Indisciplina escolar

INTRODUÇÃO

Não se descarta que a indisciplina além de gerar vários problemas a escola também prejudica o meio social e a vida particular do individuo.

Portanto este trabalho foi realizado a partir da observação com alunos em sala de aula, o que requereu um vasto estudo bibliográfico para tal realização.

Esta pesquisa teve por objetivo observar e discutir a agressividade e a indisciplina nas crianças e adolescentes que fazem uso desta dentro e fora da sala de aula.

Na observação dos dados colhidos, chegou-se a entender que um grande desafio aos professores a conviverem com alunos indisciplinados, isto tanto na rede pública como também na privada. O que nos leva a questiona-nos o que realmente estão levando jovens e crianças a serem violentos e indisciplinados. E por que o atual professor não consegue obter o equilíbrio de seus alunos; onde em muitas conversas ouvimos dizer que antigamente os alunos não eram tão agressivos como os de hoje.

Para aprofundamento do tema, foi realizada uma pesquisa de caráter bibliográfico, com abordagem qualitativa, a partir de leituras e fechamento de textos, livros, artigos e revistas, enfocando-se autores como: Tiba (1996), Vasconcellos (2009), Oliveira (2005) Aquino (1998), entre outros. Subsidiando também este trabalho monográfico, desenvolveu-se uma pesquisa de campo enfocando-se a temática em estudo na realidade escolar

Para efeito de melhor sistematização esta monografia apresenta-se estruturada em três seções: a primeira aborda indisciplina escolar: revisão conceitual e caracterização dos aspectos relevantes; a segunda expõe a descrição da escola campo de pesquisa; por fim, a terceira evidencia a analise dos dados coletados na pesquisa de campo.

INDISCIPLINA ESCOLAR: REVISÃO CONCEITUAL E CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS RELEVANTES.

Indisciplina escolar: conceito e característica

A escola sofre reflexos do meio em que está inserida. O problema disciplinar é freqüentemente, repercutidos nos conflitos da família e do meio social envolvente.

As pessoas que rodeiam o aluno, mais propriamente as pessoas de família, influem muito no seu comportamento, portanto os pais são os primeiros educadores. A extraordinária influencia dos que quotidianamente tratam com os alunos reflete-se em muitos dos atos praticados por eles. A ação da família começa desde o berço, muito antes da ação da escola. Tendo uma grande importância à ação familiar na tarefa educativa, reconhecida pela escola, nela impõe-se uma intima colaboração, que deverá significar a ajuda mútua na consecução do ideal educativo.

Para uma educação idealmente construída, a disciplina deveria ser conseqüência voluntária da escolha livre e, como conseqüência da disciplina, a liberdade deveria enriquecer-se de possibilidade, não sendo antagônicos os dois princípios de liberdade e de disciplina.

O clima da aula deve ser de liberdade e de tolerância, de modo a permitir que os alunos tomem consciência dos seus valores e ajam em sintonia com eles. A autonomia a conduz a autodisciplina, não significando, no entanto, que o professor tenha uma atitude de indiferença, ou de apatia perante os alunos. Pelo contrário, as suas atitudes, embora democráticas, devem ser firmes.

Tradicionalmente, o clima da aula devia caracterizar, pela quietude, pela criação de um grupo de estudantes dóceis, que participavam na aula como menos receptores, o que tinha como conseqüência a rapidez do alto pedagógico. Desenvolvia-se pouco a capacidade critica e a iniciativa individual.

Nos nossos dias, cada vez é mais difícil estabelecer a disciplina e fazê-la respeitar. É que, hoje, a posição do aluno é muito diferente da que conheceram o seu pai e o seu avô. Estes viveram entre a família e a escola. Em meios homogêneos, com toda a gente admitia os modos de vida aceitos pela maioria e rejeitava quaisquer outros. Com o efeito da evolução das condições gerais de vida, em todos os meios, as crianças tornaram-se mais independentes, menos dispostas a obedecer à autoridade dos adultos.

