Pontos Relevantes para o Funcionamento Adequado de uma Sala de Vacinas

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1. RESUMO

MENDONÇA, T. “Pontos relevantes para o funcionamento adequado de uma sala de vacinas”. 2012. 57p. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Enfermagem da Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado.

Sabe-se que uma das finalidades da atividade de vacinação, é reduzir a morbimortalidade causada pelas doenças previníveis por meio da imunização. Para que o imunobiológico atue de maneira eficiente no organismo, faz-se necessário a manipulação segura e a garantia da qualidade da vacina. O objetivo geral deste estudo foi identificar pontos relevantes para o funcionamento adequado de uma sala de vacinas. A partir de uma revisão de Literatura, foram incluídos 07 estudos, sendo 04 da LILACS, 01 da SciELO e mais 02 Manuais do Ministério da Saúde que apresentavam informações sobre a temática em questão. Foram identificadas informações referentes ao ambiente físico da sala de vacinas, insumos necessários, recursos humanos, higienização da sala, destino do lixo, rede de frio, armazenamento e conservação dos imunobiológicos bem como controle adequado da temperatura. Cabe à enfermagem exercer as ações de execução do Programa Nacional de Imunizações, sendo responsável pela orientação e assistência, bem como garantia das condições ideais para conservação das vacinas.

Palavras-chave: vacinas, programa de imunização, refrigeração.

ABSTRACT

MENDONÇA, T. "Points relevant to the proper functioning of a living vaccines." 2012. 57p. Working End of Course (TCC) submitted to the Nursing Course at the University Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Descalvado.

It is known that one of the purposes of the immunization is to reduce morbidity and mortality caused by diseases preventable by immunization. For the immunobiological act efficiently in the body, it is necessary to the safe handling and quality assurance of vaccine. The aim of this study was to identify relevant points to the proper functioning of a living vaccines. From a literature review, 07 studies were included, with 04 of LILACS, SciELO and more 01 of 02 Books of the Ministry of Health who presented information on the topic in question. We identified information regarding the physical environment of the room vaccines, required inputs, human resources, cleaning the room, garbage disposal, cold chain, storage and conservation of biological and adequate control of temperature. It is up to nursing practice enforcement actions of the National Immunization Program, responsible for guidance and assistance, as well as ensuring the ideal conditions for storage of vaccines.

Keywords: vaccines, immunization program, refrigeration.

RESÚMEN

MENDONÇA, T. "Puntos relevantes para el buen funcionamiento de una vacuna viva." 2012. 57p. Fin de Curso de Trabajo (FCT), presentado a la carrera de Enfermería de la Universidad Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Descalvado.

Se sabe que uno de los efectos de la inmunización es la reducción de la morbilidad y la mortalidad causadas por enfermedades prevenibles mediante la inmunización. Para el acto inmunobiológica eficientemente en el cuerpo, es necesario para la manipulación y el control de calidad de la vacuna. El objetivo de este estudio fue identificar los puntos necesarios para el correcto funcionamiento de algunas vacunas vivas. A partir de una revisión bibliográfica, se incluyeron 07 estudios, con 04 de LILACS, SciELO y más 01 de 02 Libros del Ministerio de Salud, que presentó información sobre el tema en cuestión. Hemos identificado la información sobre el medio físico de las vacunas de la habitación, los insumos necesarios, los recursos humanos, la limpieza de la habitación, triturador de basura, cadena de frío, el almacenamiento y la conservación del control biológico y adecuada de la temperatura. Corresponde a las acciones de enfermería de aplicación práctica del Programa Nacional de Inmunización, responsables de la orientación y la asistencia, así como asegurar las condiciones ideales para el almacenamiento de vacunas.

Palabras clave: vacunas, programas de inmunización, la refrigeración.

2. INTRODUÇÃO

As vacinas existentes atualmente foram desenvolvidas em sua maioria no final do século XIX e meados do século XX com base em estudos com antígenos inativados, proteínas, agentes microbianos atenuados e polissacarídeos. Com o início do desenvolvimento da tecnologia de cultura de células in vitro, no inicio da década de 1960, inúmeras vacinas virais foram descobertas e foram sendo desenvolvidas. Entre elas, pode-se citar o surgimento das vacinas de poliomielite inativada e atenuada, rubéola, sarampo e caxumba. As fórmulas das vacinas foram sendo aperfeiçoadas e combinadas, como é o caso da, tríplice bacteriana, tríplice viral e pentavalentes (HOMMA et al., 2011).

No Brasil, a atividade de imunização iniciou-se em 1904 na cidade do Rio de Janeiro. Na ocasião, a cidade passava por uma epidemia de varíola e a atividade de imunização em massa foi uma tentativa de contenção das mortes e agravos da doença. Tal estratégia gerou medo e revolta na população, momento em que ocorreu a “Revolta da Vacina”. Isso ocorreu pelo fato da imposição do governo sem ao menos sequer, explicar a finalidade e os benefícios da vacina. Com o passar do tempo, conseguiu-se erradicar a varíola do Brasil e do mundo, confirmando a eficácia da vacinação. Atualmente, observa-se que a população que antes tinha medo, busca em massa as atividades de imunização (RIBEIRO et al.,2009).

Ponte (2003) afirma que com a crescente demanda, associada aos investimentos na criação e aprimoramento dos imunobiológicos, abriu-se grandes perspectivas no mercado e desde a década de 1970 a produção e comercialização de imunobiológicos vem se destacando e crescendo. O autor afirma ainda que no Brasil, no ínicio de século XX, a vacina já era utilizada como um meio de promoção de saúde por Osvaldo Cruz e Emílio Ribas.

O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil surgiu em 1973, com a finalidade de coordenar as ações das atividades de vacinação e tem sido considerado um dos programas mais completos e se destacou em 2007 pelo pioneirismo da introdução da vacina contra Rotavírus no calendário nacional de imunização (HOMMA et al., 2011). Sabe-se que nos útlimos anos, introduziu-se também as vacinas pneumocócica conjugada e meningocócica Subgrupo C conjugada e que o calendário nacional de vacinação sofre alterações com frequência, onde, ao longo dos anos são incluídas novas vacinas, visando a promoção de saúde da população.

