jurisdição, sabemos que:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (CF, art. 227) (DIAS, 2002, p. 39).

Entretanto, na prática tal determinação ainda se faz ausente do cotidiano, a exemplo da Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN. Assim, podemos classificar varias questões que levam a violência para o ambiente escolar. Como: diferenças sociais, culturais, e tantas outras como: experiências de frustrações, diferenças de personalidades, competição, etc. Também observamos muitos apelidos: (bullying) gorduchos, magrelo, cabelo Bombril, filho de A e B e muitos outros apelidos, crianças com um vocabulário de adulto, onde mostrava claramente aborrecimento e fúria no que fazia.

Ao sofrer a violência do tipo bullying, as crianças não têm como se defender, neste caso quando feito por crianças maiores. Os alunos, mesmo que digam repudiar esse tipo de violência psicológica e sentirem pena, mostra que nada podem fazer para defendê-la, com medo de ser a próxima vítima.

Nem todos os educadores estão preocupados com este problema, mas muitas vezes tem que contornar brigas dos alunos, nunca se sabe o que pode ocorrer no dia-a-dia na escola, os pais, estão preocupados com a violência nas escolas, mas não fazem sua parte.

Segundo Souza (2008), a convivência dentro das paredes escolares chega a preocupar uma boa parte dos envolvidos com a escola. As crianças ficam sem recreio como meio de castigo, esta é uma forma de refrear as brigas, para conter as rebeldias dos alunos, professores ameaçavam leva-las para a diretoria, e sempre não fica só nas advertências eram levados até o final das aulas, mas essa punição não era o bastante pelo contrário, este corretivo vem sempre acompanhado de mais uma violência, porque quando o aluno volta à sala se mostra mais revoltado. E seu companheiro não deixa passar sem se manifestarem sobre o castigo do seu colega.

Diante desse problema observamos que também não estamos atendendo ao objetivo do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que é garantir proteção integral, a partir de um novo tratamento, em que são respeitadas as diferenças e a garantia à universalização dos direitos ali determinados (DIAS, 2002, p.40).

Segundo Dias (2002), o ECA estabelece que todas as crianças e adolescentes receberão atendimento individualizado quando necessitarem, sendo-lhes aplicadas medidas protetivas ou sócio-educativas de acordo com suas carências, depois de avaliada a situação psicológica e o contexto social e familiar de cada um, o Estatuto também mostra claramente, por critério etário, crianças e adolescentes, definindo que crianças são as pessoas com idade até onze anos, e adolescentes são aquelas entre doze e dezessete anos. Diz que estas pessoas são inimputáveis, o que não significa irresponsáveis.

A obrigatoriedade da existência de, pelo menos, um Conselho Tutelar em cada município – art. 132, ECA – de modo a promover o atendimento de crianças e adolescentes e suas famílias, sempre que comprovada ameaça ou violação de seus direitos, aplicando-lhes as medidas adequadas de proteção (DIAS, 2002 p. 46).

Para Souza (2008), no que se refere à violência nas instituições escolares, é possível considerar que ela é inerente à ação pedagógica e não acontece somente dentro da instituição escolar, funcionando como mecanismo de reprodução das condições de dominação e subordinação de determinadas camadas, grupos ou classes. Deste modo, a escola torna-se um local de reprodução das relações e da hierarquia social, como espaço favorável para reproduzir valores, padrões de comportamentos e modos de se vestir, sentir e agir, sempre de acordo com os grupos dominantes, colaborando para o aumento da desigualdade social.

Percebemos na Escola Municipal Professor Dubas que as crianças que são expostas a televisão, vídeos e filmes, agem de forma mais agressiva. A TV é simplesmente a nossa maior influência, as crianças copiam o que veem. Elas convertem isso em competição, machucando outras crianças, de uma forma ou de outra. Os programas violentos influenciam o comportamento das crianças. Assim,

No campo das políticas públicas, a escola, com papel determinante e significativo no processo de desenvolvimento humano, deixa seu lugar de mero repassador de conteúdos com finalidade exclusivamente didático-instrucional, e recebe o justo reconhecimento como espaço de convivência e de despertar de competências, transmitindo saberes e formando pessoas para a vida (DIAS, 2002, p. 48).

Constatamos ainda crianças chegando à sala com réplicas de (armas de desenhos animados) tanto as meninas como os meninos demonstravam a mesma atitude sempre no receio nós professores tínhamos que separar uma briga entre eles. Muitas vezes as crianças queriam chamar a tensão dos colegas ou da professora transformando brincadeiras em brigas, pois observei senas desta natureza.