            Hoje, vive-se numa sociedade onde crianças e jovens em alguns casos não têm limites, nem tão pouco, regras.

(...) as crianças de hoje em dia não tem limites, não reconhecem a autoridade, não respeitam as regras, a responsabilidade por isso é dos pais, que teriam se tornado muitos permissivos. (AQUINO, 1998, p.7).

Podemos observar que atualmente algumas crianças, tornaram-se indisciplinadas, sem limites, sem regras, ou seja, desconhecem uma boa educação; acham que são donos de si, e que não precisam receber ou respeitar ordem de ninguém. Esse tipo de criança é aquela que é muito mimada, que tudo deve estar ao seu alcance, ao tempo e a hora; acha também que os pais devem comprar tudo que almeje.

Esse tipo de criança chega à escola, quer fazer o mesmo na sala de aula, grita e dá ordens nos colegas, e quer até mesmo mandar a professora calar a boca. Para Julio Groppa Aquino (2003). (...) a indisciplina se trata de um fenômeno escolar que ultrapassa fronteiras socioculturais e também econômicas.

Como diz Aquino; a indisciplina realmente não existe somente atrás do meio sociocultural, ou econômico, ela nasce também através da falta de afetividade, do resgate de valores.

Em um ambiente onde não há compreensão, dialogo amor e socialização familiar; com certeza tem-se um sentimento de revolta, e desgosto e uma criança que nasce em um lar desequilibrado; onde não existe a afetividade familiar, logicamente, sentirá rejeitado pela vida, o desanimado, e a tendência será descontar, em tudo e todos a sua revolta.

As crianças indisciplinares não admitem receber ordens e não aceitam regras, nem tão pouco, limites impostos pelo professor ou pela escola.

Assim podemos ver que a indisciplina lamentavelmente gera graves transtornos, em sala de aula e até mesmo na escola, demonstrados através do descumprimento de regras como também pela falta de limites que os alunos evidenciam desafiando aos professores por meio de atividades agressivas.

Disciplina representa a maneira de agir do individuo, em sentido de cooperação, bem como de respeito e acatamento às normas de convívio de uma comunidade.

Em sentido didático, representa a maneira de agir do educando, no sentido de cooperação no desenvolvimento das atividades escolares e respeito pelos colegas. (NERECI Citada em Giancanterino, 1989, p.25).

Pode-se concluir que a indisciplina é apresentada em alguns aspectos, ou seja, esta se torna evidenciada na relação social do aluno com os demais colegas, no que se diz cooperação entre estes. Ainda esta torna, visível mediante ao acatamento às normas em relação ao convívio com a comunidade que encontra-se inserida. Convém esclarecer que a disciplina também apresenta no sentido de cooperação no desenvolvimento das atividades escolares e no respeito com os colegas.

Para Vasconcelos (2009, p.240).

(...) é muito comum ouvirmos dos professores a queixa de que os pais não estabelecem limites, não educam seus filhos com princípios básicos como saber se comportar respeitar os outros, saber esperar sua vez, etc.

No que estão normalmente repletos de razão, já que muitas famílias não estão objetivamente cumprindo sua função civilizatória básica.

Nesta perspectiva entendemos que os pais, não estão cumprindo o seu papel, como realmente deveria ser, ou seja, não impõe limites nos filhos, estes não têm princípios éticos e morais, acham que da maneira que procedem em casa, devem também proceder na escola; são pessoas indisciplinares, que simplesmente não querem ter respeito por ninguém. De acordo com o autor a família não estar cumprindo a função civilizatória básica, ou seja, não esta criando um ser humano racional civilizado. Isto implica que se continuar assim, os valores morais estão ameaçados de extinção.

Podemos ainda entender que a família é o berço cultual e social de um individuo, e a esta compete, criar alguém como um cidadão, o qual saiba comportar-se perante tudo e todos civilizadamente.

Segundo Oliveira (2005, p.21).