O governo brasileiro garante a vacinação de maneira universal para a população alvo, composta por crianças, adolescentes, idosos e índios e realiza diversas campanhas anualmente. O Programa Nacional de Imunização do Brasil vem sendo o mais efetivo e tem tido enorme crescimento. No ano de 2000 o orçamento para a atividade de vacinação foi de 200 milhões e em 2009, tem-se registro de 852 milhões, sendo oferecidos 26 tipos de vacina (HOMMA et al., 2011).

Sabe-se que o objetivo da vacinação é reduzir a morbimortalidade causada pelas doenças previníveis por meio da imunização. Para que o imunobiológico atue de maneira eficiente no organismo, faz-se necessário a manipulação segura antes e durante sua administração, sendo fundamental a garantia da qualidade do imunobiológico administrado, sendo importante a observação de fatores como temperatura, acondicionamento e iluminação (PEREIRA E BARBOSA, 2007).

Para Pereira e Barbosa (2007) é de responsabilidade da equipe de enfermagem a capacitação do profissional da sala de vacina no que diz respeito ao acolhimento do indivíduo bem como as condições de armazenamento do imunobiológico.

Dentre as recomendações a serem seguidas, para armazenamento das vacinas é de fundamental importância o controle da temperatura dos imunobiológicos, desde o momento da produção até a administração no indivíduo (QUEIROZ et al. 2009).

É de extrema relevância a atuação do enfermeiro em todas as ações da sala de vacina, sendo responsável pela manutenção do estoque, administração de vacinas, capacitação profissional, elaboração das fichas-espelho e busca ativa dos faltosos (PEREIRA, BARBOSA, 2007)

3. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento do presente estudo configura-se como importante, partindo do exposto de que se faz necessário um melhor entendimento sobre o assunto em questão, bem como oferecer subsídios aos profissionais de enfermagem que atuam em sala de vacina.

Acredita-se que a enfermagem exerce papel fundamental na atividade de imunização, já que presta assistência a clientela e realiza controle rigoroso das condições dos imunobiológicos. Espera-se que o presente estudo possa oferecer uma contribuição a esses profissionais e conscientizá-los da importância de seguir as orientações recomendadas para a atividade de imunização seja realizada de forma eficiente e efetiva.

4. OBJETIVO

4.1. Objetivo Geral

- Identificar pontos relevantes para o funcionamento adequado de uma sala de vacinas;

4.2. Objetivos específicos

- Caracterizar os estudos selecionados;

- Identificar as recomendações abordadas pela literatura para o funcionamento de uma sala de vacinas.

5. METODOLOGIA

5.1. Tipo de estudo

Trata-se de uma revisão bibliográfica. O estudo bibliográfico consiste no levantamento e analise do que já foi produzido, sobre determinado assunto. Polit, Beck e Hungler (2004) afirmam que a revisão de literatura tem como finalidade reunir o conhecimento pré-existente sobre determinado assunto. Dessa maneira, o acúmulo de conhecimentos torna-se facilitado.

5.2. Local do estudo

O presente estudo foi realizado nas dependências da Universidade Camilo Castelo Branco- campus Descalvado.

5.3. Critérios de inclusão e exclusão

Foram incluídos no presente trabalho:

- Estudos que abordavam o tema proposto;

- Manuais do Governo Federal;

- Estudos disponíveis na integra.

- Publicações no português.

Como critérios de exclusão adotou-se:

- Estudos não disponíveis na integra;

- Estudos em idioma diferente do português

5.4. Aspectos éticos e legais

Por se tratar de uma revisão de literatura, sem contato com seres humanos não houve a necessidade de avaliação do projeto pelo comitê de ética e pesquisa e nem mesmo elaboração de termo de consentimento livre esclarecido.

5.5. Processo de Busca na Literatura

A busca bibliográfica foi realizada de maneira eletrônica nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) da Biblioteca Virtual em Saúde do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde, por meio do endereço eletrônico http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&base=LILACS&lang=p e na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SciELO) por meio do endereço eletrônico http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind .exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&base=LILACS&lang=p e na Biblioteca Eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO), com acesso pelo endereço eletrônico: HTTP:// http://www.scielo.org/php/index.php. Buscou-se também informações nos manuais elaborados pelo Ministério da Saúde.

Para o levantamento dos estudos, identificou-se os termos de busca na base de dados das terminologias dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), a qual apresenta termos adequados contidos nos artigos indexados. Os descritores controlados identificados foram: “vacinas”; “programa de imunização” e “refrigeração”.

A busca na literatura foi realizada no mês de setembro /2012. Os dados foram armazenados em arquivos no formato Word e Excel posteriormente impressos.

O quadro 1 apresenta o número de referências obtidas de acordo com o cruzamento das palavras-chave nas bases de dados e biblioteca eletrônica.

Base de dados/ biblioteca eletrônica

Estratégia de Busca utilizada

Total de referências obtidas (n)

LILACS

Vacinas AND Refrigeração

24

Vacinas AND Programa de Imunização

00

Sala de Vacinas AND Programa de Imunização

00

Sala de Vacinas AND Refrigeração

00

SciELO

Vacinas AND Refrigeração

00

Vacinas AND Programa de Imunização

11

Sala de Vacinas AND Programa de Imunização

01

Sala de Vacinas AND Refrigeração

00

TOTAL

36

Quadro 1. Estratégias de busca realizadas na Bases eletrônicas de dados: LILACS e Biblioteca eletrônica: SciELO. Descalvado-SP, 2012.

