Breves: ecosofando no meio rural

índice

Imprimir Texto -A +A
icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

1. Resumo

O foco deste ensaio é o meio rural do município Breves. Objetivando promover perspectivas sobre educação ambiental, numa tentativa de expor possibilidades sobre a importância de se preservar a natureza, busca-se por meio deste trabalho, discutir formas práticas de sustentabilidade e de preservação ambiental, visto que, pensar a natureza, refletir sobre, tentar entendê-la e interagir com a mesma é imprescindível para a própria sobrevivência do ser humano. Nesse sentido, dois produtos serão destacados, a madeira e o palmito. Ressaltando que, são duas riquezas bastante exploradas no meio rural deste município.

2. LISTA DE IMAGENS

  1. Madeira em tora na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024
  2. Madeira em tora na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024
  3. Palmito de açaizeiro na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024
  4. Palmito de açaizeiro na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024

3. Introdução

O lócus da minha pesquisa foi o meio rural do município de Breves, tecendo um breve diálogo com a ecosofia, objetivando possibilidades de construir pensamentos sobre interação e sustentabilidade para com o ser ribeirinho e a natureza.  Para contextualizar, nesse sentido, Breves localiza-se na mesorregião do Marajó e microrregião Furos de Breves, no estado do Pará, foi criado pela Lei Provincial nº 200, de 25 de outubro de 1851, com a elevação da Freguesia Nossa Senhora Santana dos Breves à condição de Vila, posteriormente à categoria de cidade, pela Lei Estadual nº 1122, de 10 de novembro de 1909, tendo alteração toponímica municipal de Nossa Senhora de Santana dos Breves para Breves, pela Lei Estadual nº 1122, de 10 de novembro de 1909.[1]

O nome Breves foi atribuído ao município em homenagem aos portugueses Manoel Maria Fernandes Breves e Ângelo Fernandes Breves, os primeiros colonizadores residentes na Sesmaria “Missão dos Bocas”, concedida pelo Capitão-General João de Abreu Castelo Branco em 19 de novembro de 1738, e confirmada pelo rei de Portugal em 30 de março de 1740, onde fundaram um pequeno engenho e fizeram plantações de roças.[2]

Na Amazônia brasileira, o município de Breves ocupa uma área territorial de 9.549,52 km² no estado do Pará, cuja sede municipal está situada entre as coordenadas geográficas – 50°28’48,00W e -01°40’55,20” S. O território de Breves limita-se e tem relações geopolíticas com os municípios de Afuá e Anajás (ao norte); Melgaço e Bagre (ao sul); Anajás, São Sebastião da Boa Vista e Curralinho (a leste); Gurupá e Melgaço (a oeste).[3]

A configuração territorial da região de Breves é formada por ecossistemas de várzea igapós, campos e terra firme, e abrange um grande número de ilhas, interligadas e margeadas por inúmeros cursos d’água denominados igarapés, furos, canais, paranás e estreitos, por onde escoam as águas dos rios Amazonas e Tocantins.[4]

4. BREVES: ECOSOFANDO NO MEIO RURAL

4.1. Breve diálogo com a Ecosofia

No Google, Ecosofia é um neologismo formado pela junção das palavras ecologia e filosofia, ou seja, é um conceito que aproxima atitudes ecológicas com o pensamento abstrato.[5] É imperativo a construção de um processo gradativo, sucessivo e contínuo, o qual objetive uma conscientização ambiental, como forma de inclusão das comunidades, especificamente ribeirinhas, na preservação e na construção de um ambiente onde o ser humano conviva em harmonia e equilíbrio com a natureza. Ecosofia, conceito criado pelo filósofo francês Félix Guattari, o qual explicita formas de como os sujeitos interagem entre si e com o meio ambiente. Nesse sentido, é possível compreender que a natureza e os seres humanos fazem parte do mesmo ecossistema comunicativo, pautando assim, reflexões e discussões entre meio ambiente e filosofia.

Objetivando promover perspectivas sobre educação ambiental, numa tentativa de expor possibilidades sobre a importância de se preservar a natureza, busca-se por meio deste trabalho, discutir formas práticas de sustentabilidade e de preservação ambiental, visto que, pensar a natureza, refletir sobre, tentar entendê-la e interagir com a mesma é imprescindível para a própria sobrevivência do ser humano. Nesse sentido, dois produtos serão destacados, a madeira e o palmito. Ressaltando que, são duas riquezas bastante exploradas no meio rural deste município.

Imagem 01 – Madeira em tora na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024. Foto pertencente a Anazildo Almeida.
Imagem 02 – Madeira em tora na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024. Foto pertencente a Anazildo Almeida.
Imagem 03 – Palmito de açaizeiro na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024. Foto pertencente a Anazildo Almeida.
Imagem 04 – Palmito de açaizeiro na vila São Benedito, rio Buiussú, ano de 2024. Foto pertencente a Anazildo Almeida.