Além de a indisciplina causar danos ao professor e ao processo ensino-aprendizagem, o aluno também é prejudicado pelo seu próprio comportamento: ele não aproveitará que se nada dos conteúdos ministrados durante as aulas, pois o barulho e a movimentação impedem qualquer trabalho reprodutivo.

Por esta visão, entende-se que a indisciplina causa graves problemas ao ensino-aprendizagem, pois dificulta a aquisição e transmissão do conhecimento. Em uma aula onde há muito barulho e movimentação, claramente o educador não conseguirá desenvolver um bom trabalho, devido à dificuldade enfrentada através de alguns alunos indisciplinados. E o problema da indisciplina torna-se mais agravante em salas super lotadas, sem espaço físico em condições desfavorecidas pedagogicamente falando.

Os educadores, em alguns momentos perdem até mesmo o estimulo pela profissão, por não agüentarem, alguns alunos, os quais, não respeitam ninguém, não tem limites e não querem obedecer nenhum tipo de regra.


(Fonte: Mariellyestagio. blogspot.com. br)

Algumas crianças e alguns jovens perderam o respeito total pela instituição em que estudam, não medem distancia em agredir as pessoas verbalmente ou fisicamente, acham que a violência é o único meio de se resolver problemas intrincados. A escola mediante a estas distorções, se posiciona, mas lamentavelmente esta, como foi anteriormente comentado, não se dispõe de alguns meios ou recursos que possam por um fim a tal problema. Bem sabemos que a família e o meio, muitas vezes de ou quase sempre contribui para a questão da indisciplina; pois quando uma criança não quer receber ordens, respeitar regras e não quer ter limites, muitas vezes em seu lar, esta é assim. Então trás para a escola o espelho de casa.

Causas e conseqüências da indisciplina escolar

Varias discussões são abertas a respeito da indisciplina tentando encontrar o agente causador de tal principio. E em meios de tantos questionamentos a fim de encontrar o verdadeiro culpado a este descaso tem gerado problemas gravíssimos para o processo educativo. No entanto sabe-se que a família é a base principal da formação neuropsicológica de um ser humano, e se esta não entende a sua importância, obviamente causará danos gravíssimos na vida de um futuro cidadão, o qual, com certeza levara seqüelas para o seu meio, e dependendo das seqüelas teremos um sujeito altamente desequilibrado, que muitas vezes, não responderá pelos seus atos.

Nota-se que em bairros carentes, onde predomina as banalizações e o custo de vida é difícil, ou seja, onde existe pessoas desempregadas, com fome e sem perspectiva de vida, a tendência ao desequilíbrio emocional e psicológico é enorme. E com certeza este problema estará enraizado nos lares e baseado nisto, a probabilidade de brigas e violência em família é grande. Pode-se se chamar este tipo de lar, como desestruturado, pois este predomina, falta de amor, carinho, compreensão, afetividade e principalmente a falta de diálogo, e então os filhos terão reflexo de tudo isto. Por que um lar onde os pais não se respeitam e brigam na frente das crianças, logicamente trará a estes fortes problemas vindouros.

Tiba ( 19996, p.110)

O único animal que construiu uma civilização foi o ser humano. A civilização é caminhar evolutivo da sociedade. A sociedade é composta de organização, famílias e indivíduos, assim como o corpo humano é formado por aparelhos, composto por órgãos que por sua vez, são formados por células.

O interessante que Tiba comparou a organização do ser humano com a organização do corpo, onde se pode entender a importância da união entre estes e que nenhum passa sem o outro; comparando então família e sociedade denota-se que ambas devem andar juntos, ou seja, é do meio de uma família que se tem um cidadão, o qual atuara em sei meio social.

E durante milhões de anos o ser humano, vem caminhando e evoluindo d ela para cá, e o interessante, foi que este por si próprio descobriu a importância familiar desde os primitivos. Voltando para a influencia da gamilia sobre um sujeito, conclui-se que realmente dependendo do tipo de formação que a criança recebe durante a sua infância, será a forma que esta enxergará não só o mundo, mas também a escola.