Inicialmente, foram obtidas 36 referências nas bases de dados LILACS, Biblioteca Eletrônica SciELO. Desse total, foram excluídos 03 artigos, pois apareceram mais de uma vez nos cruzamentos realizados. A partir desta primeira seleção, foram incluídos 33 estudos. Posteriormente, após leitura dos títulos e resumos, excluiu-se 13 por não atenderem aos critérios de inclusão e exclusão deste trabalho. Foram excluídos 11 estudos que estavam publicados em idioma diferente do português e 04 estudos que não estavam disponíveis na integra. Incluiu-se também os 02 manuais do Ministério da Saúde já publicados e relacionados a temática em estudo, pois dos 03 que já existem publicados, 01 deles apareceu como resultado na busca realizada. Dessa forma, foram eleitos 07 estudos.

5.6. Instrumento de coleta de dados

Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento (Anexo 1) elaborado por Roberto (2012). O instrumento utilizado contempla as seguintes informações: Número de identificação do artigo, título da publicação, título do periódico, informações sobre os autores, país e ano de publicação, tipo de revista científica, objetivo do estudo, metodologia, principais resultados encontrados e conclusão.

5.7. Procedimentos de coleta de dados

Após eleger os estudos que fariam parte da amostra, foi realizado a leitura na integra de cada um dos artigos selecionados e para cada um deles foi preenchido um instrumento de coleta de dados bem como para os manuais do Ministério da Saúde (Anexo 1).

5.8. Análise e interpretação dos dados

A análise dos dados coletados foi realizada em duas etapas. A primeira consistiu na apresentação dos dados de identificação e caracterização dos estudos. A segunda etapa consistiu no agrupamento das evidências relevantes encontradas para o funcionamento adequado da sala de vacinas.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados referentes à caracterização dos estudos que fizeram parte da amostra, bem como as categorias temáticas identificadas estão apresentados a seguir.

6.1. Identificação e caracterização dos estudos analisados

Após a leitura e compreensão dos artigos selecionados foi realizado o preenchimento do instrumento de coleta de dados para cada um dos estudos elegidos. Foram eleitos 07 artigos, sendo todos da LILACS e estão identificados no quadro a seguir:

Número do estudo

Título do Estudo

Periódico

Base de dados/ Biblioteca eletrônica

Ano de Publicação

1

Atuação da equipe de enfermagem na sala de vacinação e suas condições de funcionamento.

Revista Rene

Lilacs

2009

2

Prática da enfermagem na conservação de vacinas.

Acta. Paulista de Enfermagem

Lilacs

2009

3

Rede de frio para a conservação de vacinas um unidades públicas do município de São Paulo: conhecimento e prática.

Revista Brasileira de Epidemiologia

Lilacs

2006

4

Avaliação das condições de estocagem de vacina contra o sarampo nas unidades sanitárias dos municípios de Niterói e São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro.

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

Scielo

1991

5

Manual da Rede de Frios

FUNASA

Lilacs

2001

6

Manual de Normas de Vacinação

FUNASA

-

2001

7

Manual de Procedimentos para Vacinação

FUNASA

-

2001

Quadro 2. Estudos selecionados que compuseram a amostra, segundo a base de dados e o ano de publicação. Descalvado-SP, 2012.

Em relação ao ano de publicação, os estudos analisados foram publicados entre o período de 1991 à 2009, sendo um (14,29%) publicado no intervalo de 1990 a 1999 e seis (85,71%) no intervalo de 2000 a 2009.

No que diz respeito ao tipo de publicação nas quais os estudos estiveram publicados, os manuais do Ministérios da Saúde apresentaram um maior percentual (42,86%), seguidos por publicações em revistas de enfermagem geral (28,57%).

Os artigos selecionados foram publicados em 5 periódicos/manuais diferentes, sendo que as publicações do Ministério da Saúde (manuais) foram em maior número (42,86%).

No que diz respeito a formação acadêmica do autor principal, os dados estão apresentados no quadro 3:

Formação acadêmica do autor principal

N

%

Pós graduação - Mestrado

2

28,57%

Graduação em Enfermagem

1

14,29%

Não especificado

1

14,29%

Não se aplica

3

42,86%

Total

7

1100,00

Quadro 3. Distribuição dos artigos segundo a formação acadêmica do autor principal. Descalvado-SP, 2012.

No que diz respeito a formação acadêmica do autor principal, pode-se observar que os profissionais com mestrado publicaram com maior frequência.

Em relação ao delineamento dos estudos quatro estudos apresentam abordagem quantitativa (57,14%) e três estudos (42,86%) consistem em manuais elaborados pelo Ministério da Saúde.

6.2. Requisitos exigidos para o funcionamento de uma Sala de Vacinas

A- Ambiente físico

De acordo com o Manual de Procedimentos para Vacinação, a sala de imunobiológicos é um local destinado para o acondicionamento de vacinas, e o local da administração da mesma, devendo por tanto garantir a máxima segurança, prevenindo assim infecções em crianças a adultos atendidos nesse local. Dessa forma são necessários alguns requisitos mínimos de condições para um bom funcionamento, tais quais: as paredes e piso laváveis; existência pia com torneira; interruptores exclusivos para cada equipamento elétrico; iluminação adequada, evitando assim incidência de luz solar direta, bem como entrada e saída independentes, conforme demonstra a figura 1. São necessários também condições de higiene e limpeza exclusiva para a administração dos imunobiológicos (BRASIL, 2010).

No estudo de Queiróz et al. (2009), os autores observaram que algumas das salas de vacina observadas, as tomadas não eram exclusivas para as geladeiras, conforme recomendação dos manuais do Ministério da Saúde sobre os Procedimentos para Vacinação. Por outro lado, as salas de vacina seguiam a orientação de manter as geladeiras livres da incidência de luz solar.

