Pós-graduação a distância

Imersos no contexto relacionado à educação a distância, não é de duvidar que muitas mentes se apoderam de uma ideia voltada para a economia de tempo, para o desapego ao cumprimento de horários preestabelecidos e de compromissos relacionados a trabalhos, avaliações, enfim, -  compromissos esses que geram, sem dúvida, um desgaste maior por parte daqueles que compõem esse público. Além dessa concepção, levada é claro para um lado depreciativo, surge a noção de que esse ambiente, EaD, ao ser comparado com as entidades que oferecem cursos presenciais, coloca-se numa qualidade desvalorizada, inferior.

Antes de tudo, o que se torna providente, em se tratando dessa situação de ensino, é que funções diferentes serão atribuídas tanto ao aluno quanto ao professor. Para este, logicamente que não haverá aquele contato direto, corpo a corpo com o aluno, o que o fará ocupar a função de um mediador; para aquele, atribuída será a noção de que apesar de estar num ambiente virtual, as responsabilidades serão as mesmas, o compromisso será o mesmo, por conseguinte a seriedade será, também, a mesma.

Dessa forma, desfazer daquela ideia de facilidade por ser sujeito da própria aprendizagem (em se tratando dos compromissos, é claro) representa, senão, um fator  negativo no que diz respeito ao aproveitamento dos conhecimentos adquiridos. Por isso, estimado pós-graduando(a), sentimo-nos na responsabilidade de discutir coletivamente acerca dos benefícios atribuídos a essa forma de aprendizagem, mas também pontuar  sobre algumas tomadas de atitudes que em nada contribuirão para o sucesso que tanto almeja nessa sua jornada.

Nesse sentido, a primeira atitude deve ser o contato com pessoas que já tiveram a oportunidade de fazer um curso a distância, tentando sorver delas as experiências obtidas por meio dessa prática. Depois, resolvido(a) de que essa é a decisão a ser seguida, procurar por uma instituição reconhecida pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), a fim de poder realmente garantir seus direitos enquanto pessoa habilitada para exercer uma determinada função no mercado de trabalho. Outro procedimento plausível é ler atentamente o contrato que será estabelecido entre ambas as partes, de modo a evitar que algum mal-entendido futuro possa ocorrer.

Assim, entre tantas tomadas de atitudes, consideradas como pontuais, parece se revelar outra, talvez a mais relevante de todas elas – a disponibilidade de tempo com que irá presentear a si mesmo(a), haja vista que essa flexibilidade de compromissos (concebida até um determinado ponto, obviamente) terá de ser muito bem compreendida e levada a sério, acima de tudo, pois as conquistas dependem única e exclusivamente desse pacto, demarcado muitas vezes pelo “abrir mão de determinadas regalias, compromissos” para se dedicar de forma efetiva a outro:  o do aperfeiçoar de conhecimentos, mesmo sendo eles a distância.