Existem crianças que o lar contém de tudo e oferece todos os meios para que esta se eduque, mas lamentavelmente o excesso acaba por contribuir para a indisciplina desta criança, e então teremos ai, a falta de limites e regras, pessoas mimadas sem entendimentos, que acham seu espaço pequeno e começam adentrar  nos dos outros. E este tipo de criança chega a escola e não querem respeitar ninguém, tornando-se inconseqüentes nos seus atos, logo em seus lares desfrutam de tudo que almejam. Os pais não impõem regras nem tão pouco limites, os deixa a vontades, fazerem o que quiser. Sem falar que este tipo de aluno é bancado na escola privada, onde predomina o dinheiro, e os critérios avaliativos não são tão rígidos.

E então Tiba (1996 , p. 168) nos dizia:

Há pais que, que por pagarem uma escola, acham que a mesma é responsável pela educação de seus filhos. Quando a escola reclama de maus comportamentos ou das indisciplinas do aluno, os pais jogam a responsabilidade sobre a própria escola.

Lamentavelmente existe estes tipos de pai que ficam aleatórios ao ensino aprendizagem de seus filhos, preocupando-se apenas com seus próprios interesses, e quando a escola envia um comunicado a respeito da insatisfação educacional, o pai se revolta, e acha que a escola é a unicamente culpada deste problema, e então ameaça de tirar, ou melhor, transferir seu filho para outro lugar, tentando assim intimidar a escola.  Mas na realidade esta família não esta avaliando o que esta acontecendo e que isto não esta ajudando e sim, atrapalhando o processo educacional.

Também há aquele tipo de aluno, que devido não ter um lar equilibrado, trás consigo vários problemas emocionais, e então, isto se torna como uma ferida aberta que tudo toca nesta, e quando este educando, depara-se com um novo grupo, encontra-se dificuldades em fazer amizades e socializar suas idéias com estes. E todos estes fatores refletem dentro da sala de aula.

Em consonância a isto Giancanterino ( 2007, p. 87) afirma:

A indisciplina em sala de aula e na escola tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos entre os educadores. Os grandes responsáveis pela educação de jovens, como a família e a escola, não estão sabendo ou conseguindo cumprir o seu papel.

A indisciplina tem tornado-se cada vez mais um problema, tanto para a família como para a escola, e ambas não estão conseguindo lidar com a situação.

O aluno chega a sala de aula, começa brigar com os colegas, espancando-os, rasga os cadernos e não quer participar das aulas, fica conversando nos horários de aulas sem limitações, pula em cima das carteiras quebrando-as, sem falar que tem alunos agressivos que ameaça a professora de morte. E este aluno indisciplinado começa então a perturbar as aulas, não querendo deixar a educadora ministrá-los, e essa realidade alem de estar nos lares e na escola vai também para o meio social, e quando este individuo vai para a sociedade tem-se mesmo um chefe de família desequilibrado ou quem sabe ate um drogado, ou melhor um traficante.

Portanto para parrat – dayan citado em Silva (2009, P. 2):

(...) O problema de indisciplina pode ser provocado por problemas psicológicos ou familiares, ou da construção escolar, ou das circunstâncias sócio – históricas, ou então, que a indisciplina é causada pelo professor, pela sua responsabilidade, pelo seu método pedagógico, etc.

Observa-se que a indisciplina pode ser gerada por vários fatores, ou meios. Na família a indisciplina é gerada por seqüelas psicológicas e emocionais, no meio social esta ganha respaldo no que se confere a acepção, ou seja, a sociedade exclui o individuo gerando neste uma revolta, bem sabemos que o mundo é hierarquizado e que cada classe muitas vezes manten-se no seu lugar. Existe também a possibilidade de indisciplina ser gerada pelo professor. Por muitas vozes o professor usa de autoritarismo, achando que desta forma conseguir manter a ordem da sala, mas lamentavelmente, só causa transtorno este abuso de poder e exercido nos domínios intelectual e ético.