B- Equipamentos para o funcionamento da sala de vacina

Os equipamentos básicos para a sala de vacinação são: uma bancada para a preparação dos imunobiologicos; refrigeração para a conservação dos mesmos; fichários para arquivar ficha espelho dos vacinados; mesa com gavetas; no mínimo três cadeiras, suporte para papel toalha; armário para acondicionamento de matérias necessários para a sala; bandeja de aço inoxidável do tipo grande, média e pequena; tesoura com ponta romba (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

C- Insumos

Conforme descrito na literatura, são necessários os seguintes insumos: termômetro clinico e de cabo extensor; bandeja plástica perfurada; gelo reciclável; garrafa com água; álcool para situações de vacinação em zona rural ou ambientes hospitalar; algodão hidrófilo; recipiente para o acondicionamento do algodão, seringas descartáveis de 1 ml, 2 ml, 3 ml, 5 ml e 10 ml; agulhas descartáveis para uso intradérmico (13x3,8- 13x4,o- 13x4,5), uso subcutâneo (13x3,8- 13x4,0- 13x4,5- 20x5,5- 20x6,0), para uso intramusculares (20x5,5- 20x6,0- 25x6,o- 25x7,o- 30x7,0), uso endovenoso (25x7,0- 25x8,o- 30x7, 30x8,0) e para a diluição dos imunobiológicos (25x8,0 e 30x8,0); campo plástico com função de forrar o local para preparação do material da vacinação extramuros; caixa especial para coleta de material perfuro cortante; papel toalha; deposito com tampa para descarte de lixo comum; saco plástico descartável para lixo; material para registrar as atividades diárias, entre eles: lápis, caneta, borracha, carimbo, almofada; sabão líquido e caixa térmica para conservação das vacinas, principalmente em casos de falhas na corrente elétrica, ou em atividades de vacinação extramuros (campanha) e para o transporte de vacinas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a; 2001c).

D- Impressos e manuais técnicos e operacionais

No que diz respeito aos impressos, manuais técnicos e operacionais a literatura trás que são necessários: cartão da criança; cartão do adulto; ficha de registro; mapa diário de vacinação que são os registros imediato; boletim mensal de vacinação; boletim das campanhas bem como de doses aplicadas de vacinas; mapa de controle diário da temperatura do refrigerador; ficha de intervenção e de fluxos imediatos de eventos adversos pós-vacinação; alguns outros impressos como por exemplo um aerograma para os faltosos, gráfico para acompanhamento da cobertura de vacinação, entre outros. Além disso, faz-se necessário ter em mãos os Manuais de normas e procedimentos para as vacinações, eventos adversos pós administração das vacinas, gerenciamento em rede de frio bem como um quadro fixo na sala com o esquema básico de vacinação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

E- Recursos humanos em sala de vacinação

O Manual de Procedimentos de Vacinação alega que as atividades da sala de vacinas devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem com treinamento específico para o manuseio, conservação e administração das vacinas. Essa equipe deve ser composta preferencialmente por dois técnicos ou auxiliares de enfermagem para cada turno de trabalho, já a supervisão e o treinamento são realizados por um enfermeiro, levando em consideração que a equipe pode ser ampliada dependendo da demanda ao serviço de saúde do local. As funções delegadas para a equipe que trabalha na sala dos imunobiológicos são as seguintes: manter em ordem a limpeza da sala; abastecimento dos insumos, manter as condições idéias de conservação das vacinas; manter em boas condições de funcionamento os equipamentos; encaminhar adequadamente o lixo da sala de vacinação; prestar assistência com segurança, responsabilidade e respeito com a clientela; registrar as assistências prestadas nos impressos adequados, manter os arquivos em ordem (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

F- Rotinas do funcionamento de uma sala de vacinas

Faz parte da rotina de uma sala de vacinas as seguintes atividades: limpeza e organização da sala; verificar e anotar a temperatura da rede de frio, verificar prazo de validade dos imunobiológicos; retirar do congelador a quantidade necessária de vacinas e diluentes para o consumo do dia de trabalho e colocá-los em uma caixa térmica com gelo reciclável e termômetro (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

G- Encerramentos dos trabalhos diários em uma sala de vacinas

Diariamente, no encerramento das atividades da sala de vacinas, faz-se necessário a observação de alguns critérios: separar o cartão de controle dos faltosos do dia com finalidade de organizar a busca ativa desses clientes; arquivar os cartões da clientela que foi vacinada; desprezar as sobras de vacinas que estejam com o rótulo danificado; retirar da caixa termina as demais vacinas que podem ser utilizadas no dia seguinte, colocando-as de volta no refrigerador de estoque, verificar e anotar a temperatura do refrigeradores e deixar a sala limpa e organizada para o próximo dia de trabalho (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

H- Higienização da sala de vacinas

A higienização da sala de vacinas é realizada diariamente, no final do dia de trabalho ou sempre que necessário. A limpeza tem como objetivo prevenir as infecções cruzadas; proporcionar conforto a clientela; manter de forma limpa e agradável o local de trabalho; lembrando que uma vez por semana é necessária a limpeza do chão com água, sabão e solução desinfetante; já o trabalho mais pesado deve ser realizado quinzenalmente, quando são limpos as paredes, janelas, lâmpadas, portas e iluminárias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

I- Cuidados com o lixo da sala de imunobiológicos

O lixo produzido na sala de imunobiológicos pode ser caracterizado como lixo perigoso e lixo comum. O lixo perigoso é constituído por material biológico. Os demais resíduos são considerados lixo comum. É ressaltado a importância da separação do lixo comum e do lixo perigoso (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

J- Tratamento do lixo

O tratamento adequado do lixo é o processo de modificação das características químicas, físicas e biológicas dos resíduos do serviço de saúde, executando-os dentro das condições de seguranças deixa o lixo de acordo com os padrões determinado; imunobiológicos que contenham bactérias mortas ou vírus inativados não precisam receber tratamento antes do descarte dos mesmos, diferente dos imunobiológicos que contem microorganismos vivos ou que sofreram alteração devido a temperatura da sala, ou prazo de validade vencido recebem tratamento antes de serem desprezados. A literatura sugere que os frascos de vacina com vírus vivo-atenuado seja colocado na autoclave em uma temperatura entre 121ºC e 127ºC em torno de 15 minutos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a).