Os recursos naturais não são inesgotáveis, muito pelo contrário, são esgotáveis. É preciso preservar para não acabar. O meio rural deste município enfrenta uma das maiores crises econômicas em decorrência do extrativismo da madeira e do palmito, de forma desordenada, agredindo o meio ambiente. É fundamental a conscientização e formação de indivíduos, objetivando a valorização ambiental, de forma a assegurar atividades que possam fortalecer a vivência e a integração do ser humano ao seu meio ambiente, preservando-o e garantindo melhor qualidade de vida para a população que mora no referido espaço.

A Convenção da ONU Rio+20 e o dia do meio ambiente motivaram a ideia desse pré-projeto. O propósito deste ensaio é tentar refletir sobre práticas de sustentabilidade e de preservação ambiental. Trazendo essa lógica para a nossa realidade, com ênfase no meio rural, vale mencionar que, desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento responsável, com pouca destruição, que procura repor, na medida do possível, aquilo que a natureza vai perdendo com a exploração econômica. Nesse sentido, percebe-se que, o desenvolvimento sustentável tem como objetivo o desenvolvimento econômico e social, com a conservação da natureza. Quando se fala em desenvolvimento sustentável, refere-se ao presente e ao futuro.

A sociedade atual discute com frequência sobre as questões ambientais, destacando a preocupação na extinção dos recursos naturais, das várias formas de vida e o consequente fim da própria espécie humana no planeta. Isso se deve, principalmente, à crescente ação de deterioração da natureza, provocada pelo homem. Assim, a crise ambiental é resultado da nossa sociedade, que interfere na natureza, sem preocupar-se com o futuro. [6]

Para tanto, é imprescindível pensar em como pode ser reduzido o impacto do ser humano sobre o meio ambiente, buscando formas harmoniosas de coexistência com os seres da biosfera terrestre. A prática de uma Educação Ambiental formal a ser desenvolvida deve ser associada diretamente à compreensão que as comunidades guardem em si a noção de meio ambiente, de forma que lá esteja assegurada a compreensão harmoniosa dos espações imediatos e distantes onde vivem o homem e todos os seres vivos da natureza. Nesse sentido, de acordo com Magalhães[7]:

A Educação Ambiental ora muito secundada manifesta-se de forma mais variável possível diante do entendimento do que seja o seu propósito e sua finalidade – esta conceituação necessita ser repassada e avaliada, pois o trato desta intenção que nos permite definir como instrumento de ação, deve ter organização conceitual fundamentada para a formação de princípios no homem, diante da relação dele com ele, bem como, dele com o meio ambiente. (MAGALHAES, 2017)

Portanto, faz-se necessário criar alternativas que assegurem às atuas e às próximas gerações, uma base de recursos naturais que dê a elas as condições indispensáveis para que satisfaçam as suas necessidades e o seu bem-estar social. Conhecendo as potencialidades da natureza o ser humano pode explorá-la melhor.

5. REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, Kellison Lima. A ecosofia de Félix Guattari: Uma análise da filosofia para as questões ambientais. Cadernos Cajuína, V. 2, N. 2, 2017, p.73.

IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. Histórico do município de Breves. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 22 jan. 2010. 

IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. O município e o seu contexto. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jan. 2010.    

MAGALHÃES, Liz Marconi Fortes. 15 anos após o CINEA: O cenário da criação da educação ambiental nas escolas públicas do Pará. In: MAGALHÃES, Luiz Marconi Fortes (Org). Educação ambiental: Teoria e prática para as pessoas e as sociedades do século 21. Belém: Alves Gráfica e Editora, 2006. p. 33-46.

WIKIPÉDIA. Ecosofia. Disponível em: https://wikipedia.org. Acesso em: 03 de março de 2024.

Sites:

http://www.ibge.gov.br

http://www.google.com.br

https://wikipedia.org


[1] IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. Histórico do município de Breves. Disponível em: . Acesso em: 15 e julho de 2016.

[2] Idem.

[3] IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. Histórico do município de Breves. Disponível em: . Acesso em: 15 e julho de 2015.

[4] IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. O município e o seu contexto. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 16 de julho de 2016.

[5] WIKIPÉDIA. Ecosofia. Disponível em: https://wikipedia.org. Acesso em: 03 de março de 2024.

[6] CAVALCANTE, Kellison Lima. A ecosofia de Félix Guattari: Uma análise da filosofia para as questões ambientais. Cadernos Cajuína, V. 2, N. 2, 2017, p.73.

[7] MAGALHÃES, Liz Marconi Fortes. 15 anos após o CINEA: O cenário da criação da educação ambiental nas escolas públicas do Pará. In: MAGALHÃES, Luiz Marconi Fortes (Org). Educação ambiental: Teoria e prática para as pessoas e as sociedades do século 21. Belém: Alves Gráfica e Editora, 2006. p. 33-46.


Publicado por: Anazildo da Gama Almeida

icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.