Sobre questão de autoridade, Luna citado em Silva ( 2009, p. 2) enfatiza:

(...) o professor com autoridade é aquele que deixa transparecer as razões pelas quais a exerce: não por prazer, não por capricho, nem mesmo por interesse pessoais, mas por um compromisso genuíno com o processo pedagógico, ou seja, com a construção de sujeitos que, conhecendo a realidade, disponha-se a modificá-la em conseqüência com um sujeito.

O professor usa da autoridade dentro de sala, alegando que usa, por que a escola cobra isto, ou seja, a ordem deve ser mantida em todos os ângulos. E com isso os alunos vão ficando revoltados e indisciplinados.

Mas o professor na realidade deve estar consciente que desta forma não conseguir desenvolver um bom trabalho o qual, priorize prepara cidadãos para o meio como sujeitos ativos, mais estará preparando pessoas com visão distorcida, que irão achar para administrar algo, deve gritar, ameaçar e outros. E na realidade a indisciplina pode ser viabilizada por vários fatores e se não for diagnosticada, a sociedade futuramente estará ameaçada por pessoas desequilibradas que não saberão coordenar uma família e consequentemente também serão péssimos profissionais.

Como minimizar os problemas relacionados à indisciplina escolar

A respeito da indisciplina vem repercutindo várias discussões, de como minimizar ou até mesmo solucionar tal problema; uma vez que esta causa vários transtornos, tanto na escola como na sociedade.

Portanto é um grande desafio aos educadores a se trabalha com esse tipo de problema, logo além dessa situação ser constrangedora, perturba e impossibilita o desenvolvimento educacional de alguns alunos. Torna-se comum durante as reuniões de professores, ouvirmos, várias queixas, as quais nos deixam claro como um ser humajo, apresenta certos comportamentos, que realmente, nã/ da para acreditar. Como$nos exemplo, crianças e jovens quebrindo à escola, chamando nome feio com os administradores, colegas e professores, sem falar nas drogas em que estes utilizam.

Para amenizar o problema da indisciplina torna-se viável que a escola primeiramente conte com o projeto político pedagógico, o qual contará com a presença do supervisob, orientedor, professores, família até mesmo a comunidade, pois através do acionamento deste o processo educativo fluirá boas respostas a respeito de problemas apresentados dentro do âmbito educacional.

A escola deve rever alguns aspectos que possam ajudar, no ensino-aprendizagem dos alunos dispersos.

Segundo Filho (2009, p.274).

Precisamos deixar de ensinar “o que pensar” para começar a ensinar “como pensar” – como trabalhar em equipe.

O que não faltam são idéias criativas e inovadoras para uma reforma escolar. Devemos escolher os programas que funcionam; devemos implementar as estratégias que já provaram sua eficácia.

Nesta visão entendemos que o ensino não pode funcionar com o intuito de impor certo autoritarismo, mais sim, as aulas devem incentivar aos educando não o que pensar mais como pensar, ou seja, deve direcioná-los ao trabalho em equipe, para que estes aprendam e desenvolvam novas idéias. A escola deve sempre estar procurando novos programas e projetos que ajudem a novas estratégias de ensino. O âmbito educacional deve ser um lugar, ao qual, favoreça ao educando o prazer em estudar. Se a escola não for um lugar em que o educando não se sinta bem, com certeza não gostará de freqüentá-la. É fundamental a escola acolher jovens e crianças para que estes não venham gostar de ficar na rua, aleatórios aos estudos.

Muitos filhos ficam a vontade sem ter compromisso com nada e adquirem novos hábitos; e chegam à escola com esses princípios.

Oliveira (2005, p. 51).