L- Coleta e destino final do lixo

É dado por coleta todo o transporte do lixo, desde a sua origem até o local de tratamento final. Dessa maneira é necessário que os resíduos se encontrem acondicionados corretamente. A coleta dos resíduos devem ser diário com horário determinado. o carro de transporte deve ser fechado e fabricado com material lavável devendo ser submetido a desinfecção e limpeza diária. Durante o processamento final dos resíduos deve se garantir o mínimo de risco para a saúde pública ou para o meio ambiente. Após o tratamento do lixo deve se descartá-lo em um solo não fértil ou submetê-lo á incineração em um local distante da área urbana, distante de nascendo de rios ou lençóis freáticos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011a).

M- Rede de frios

A rede de frio é definida pelo processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte das vacinas no Programa Nacional de Imunização, evidenciando a necessidade de condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor ate o momento em que a vacina é preparada e administrada na clientela (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a; 2001b). Com o objetivo de assegurar que todos os imunibiológicos mantenham suas características iniciais, a rede de frio evidencia a preocupação para que os imunobiológicos não sofram deteriorização. Assim, é necessário manter as vacinas refrigeradas com instalações e equipamentos adequados, a fim de que os imunobiológicos não sejam inativados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b)

O funcionamento da rede de frio de maneira geral segue as recomendações básicas de refrigeração, tais como: as paredes internas do ambiente deve ser refrigerado; sistema de ventilação no interior da rede, compressor na área externa á câmara para uma boa circulação do ar; uma antecâmara com temperatura em media de +4ºC prevenindo ocorrência de choque térmico aos imunobiológicos; alarmes para detectar baixa e alta temperatura em casos de falta de energia elétrica; alarme áudio e visual que indicar quando houver a abertura da porta; é necessário uma reserva de refrigeração termômetro para registrar a temperatura bem como um higrômetro para registrar a umidade da rede de frios (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

N- Alarme de temperatura

O alarme de temperatura é um equipamento composto por discador telefônico, bateria e um ou mais sensores de termostatos que são interligados ao equipamento, contem a capacidade de realizar ligações a três diferentes telefones quando este detectar alterações na temperatura permitida; dispõe de uma sistema de alimentação selecionável, ou seja, de dupla voltagem, de forma que nos casos de alterações no fornecimento de elétrico o sistema continua operando alimentação de 12 volts provindos das baterias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001a, 2001b).

Em relação ao controle da temperatura das geladeiras, no estudo de Queiroz et al. (2009), os autores verificaram que o monitoramento da temperatura era realizado de maneira inadequada em alguns serviços.

O- Freezers ou congeladores

Os freezers ou congeladores são equipamentos destinados para estocar as vacinas devem ser do tipo horizontal, conter isolamento entre suas paredes em poliuterano. É o equipamento mais confiável e eficiente para conservar os imunobiológicos. Em temperatura negativa também são usados para congelar as bobinas de gelo reciclável, devendo ter o cuidado para que não se use o mesmo local que estão estocados as vacinas, para não comprometer a conservação destes; deve ser instalado em uma área com boa circulação do ar, sem presença de luz solar de forma direta e longe de equipamentos que desprendam calor, uma vez que, este necessita dissipar calor para o ambiente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

P- Organização interna

Os imunibiológicos devem ser armazenados de uma forma que permita a circulação de ar entre os produtos ou as caixas estocadas. Devem ser armazenados com os seguintes critérios: o nome do imunobiológico deve ser separados pelo nome do laboratório que o produziu, número do lote, prazo de validade, os lotes com prazo de validades menor deveram ter prioridade na distribuição interna, possibilitando usa-los o mais rápido possível, evitando dessa forma o vencimentos do prazo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

Em estudo realizado por Oliveira et al (1991) o qual buscava estudar as condições de estocagem da vacina contra o sarampo na rede de vacinação, os autores concluíram que naquela época havia inadequação e falta de uniformidade nas condições de estocagem das vacinas.

Q- Cuidados básicos no armazenamento dos imobiobiológicos

Dentre os cuidados realizados para o armazenamento dos imunobiológicos, devem ser realizados: a leitura da temperatura diariamente, no inicio do dia (pela manhã), e no final do dia (pela tarde), registrando os dados em um formulários específicos; abrir a porta somente quando necessário, verificar se a porta esta vedada adequadamente; não deixar acumular gelo nas paredes com espessura maior que 0,5 cm; evitar a sobrecarga de tomadas e uma única fonte de energia, ou seja, usar tomada exclusiva para cada equipamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

R- Refrigeradores ou geladeiras

A Rede de frio é também equipada por refrigeradores ou geladeiras que são destinados á estocagem de imunobiológicos. A temperatura deve variar de +2ºC e +8ºC (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

As geladeiras com capacidade de 280 litros devem ser organizadas de acordo com as seguintes recomendações: colocar na posição vertical o gelo reciclável, pelo fato de que, essa posição contribui para a elevação lenta da temperatura, oferecendo uma proteção eficácia aos imunobiológicos em casos de falta de energia elétrica ou defeito do equipamento; colocar nas primeiras prateleiras as vacinas que podem ser submetidas á temperatura negativa, no caso da abertura da porta da geladeiras, um exemplo de vacinas para esses casos são a contra poliomielite, sarampo, febre amarela, rubéola e tríplice viral; na segunda prateleira colocar as vacinas que podem ser submetidas á temperaturas negativas, como por exemplo, as dT, DTP, Hepatite B, Hib, influenza, TT e BCG, na segunda prateleira centralizada colocar termômetro de máxima e mínima na posição vertical; colocar os diluentes na terceira prateleira, como por exemplo, soros ou caixas com as vacinas conversadas em uma temperatura variável de +2ºC +8ºC, preencher em toda a parte inferior da geladeira com 12 garrafas de água com cortante, para que contribuam com uma lenta elevação da temperatura da geladeira, esses critérios são necessários e importantes para manter a temperatura da geladeiras em +2ºC e +8ºC, quando por ventura ocorre a falta de energia, não deve-se utilizar gelo reciclável para substituir as garrafas; em casos que a geladeira não possuir capacidade de agregar as 12 garrafas, deve-se nesse caso ser abastecida com um numero necessário, evitando assim mudanças de temperatura interior, levando as vacinas a um choque térmico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