Sabemos que o problema de indisciplinas e da convivência é de todos nós. Deste modo, a busca de soluções também é de todos. As instituições escola e família precisam urgente da união, cada vez mais intensa. Crianças com tão pouca idade mostrava claramente que rejeitava colega filho de mãe solteira e outros tipos de pais que tinha na turma. Assim,

Dentro da tipologia estabelecida, atualmente, convive-se de perto com as violências doméstica e familiar. O que se considera violência cultural ou simbólica, ocorre no ambiente doméstico e familiar. No processo de socialização, as crianças sofrem, pelos pais, ações que impõem ordem e limites que, embora necessários, enquanto padrões de comportamentos denotam certa violência (SOUZA, 2008, p. 06).

Em sua forma física, provoca na vítima, desde lesões simples como hematomas, até a mais grave e irreversível, caracterizada pela morte, a mais perceptível, quando não se procura esconder a vítima. O mesmo não acontece com a violência psicológica, que não se apresenta apenas no convívio doméstico e familiar, mas em todos os segmentos sociais.

As crianças se comportavam do modo como queriam e diziam que os pais não faziam nada (não os repreendiam ou os educavam para a convivência com os demais colegas), caso isso ocorresse geraria uma denúncia ao conselho tutelar. Por isso ia para escola só para brincar, e da mesma forma aconteceria com o professor que castigasse na sala ou expulsasse ele. As brigas nas escolas são um problema constante. Muitos deles estão introduzidos num contexto de violência em que as coisas são decididas na base da briga.

Isso significa que o comportamento dessas crianças é uma reprodução das imposições dos adultos. De outras formas, ocorridas dentro do âmbito doméstico, e no seio da própria família, tais violências, geralmente, são praticadas pelos homens, às mulheres e crianças de diferentes formas: física, psicológica ou sexual (SOUZA, 2008, p. 06).

Vale ressaltar que estamos falando de crianças que, desde a mais tenra idade, aprendem a conviver com a violência que começa dentro da própria casa, chega à rua com outra face e se espalha pelo mundo, de todas as formas, ceifando vidas, em um ciclo de recorrência que banaliza o crime pela convivência constante com um cenário de degradação, onde campeia a impunidade e prevalece a lei do mais forte (DIAS, 2002, p. 50).

A falta de afeto e de valores está relacionada com a frequente ausência dos pais, que, em busca da sobrevivência diária para a família, deixam seus filhos com irmãos mais velhos ou babás, o que reduz cada vez mais o tempo de convívio familiar entre pais e filhos. Essa mudança nas relações familiares tem várias implicações. O abandono pode decorrer tanto da necessidade de trabalho dos pais, quanto do total despreparo por parte dos mesmos no trato com a criança, e ainda pela inversão de valores com relação ao papel da escola.

4.2. Propostas para uma melhor atuação da escola no combate a violência

A escola e um local importante para trabalhar conhecimento, habilidades e mudanças de comportamento. Ela representa um contexto próprio e adequado para o desenvolvimento de ações educativas, atuando nas diferentes áreas do ser humano.

Nessa perspectiva, a escola contemporânea não pode ser um fim em si mesmo, mas um espaço para a formação integral, em que conhecimentos e competências afetivas, cognitivas e relacionais se desenvolvem do modo mais harmonioso possível.

  • Palestras para a família e a escola sobre a caracterização da violência e formas de prevenção e erradicação;
  • Reunião para laboração de um projeto diagnostico e prevenção das diversas formas de violência na Escola Municipal Professor Dubas;
  • Discussão a partir dos relatos e falas dos participantes;
  • Atividades cultural (teatro, música), sobre a temática da violência na escola;
  • Avaliação semanal do projeto.

A escola deve contribuir para a humanização da criança enquanto ser em desenvolvimento; deve ser reparadora das mazelas da violência que permeiam nosso cotidiano nestes últimos tempos. Nas conquistas e desafios da Declaração Universal de Direitos Humanos, incluem-se o exercício da e na cidadania, a ética, os valores morais; estes sem dúvida, devem ser vivenciados na escola, culminando com o (re)significado da infância no século XXI, a partir da legitimação dos direitos da criança e do adolescente, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL.Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990). Assim, devemos entender que o trabalho educativo do professor não pode conter, de forma alguma, em seu bojo, o rancor, a rispidez, o mau humor, o desrespeito, a ofensa, o cinismo, o autoritarismo que humilha e envergonha, pois,

O professor deve ensinar a condição humana, individual e coletiva. Eis aqui um desafio para todos os professores, comprometidos com o “agir pedagógico” que privilegie, interventivamente, o vínculo pessoal saudável, a tolerância, a capacidade de cuidar do outro e se deixar ser cuidado. Esta é uma tarefa qual devemos disseminar em nossas reflexões sobre as ações que permeiam nossas práticas educativas: a pessoa do professor enquanto profissional do desenvolvimento de “corações e mentes” (KOEHLER, 2008, p. 11).