As crianças passam o dia todo sozinhos, em casa ou na rua. E os pais responsáveis transferem para a escola toda, ou quase toda, a responsabilidade da educação de seus filhos: estabelecer limites e desenvolver hábitos básicos. Fica a cargo do professor ensinar às crianças desde amarrar os sapatos, dar iniciação religiosa até colocar limites que já deveriam vir esclarecidos de casa.

De acordo com Oliveira; existem também casos que as crianças passam o dia sozinho, a mercê da vida; sem os pais estarem acompanhando sua educação; e com isso quando estas vão para a escola chegam sem bons hábitos.

Então o educador fica totalmente responsável desde amarrar os calçados da criança até os demais ensinamentos educacionais; ou seja, o professor de repente começa assumir o papel dos pais.

Então a situação da escola fica difícil, sem o acompanhamento familiar, porque existem algumas crianças que não recebem atenção e a assistência que deveriam receber.

Existem pais que não comparecem a escola, a não ser, somente no primeiro dia de matricula, e depois, nunca mais.

Quando os filhos aprontam, ou melhor, criam problemas e a escola emite o recado para os pais virem à instituição, estes ao chegarem à presença da equipe pedagógica atribuem a culpa toda ao professor ou à escola dos feitos de seus filhos.

Segundo José e Coelho (1991, p. 210).

Muitas das funções educacionais da família vêm sendo delegadas à escola, devido às alterações que ocorrem em nossa sociedade. O trabalho da mulher fora do lar, deixando a educação dos filhos bem antes dos 7 anos a cargo da escola, foi o fator decisivo de uma sobrecarga de responsabilidade para o professor.

Nesta perspectiva, podemos ver a situação em que se encontram algumas famílias; ou seja, devido à situação de alguns lares, onde tanto o pai como a mãe saem para o trabalho e neste caso precisam praticamente abandonar o processo educacional de seus filhos, deixando-as somente a custódio da escola. E logicamente esses fatores desencadeiam a indisciplina; não só para a escola, mas para o meio social.

Existem crianças desobedientes, que chegam à escola querem quebrar tudo, gritar os educadores e administradores, sem falar na falta de regras e limites que estas não têm. A família começa entrar em choque querendo uma mudança rápida do filho, mais isso não foi cativado gradativamente.

Tiba (1996, p. 200).

Muitos pais complicam sua vida porque nunca cobram nada e, de repente, porque o filho vai mal na escola, resolvem cobrar tudo de uma vez. “Não vou criar um vagabundo”, dizem eles, desse “grito de guerra” nasce um monte de regras e exigências.

Tiba nos orienta que alguns pais querem concertar um determinado erro, repentinamente, ou seja, descobrem que seu filho não vai bem na escola, e começam impor graves punições ou regras sem limites; e o taxam de vagabundo. Sabe-se que o processo educativo, ocorre desde o berço, e não é nada certo iniciá-lo somente quando a criança ou o jovem chega à escola.

O ato de educar exige um grande acompanhamento ao jovem ou a criança, e este quanto mais cedo for, melhor será. Muitos casos de indisciplina na escola são viabilizados pela família.

Para se amenizar a indisciplina na escola como foi antes citado, a equipe pedagógica através do Projeto Político Pedagógico, deve assistênciar os estudantes, procurando os problemas.

A escola também pode promover projetos, os quais venham mobilizar todo âmbito educacional afim de uma interação entre todos, onde haja harmonia e participação autônoma, no empenho e coleta de materiais, que venham ajudar na construção do tema, ou seja, da proposta lançada. Numa outra proposta para minimizar a indisciplina na escola será, propor aos jovens e as crianças gincanas, campeonatos, onde estes possam sentir e incentivados a estarem em interação com a escola e com os estudos.

Bem sabemos que os educandos gostam de participar de atividades esportivas, pois através destas, estes eliminam o estres, e adquirem novos aspectos harmônicos e coerentes, ou seja, adotam uma nova perspectiva de vida.