No estudo realizado por Queiroz (2009) em que os pesquisadores buscavam conhecer a atuação da equipe de enfermagem na sala de vacinação bem como investigar as condições da sala, geladeira e monitoramento da temperatura, encontrou-se que algumas salas de vacina apresentam conservação e limpeza das geladeiras de forma inadequada, já que as mesmas apresentavam sujeira visível e camada de gelo superior a 2 cm. Ainda em relação as geladeiras, encontrou-se as vacinas organizadas inadequadamente e a ausência das garrafas com água e corante no local destinado a gaveta.

Em estudo que buscava avaliar o conhecimento e a prática adotados pelos enfermeiros na conservação de vacinas em unidades públicas os autores afirmam que a disposição das vacinas na geladeira, estavam de maneira adequada conforme recomenda o Manual do Ministério da Saúde de Rede de frios permitindo dessa maneira a circulação interna do ar (ARANDA et al., 2006).

No estudo realizado por Queiroz (2009) onde as autoras buscavam conhecer a atuação da equipe de enfermagem nas salas de vacina, encontrou-se que a conservação e limpeza das geladeiras estavam inadequadas, bem como a distância entre a geladeira e parede não era respeitada. No entanto, as autoras apontam que conforme as orientações do Ministério da Saúde, as geladeiras eram utilizadas somente para armazenamento de vacinas.

S- Termostato ou controle de temperatura

O termostato é um mecanismo muito utilizado em sala de vacina. Seu emprego é destinado a abrir e fechar um circuito elétrico, permitindo assim a passagem ou não da corrente elétrica, atuando por meio de mudanças da temperatura do equipamento de refrigeração, também utilizado para desligá-lo quando alcançado a temperatura pretendida. Entre as diversas variedades der termostato, são classificados em três tipos: os termostato para o ambiente, para o líquido e para evaporador. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

Para a regulação da temperatura do termostato, deve-se colocar um termômetro dentro do gabinete frigorifico, movendo-se o botão de regulagem para direta ou para a esquerda, conforme a temperatura desejada, independente do movimento, por mínimo que seja, deve repetir esse procedimento em varias sessões, uma hora para cada ajuste, vista que o sistema requer um certo tempo para realizar a estabilização da temperatura. O termostato é regulado para atingir a temperatura mínima de +2ºC, com a função de evitar que durante as horas noturnas as prateleiras posterior, cheguem a apresentar temperaturas negativas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

T- Caixas térmicas

As caixas térmicas, consistem em um outro meio de armazenamento de vacinas. São produzidas por material térmico de poliuretano ou poliestireno, sendo esta, a mais utilizada forma de transporte de imunobiológicos, entre os mais diversos laboratórios produtores ate a sala de vacinas, inclusive vacinas extramuros.

Conforme descrito na literatura a caixa térmica devera ser organizada, de forma que, a temperatura dos imunibiológicos a -20ºC ou entre +2ºC e +8ºC por um período de tempo determinado, de acordo com o, armazenamento ou transporte; não se deve usar saco com gelo solto pelo fato de que, dificulta o acondicionamento na caixa, o que prejudicará a manutenção da temperatura (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

U- Bobinas de Gelo Reciclável

São constituídas de plástico, gelo reciclável de gel, ou apenas água com conservante. O Programa Nacional de Imunização (PNI), preconiza que somente sejam usados para a conservação dos imunobiológicos, boninas de gelo reciclável com capacidade de 1 litro, nunca excedente esse valor, as quais são utilizados para o transporte de produtos em temperaturas positiva; quando usado para temperatura negativa, são recomendados os gelos do tipo seco (CO2) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001b).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste estudo permitiu um olhar mais profundo em relação aos cuidados a serem seguidos para o funcionamento adequado de uma sala de vacinas. Pode-se observar que são inúmeros critérios que devem ser seguidos para que seja garantido uma administração segura.

Cabe a equipe de enfermagem a promoção da ação de vacinação. Sendo as salas de vacina de responsabilidade técnica do enfermeiro, o mesmo deve atuar com vistas a supervisão diária, levando em consideração que o manejo dos imunobiológicos, tais como, as indicações, contra-indicações, lote e validade, correspondem a uma ação complexa a ser realizada pela equipe de enfermagem.

Observou-se um pequeno número de publicações que abordassem a temática em questão, o que sugere a realização de novos estudos.

Pelo fato da enfermagem exercer papel fundamental na atividade de imunização, espera-se que o presente estudo possa ter contribuído no sentido de atualizar esses profissionais e conscientizá-los da importância de seguir as orientações recomendadas para que a atividade de imunização seja realizada de forma eficiente e efetiva.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANDA, C.M.S.S; MORAES, J.C. Rede de frio para a conservação de vacinas em unidades públicas do município de São Paulo: conhecimento e prática. Revista Brasil Epidemiol, v.9, n.2, p.72-86. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v9n2/04.pdf>. Acesso em Nov./2012.

HOMMA, A.; MARTINS, R.M.; LEAL, M.L.F.; FREIRE, M.S.; COUTO, A.R. Atualização em Vacinas, imunizações e inovação tecnológica. Ciência em saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.16; n.2: p. xx-xx; fev/2011.

