Questionário
A neutralidade mediante a pesquisa científica é algo não que não se aplica. Assim, dependendo dos objetivos a que se presta o pesquisador ele terá de buscar a diversidade de opiniões, sentimentos, crenças, entre outros aspectos, manifestados por um determinado grupo de pessoas. Em busca de concretizar tal intento, tendo em vista a natureza do fenômeno em estudo, um dos instrumentos que servirá de coleta de dados será o questionário.
Antes de colocar tal recurso em prática, o pesquisador terá de adotar alguns procedimentos, considerados essenciais à efetiva realização da proposta a qual se dispõe. Assim, conforme Labes (1998), algumas etapas podem ser definidas:
- Análise dos objetivos e determinação do problema;
- Elaboração do questionário;
- Pré-teste, a fim de verificar se tudo aquilo que se propõe se encontra claramente definido;
- Distribuição e aplicação do questionário;
- Tabulação dos dados;
- Análise e interpretação de tudo aquilo que foi coletado.
Uma das providências a serem tomadas é a chamada carta de explicação, na qual devem conter alguns elementos concebidos como preponderantes, entre eles: proposta da pesquisa, instruções para o preenchimento e devolução e, sobretudo, os agradecimentos, haja vista que quem se disporá a respondê-lo não obrigatoriamente o fará a não ser por uma questão de solidariedade, de um ato de contribuição.
Há também alguns procedimentos a serem seguidos, tais como:
- O cuidado em não formular um questionário muito extenso (30 questões, no máximo);
- Ater-se ao fato de que as perguntas precisam estar ordenadas, de modo a seguir uma sequência lógica;
- Evitar que o nome, endereço e telefone do respondente sejam revelados, a não ser em casos que houver a intenção de marcar uma futura entrevista com essa pessoa;
- Iniciar com perguntas mais fáceis e impessoais, deixando as mais complexas para o final;
- Incluir somente perguntas que realmente tenham relação com o problema levantado;
- Cuidar para que os aspectos gráficos do questionário, como os caracteres, o espaçamento, entrelinhas e diagramação estejam dispostos de forma que atendam às necessidades da pesquisa.
Segundo Gil (1999), o questionário pode dispor de três modalidades de questões, ou seja:
Fechadas – nelas é apresentado um conjunto de alternativas de resposta, a fim de que o respondente escolha a que melhor revele acerca de seu ponto de vista. Observe um modelo representativo:
Pratica o hábito da leitura?
( ) Sim
( ) Não
Fazendo parte dessa modalidade, há ainda as questões com escala, as quais possibilitam que haja uma gradação nas respostas, assim como podemos verificar logo abaixo:
Com que frequência pratica a leitura?
( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Nunca
Abertas – nesta modalidade é apresentada a pergunta ao respondente, de modo a deixá-lo à vontade para expressar suas ideias, sem que haja uma restrição para tal. Atenhamo-nos a um caso representativo:
Qual sua opinião acerca do hábito da leitura?
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Questões relacionadas – representam aquelas que possuem certa dependência com respostas dadas a questões anteriores, assim como no exemplo:
Você se considera um (a) bom (a) leitor (a)?
( ) Sim (responda à questão seguinte)
( ) Não (responda à questão nº 10)
Eis, assim, um conjunto de posturas recomendáveis à elaboração do trabalho científico. Depois de colhidos todos os dados necessários ao estudo do fenômeno estudado, parte-se para a análise das informações obtidas. Para tanto, conforme Dencker (2000), essa deve ser feita de forma coerente e organizada, com vistas a responder ao problema de pesquisa.
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte
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