Nesse entendimento, o contexto atual mostra-nos que a violência no mundo adulto, tem aguçado a situação de risco de crianças e jovens, além de reproduzir os valores desumanos. Precisamos compreender que uma das possibilidades para se atingir o paradigma de pleno desenvolvimento humano está em investir nas relações interpessoais, na educação e, portanto, na pessoa do professor como educador.

De acordo com Abramovay (2009), temos de levar em conta o todo da escola, senão a culpa recai apenas sobre os alunos e as famílias. Temos de desconstruir a ideia de que os estudantes vêm de uma família desestruturada. A escola recebe pessoas, não exatamente boas ou más, e tem como função educá-las. O espaço escolar é um parâmetro para essas pessoas desenvolverem sua cidadania, e o período de três a quatro horas tem de ser bem aproveitado.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo nos permitiu trabalhar o problema da violência junto à família e a Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN enfocando a importância de se utilizar práticas educativas com eficácia na sala de aula, com atividades dinâmicas e motivadoras, a fim de contribuir na estimulação efetiva, no prazer, na imaginação construtiva e nos valores pessoais de cada criança.

Consideramos de grande importância para o andamento quantitativo de nossas atividades, o grande apoio dado pelos integrantes da Escola Municipal Professor Dubas em Luís Gomes/RN, os quais cederam espaços para que esse trabalho fosse realizado.

Foi preciso ouvir atentamente professores e alunos visando uma relação de afetividade e contato mútuo através de leituras diversificadas e participativas. Observamos que, em relação à violência, muitos fatores precisam ser melhorados, um deles é a forma como a família e a escola tratam o educando. A família vê na escola a solução para todos os problemas (evasão, repetência, agressividade e falta de desenvolvimento cognitivo), por outro lado a escola vê na família a origem de todos os problemas, especialmente a violência pois acredita que é obrigação da família educar/preparar a criança para relacionar-se educadamente com os demais indivíduos, enquanto a obrigação da escola oferecer conhecimentos que o estimule para seu crescimento intelectual e social.

Diante disso, podemos dizer que a questão da violência perpassa tanto pela família quanto pela escola. O professor deve ser, além de muito bom educador, relacionar-se bem com as famílias, ser conhecedor das dificuldades existentes dentro e fora da sala de aula, deve ser próximo de seus alunos e consciente das deficiências no ensino para que possa realizar suas atividades e obter o resultado esperado.

A falta da educação doméstica contribui para o aumento da agressividade escolar. Nos dias atuais, a violência nas escolas é uma realidade vivenciada tanto por profissionais da área, como pelos próprios estudantes. Todos os dias há notícias de agressões praticadas dentro do âmbito escolar, e parece que nada é feito para modificar essa situação. Em Salvador, além de episódios envolvendo alunos contra professores, há também casos de agressões entre os próprios jovens.

Quando se fala de educação pública no Brasil a primeira imagem que surge na mente é de um sistema educacional em degradação. Professores sem valorização, como consequência, sem dedicação. Alunos sem motivação. O ambiente escolar, antes considerado lugar protegido, hoje inspira insegurança entre alunos, professores e diretores, prejudicados com a violência praticada dentro ou no entorno das unidades. A escola deve ser vista como extensão do lar. Com a missão de ensinar, formar, informar e construir uma sociedade mais solidária, justa e humana, ela é a esperança e certeza de dias melhores. A escola é um espaço sagrado, onde as famílias veem como um local onde seus filhos irão aprender, crescer, evoluir e adquirir capacidades para enfrentar a vida, entretanto, devido à perda dos valores necessários para a formação dos indivíduos, ela está reduzindo-se a apenas um local para demonstração da agressividade. 

Um dos principais motivos para a ocorrência de casos de violência em salas de aula é a falta de educação doméstica. Quando os pais não impõem limites para os filhos desde criança estão contribuindo para formar um indivíduo que não respeitará normas e convenções, e, principalmente o outro. A constatação da necessidade de se impor limites é reconhecida pela pedagogia e pela psicologia como instrumentos para a formação equilibrada do jovem e uma contribuição fundamental para o futuro adulto. 

A violência escolar já ultrapassa os limites das classes sociais, das faixas etárias e dos portões das instituições de ensino. Nas faculdades, os trotes violentos demonstram a falta dos valores impostos pela família. 

Assim, compreendemos que é preciso preparar nossas famílias, é preciso mostrar a todo pai e toda mãe, tios, avós, que, todo ser humano tem o direito de lutar pelos seus ideais, desde que não use de agressividade. Não podemos aceitar a banalização da violência, como se fosse uma coisa normal, natural, como se fizesse parte inevitável da vida em sociedade pois isso contribui para a destruição da nossa sociedade e os homens só sobrevivem em sociedade.

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Publicado por: Sandra Regina Ferreira

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