Período Regencial

Período Regencial 

Com a abdicação de D. Pedro I , em 17 de abril de 1831, deveria subir ao trono seu filho mais velho, Dom Pedro de Alcântara, porém, este tinha pouco mais de cinco anos de idade, não podendo assumir as responsabilidades do governo, sendo o País governado por regentes até 1840.

O Período Regencial durou 9 anos, durante os quais, pela primeira vez, o Brasil foi governado por brasileiros. No entanto, ocorreram, nessa época, numerosas crises políticas que agitaram o Brasil durante o Segundo Reinado. Só houve paz quando D. Pedro II assumiu o poder.

Este período dividiu-se em 4 fases:

1º Participantes: Senador Nicolau de Campos Vergueiros, Marquês de Caravelas (Carneiro de Campos) Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

2º O ministro da Justiça, Padre Diogo Feijó, tomou várias medidas contra os insurrectos, conseguindo manter a unidade da Nação. Criou-se a Guarda Nacional que tinha o objetivo de reprimir as constantes manifestações (Era governado pelo ministro da Justiça).

Em 12 de agosto de 1834, foi feita uma reforma constitucional conhecida como Ato Adicional. Essa reforma, entre outras coisas, transformava a Regência Trina em Regência Una. Também criava Assembléias Legislativas Provinciais, que formularam leis de acordo com os interesses de cada província. Nesse ano (1834), realizaram-se eleições para a Regência e Antônio Diogo Feijó foi eleito o novo regente do Brasil.

3º Participantes: João Bráulio Munis, José da Costa Carvalho, Brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Regência Una de Feijó – No PA e PE os revoltosos foram pacificados, mas em RS, onde acontecia a mais longa das lutas civis de nossa História, a Guerra dos Farrapos, Diogo Feijó concentrava todos os seus esforços. Impopularizado por sua intransigência, Diogo Feijó demitiu-se.

4º Seu Governo não foi tão agitado como os anteriores. Ainda assim teve de continuar a Luta contra os Farrapos e dominar os revoltosos da Baialada, no Maranhão e da Sabinada, na Bahia. Todas elas esmagadas com crueldade, levando à morte muitas pessoas.

Regência de Uma de Araújo Lima – Substituiu, em 1836, Diogo Feijó e permaneceu até a posse de D. Pedro I (1840). Durante a Regência fundou-se o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Colégio Pedro II.
Regência Trina Permanente ( 1831 a 1835) – A Lei regencial de 14 de agosto de 1831 fez com que a Regência Trina Permanente governasse num dos períodos mais críticos de nossa História.Estava em jogo a unidade do Império brasileiro, pois, além das lutas internas entre brasileiros e portugueses, várias províncias encontravam-se em revolta: CE, PE, MG, PA.
Regência Trina Provisória ( 7 de abril a 17 de junho de 1831) - Com a abdicação de D. Pedro I, foi necessário formar um rápido governo provisório até que se realize a eleição dos regentes. (Este período foi de grande agitação , e diversos grupos pretendiam assumir o poder.). Formou-se, então, esta Regência.

Revoltas do Período Regencial

Cabanagem

Objetivos:

b)libertação dos escravos;

c)distribuição da terra.

a)Proclamação da República;

Líder: Participantes: Classes populares (cabanos (pessoas humildes que moravam em cabanas às margens dos rios), índios e mestiços semi-escravizados, negros escravos, sertanejos) e intelectuais liberais (Grupo de políticos que deram origem ao movimento).

Revolta: Esta foi a primeira revolta de caráter popular do Império. Recebeu este nome porque a maioria dos revoltosos era formada por cabanos. Originou-se na luta entre grupos políticos da Província, mas depressa se transformou num levante das camadas mais pobres e exploradas da população que estava contra a exploração que sofriam por parte de fazendeiros e autoridades.

Repreensão: Os cabanos ocuparam o governo de Pará e só puderam ser vencidos em 1840, por uma poderosa força militar (tropas mercenárias alemãs), que promoveu violentos massacres em toda a província (cerca de 40.000 pessoas.)Sabinada Objetivo

Líder: o médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, de cujo nome tira-se a denominação da revolta.

Participantes: Membros da classe média de Salvador (médicos, advogados, jornalistas, etc.), tendo o apoio das classes populares.

Repreensão: Salvador é cercada por mar e por terra; tendo, também, a rendição dos revolucionários após duros combates de rua, havendo condenação dos líderes sobreviventes ao degredo em território nacional (Goiás).Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos

Local:Objetivo

Causas:

Os grandes fazendeiros criadores de gado de RS protestavam contra a forte concorrência dos gados argentinos e uruguaios.

As taxas alfandegárias favoreciam a entrada de gado e charque (carne-seca) desses países, desbancando os produtos brasileiros e prejudicando os pecuaristas.

Revolta: A situação se tornava mais complexa por causa das muitas divisões entre os gaúchos, eis-las:

Farroupilha-- desejavam mais autonomia para RS.

Chimangos – Favoráveis ao centralismo imperial.

Ideais republicanos – Contrários a Monarquia.

Repreensão: Somente em 1845 foi assinado um acordo com o Governo (no qual se atendia a algumas exigências dos Farrapos), encerrando a revolta.Balaiada

Líderes: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fabricante de balaio), o vaqueiro Raimundo Gomes, o negro quilombola "Preto Cosme", comandante de uma tropa de 3.000 homens, entre outros.

Participantes: Diversos grupos sociais (sertanejos, escravos, membros da classe média).Objetivos

Repreensão: Os revolucionários conquistam a Vila de Caxias (1839). A classe média observando-os e vendo que poderiam tomar o poder, voltou-se contra eles. A Baialada somente foi subjugada quando D. Pedro II já assumia o governo, na época que Luís Alves de Lima e Silva foi enviado para sufocar a revolta, recebendo o título de Barão de Caxias.

: Lutar contra a exploração imposta pelos grandes fazendeiros da Província. – 1838- 1841 Local: Maranhão.: Criar um a política que favorece os produtos brasileiros. – 1835- 1845 (a mais longa revolta): Proclamação da república bahiense, até a maioridade de D. Pedro II. – 1837- 1838 Local: Bahia.

 

– 1835- 1840 Local: Pará.

Publicado por: Wladimir Martins

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