LOPES, M.B.; POLITO, R.. “Para uma história da vacina no Brasil”: um manuscrito inédito de Norberto e Macedo. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro, v.14, n.2, p.595-605, abr.-jun. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br /pdf/hcsm/v14n2/10.pdf>. Acesso em: Ago./2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDEa. Imunizações: Manual de procedimentos para vacinação. 3ª Edição. 2001. 279p.

MINISTÉRIO DA SAÚDEb. Imunizações: Manual de rede de frio. 3ª Edição. 2001. 75p.

MINISTÉRIO DA SAÚDEc. Imunizações: Manual de normas de Imunização. 4ª Edição. 2001. 58p.

OLIVEIRA, V.C; GUIMARÃES, E.A.A; GUIMARÃES, I.A; JANUÁRIO, L.H.J; PONTO, I.C. Prática da enfermagem na conservação de vacinas. Acta Paul. Enferm, v.22, n.6, p.48-81. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v22n6/a14v22n6.pdf>. Acessado em: Out./2012.

PONTE, C. F. Vacinação, controle de qualidade e produção de vacinas no Brasil a partir de 1960. Manguinhos, Historia e Ciência em Saúde vol.10 suppl2, Rio de Janeiro 2003.

QUEIROZ, S.A.; MOURA, E.R.F.; NOGUEIRA, P.S.F.; OLIVEIRA, N.C.; PEREIRA, M.M.Q. Atuação da equipe de enfermagem na sala de vacinação e suas condições de funcionamento. Revista RENE, Fortaleza, v.10; n.4: p.126-135, out./dez. 2009.

PEREIRA, M.A.D.; BARBOSA, S.R. O cuidar em enfermagem na humanização: os mitos e a verdade. Revista Meio Ambiente Saúde, v.2, n.1, p.76-88. 2007. Disponível em:< http://www.faculdadedofuturo.edu.br/revista/2007/pdfs/RMAS %202(1)%2076-88..pdf>. Acesso em: Nov./2012.

POLIT, D.; BECK, C.T.; HUNGLER, B. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

ROBERTO, A. Administração de medicamentos por via intramuscular: Revisão de Literatura. 2012. Unicastelo: Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde- Curso de Enfermagem. 57 p. Trabalho de Conclusão de Curso.

9. ANEXOS

9.1. ANEXO 1

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

1

Título da Publicação

Atuação da equipe de enfermagem na sala de vacinação e suas condições de funcionamento

Título do Periódico

Rev. Rene

Autores

Nomes:

Syntia Assis de Queiroz1; Escolástica Rejane Ferreira Moura2 ;Paula Sacha Frota Nogueira3 ;Nancy Costa de Oliveira4 ; Mayenne Myrcea Quintino Pereira5

Formação autor principal: Graduação em enfermagem

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

2009

Tipo de Revista Científica

(X) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(  ) Publicação Médica.

(  ) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar:

Objetivos do Estudo

Conhecer a atuação da equipe de enfermagem na sala de vacinação; investigar as condições da sala de vacinação e da geladeira (externa e interna); e verificar o monitoramento da temperatura da geladeira e das caixas térmicas.

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(X) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(x) Outras. Especificar: Campo

(  ) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

Termômetro adequado.
Distancia entre geladeiras não respeitadas.
Atuação da equipe: Enfermeiro não tinha disponibilidade integral para função, embora fosse responsável técnico.
Condições da sala: Tomadas exclusivas, geladeiras livres de incidência a luz solar, distancia entre a geladeira e a parede não respeitadas.
Condições da geladeira: degelo inadequado, sujeira visível.
A organização das vacinas, termômetro posicionado inadequadamente, vacinas armazenadas de forma inadequada, ausência das garrafas com água na ultima prateleira.
Os autores encontraram que o monitoramento da temperatura era realizado de maneira inadequada em alguns serviços.

Conclusão

O enfermeiro exerce papel fundamental na área de imunização, uma vez que responde pelos aspectos administrativos e técnicos da sala de vacinas. Além disso, é a equipe de enfermagem que se depara com as dificuldades operacionais nos âmbitos de indicação e contra-indicação clínica e do manejo dos efeitos colaterais e das reações adversas aos imunobiológicos

9.2. ANEXO 2

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

2

Título da Publicação

Prática da enfermagem na conservação de vacinas.

Título do Periódico

Acta paul. Enferm

Autores

Nomes:

Oliveira, Valéria Conceição de; Guimarães, Eliete Albano de A; Guimarães, Inês Alcione; Januário, Letícia Helena; Ponto, Ione Carvalho.

Formação autor principal: Mestre em Enfermagem

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

2009

Tipo de Revista Científica

(x) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(  ) Publicação Médica.

(  ) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar:

Objetivos do Estudo

Identificar o conhecimento e o cumprimento das recomendações técnicas do Programa Nacional de Imunização sobre a conservação dos imunobiológicos nas Unidades Básicas de Saúde de um município da região Centro-Oeste de Minas Gerais.

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(x) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(x) Outras. Especificar: Campo

(  ) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

Em relação à temperatura ideal para a conservação de vacinas no nível local de saúde, 59 entrevistados a maioria responderam corretamente com o preconizado pelo PNI.
Quanto à limpeza e o degelo do refrigerador de imunobiológicos, maioria responderam que realizam a limpeza a cada 15 dias, minoria não sabem ou não responderam, e em media dos entrevistados responderam que realizam o procedimento de acordo com uma periodicidade que não está em consonância com orientações do PNI.

Conclusão

Os artigos trazem no resultado do estudo a conservação das vacinas em temperatura adequada.

9.3. ANEXO 3

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

3

Título da Publicação

Rede de frio para a conservação de vacinas em unidades públicas do município de São Paulo: conhecimento e prática

Título do Periódico

Rev. bras. Epidemio

Autores

Nomes:

Aranda, Clelia Maria Sarmento de Souza; Moraes, José Cássio de.

Formação autor principal: mestrado

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

2006

Tipo de Revista Científica

(  ) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(  ) Publicação Médica.

(X) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar: Epidemiologia

Objetivos do Estudo

Este estudo tem o objetivo de avaliar o conhecimento e a prática adotados na conservação das vacinas nas unidades públicas do município de São Paulo

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(x) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(  ) Outras. Especificar:

(  ) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

Cada refrigerador observado foi contabilizado com a categoria profissional que respondeu a entrevista, respectivo treinamento e tempo de atividade em sala de vacina.
Organização interna do refrigerador e o conhecimento dos produtos instáveis/estáveis nas temperaturas negativas.
Alteração de temperatura e no fato de a unidade não dispor de fichas de notificação ou mapas para registro de temperatura. Ou também o inverso, disponibilidade de instrumentos de notificação e monitoramento, e não conhecimento do entrevistado deste procedimento.
Baixo índice de conhecimento, porém a execução dos procedimentos que evitam esta exposição é paradoxalmente maior.

Conclusão

A participação maciça dos profissionais de enfermagem (respondedores e entrevistados), também referenciada em outros estudos brasileiros15-18, confirma que a responsabilidade pela conservação de vacinas no setor público é atribuição desta categoria profissional. Vale ressaltar que a lei de exercício profissional brasileira permite a administração de vacinas por profissionais de enfermagem, médicos e farmacêuticos. Associado ao elevado percentual de profissionais que receberam treinamento em sala de vacina (70 a 90%), evidencia-se que o recurso humano no MSP tem formação técnica adequada para exercer atividades específicas da sala de vacina.

9.4. ANEXO 4

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

4

Título da Publicação

Avaliação das condições de estocagem da vacina contra o sarampo nas unidades sanitárias dos municípios de Niterói e São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro

Título do Periódico

Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo

Autores

Nomes:

Oliveira, Solange A.; Homma, Akira; Mahul, Diana C.; Loureiro, Maria L.P.; Camillo-Coura, Léa

Formação autor principal: não especificado

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

1991

Tipo de Revista Científica

(  ) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(X) Publicação Médica.

(  ) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar:

Objetivos do Estudo

Com o objetivo de estudar as condições de estocagem da vacina contra o sarampo na rede de vacinação dos Municípios de Nitéroi e São Gonçalo

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(X) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(  ) Outras. Especificar:

(x) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

De todos os itens avaliados, o mais problemático foi o apoio técnico imediato frente a situações de emergência, apoio esse considerado insuficiente em 90,0% dos casos. Em 100% das amostras vacinais recolhidas das Unidades Sanitárias, os títulos estavam abaixo da potência mínima preconizada para tal produto no momento da aplicação. Torna-se necessário então, que as condições de conservação e uso das vacinas sejam melhoradas evitando assim a formação de grupamentos de crianças suscetíveis à doença.

Conclusão

Necessidade de reciclagem para com os trabalhadores do setor de vacinação.

9.5. ANEXO 5

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

5

Título da Publicação

Manual de rede de frio

Título do Periódico

FUNASA

Autores

Nomes:

Ministério da Saúde

Formação autor principal:

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

2001

Tipo de Revista Científica

(  ) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(  ) Publicação Médica.

(x) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar:

Objetivos do Estudo

Normatização que se complementa pelo de Capacitação de Rede de Frio, destinados à orientação e atualização dos profissionais da área da saúde, que se dedicam à imunização da população brasileira.

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(  ) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(X) Outras. Especificar: Manual

(  ) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

Equipamentos para o funcionamento adequado da rede de frios, instância de armazenamento, controle de temperatura e sistema de refrigeração.

Conclusão

Faz-se necessário aplicar o Manual de Rede de frios nas salas de vacinas, para que deste modo obedeça os critério que o Ministério da Saúde alega.

9.6. ANEXO 6

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

6

Título da Publicação

Manual de normas de vacinação

Título do Periódico

FUNASA

Autores

Nomes:

Ministério da Saúde

Formação autor principal:

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

2001

Tipo de Revista Científica

(  ) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(  ) Publicação Médica.

(x) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar:

Objetivos do Estudo

Atender aos profissionais de saúde que trabalham
diretamente com imunizações nas diversas instâncias do Sistema de Saúde.

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(  ) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(x) Outras. Especificar: Manual

(  ) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

Conservação adequada das vacinas.

Conclusão

Através das informações contidas no Manual de Normas de Vacinação, os profissionais da saúde que trabalham diretamente neste setor, poderá estar bem informados quanto as normas adequadas para o bom funcionamento da sala de vacinas.

9.7. ANEXO 7

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS - REVISÃO DE LITERATURA

Número de Identificação

7

Título da Publicação

Manual de procedimentos para vacinação

Título do Periódico

FUNASA

Autores

Nomes:

Ministério da Saúde

Formação autor principal:

País de Publicação

Brasil

Ano de Publicação

2001

Tipo de Revista Científica

(  ) Publicação da Enfermagem Geral.

(  ) Publicação da Enfermagem de outra especialidade.
Especificar:

(  ) Publicação Médica.

(x) Publicação de Outras áreas da Saúde.
Especificar:

Objetivos do Estudo

Estabelecer as linhas gerais para a administração dos imunobiológicos na rede de serviços de saúde; e padronizar e disciplinar os critérios e técnicas para a administração de vacinas e soros utilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Metodologia

Estudos com dados primários:

(  ) Abordagem qualitativa
(  ) Abordagem quantitativa

Estudos Secundários:

(  ) Revisão de Literatura
(x) Outras. Especificar: Manual

(  ) O autor não define claramente o delineamento do estudo.

Principais Resultados Encontrados

Planejamento das atividades de vacinação, aspectos técnicos e administrativos da atividade de vacinação, procedimentos para administração de vacinas, monitoramento e avaliação das atividades de vacinação.

Conclusão

Contribui de forma direta para o aperfeiçoamento da atividade de vacinação, para a proteção da nossa população e, mais precisamente, para o controle, eliminação ou erradicação das doenças evitáveis mediante a administração de imunobiológicos.


Publicado por: Thiago Mendonça

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