DESCRIÇÃO DO CAMPO DA PESQUISA

Caracterizações físicas e históricas

A escola Phablo Dantas Fonseca Sousa localizada na Rua Edgar Garcia S/N no bairro: centro, na cidade de São Bento-Pb, estando na atualmente sob a direção de Célia Garcia de Sousa Santos. Esta escola foi fundada em 1990 e ficou denominada por este nome devido ao falecimento de um ex-aluno, cujo nome foi utilizado para homenagear o aluno em substituição do antigo nome da escola, a qual se chamava escola de 1 grau 29 de Abril, mantendo-se como instituição particular. A escola possui 17 dependências em boas condições de funcionamento, as quais são: 8 salas de aulas ,5 banheiros,1 cantina,1 direção,1 almoxarifado e 1 área de recreação.A história desta  cidade iniciou-se em meados do século XIX , porque aqui habitava um senhor chamado Antonio Vieira, conhecido também como Catonho.E alguns moradores sendo a maior parte pertencente a família Vieira,existia como núcleo principalmente uma fazenda denominada “Cascavel”.

Até que um dia passando por ali um sacerdote em direção a cidades de Pombal, teve a curiosidade de perguntar o nome da fazenda, ouvindo o nome Cascavel, fez o sinal da cruz e chamou pelo nome do santo protetor das serpentes: São Bento. E assim a nossa cidade ganhou este nome.

Com a morte de Catonio,seu filho Manoel Vieira,passou a liderar um movimento em favor do progresso da pequena comunidade,juntamente com seu amigo Leandro Pinto,iniciaram um trabalho de desenvolvimento com a finalidade de aumentar o nucleio agrupando moradores e crescendo o número de habitantes.

Deve-se, portanto a Manoel Vieira e Leandro Pinto a fundação de São Bento. Não se sabe aquele que mais trabalhou e ser empenhou decididamente para o progresso desta terra.

Aestrutura administrativa e suas relações.

A escola para melhor atender os seus educandos conta com o auxilio de (01) mimeografo, (01) computador, (01) máquina de Xerox, (01) máquina de datilografia, (01) máquina fotográfica (01) som, (01)D.V.D,(01)televisão.Em termos de quantidades, a escola ainda possui poucos equipamentos de apoio ao trabalho da equipe de professores e direção, entretanto se tem procurado aumentar esses recursos, para facilitar e melhorar as condições de trabalho dos educadores.

No que se refere à qualidade e conservação, os equipamentos dos quais a instituição dispõem neste momento, estão em ótimas estadas e atendem as necessidades da escola, tendo em vista ser uma escola pequena. E os equipamentos disponíveis no atual momento são: 1 máquina de Xerox,a qual é utilizada pelos professores na preparação de suas atividades e pela direção quando há necessidade de retirar Xerox de algum documento, e 1 mimeografo, o qual também é utilizado pelos professores com a mesma finalidade.No que se concerne  ao corpo administrativo, este contem duas diretoras adjuntos cuja função é administrar e disponibilizar recursos materiais e humanos á escola;há também um supervisor, cujo função é orientar e direcionar  o trabalho dos professores.A equipe de apoio conta com a presença de auxiliares de sala de aula,os quais auxiliam o professor em salas de ensino infantil, quando o contingente de alunos é grande;na escola existem 2 auxiliares de serviço geral-mantém a organização e limpeza da escola. O corpo docente desta instituição é composto por aproximadamente 10 professores.

Na escola o planejamento é realizado a cada 15 dias, com a ajuda da sua supervisora Geralda Andriolla na preparação dos conteúdos a serem ministrados, faz uma discussão previa sobre os elementos que envolvem a profissão docente envolvendo debates sobre possíveis dificuldades enfrentadas em sala de aula. A referida instituição não conta com nenhum tipo de programa, então dessa forma, a mesma procura desenvolver um bom trabalho para que não reflita em sua clientela, a ausência deste.

Os recursos econômicos são adquiridos através das mensalidades pagas, e eventos feitos na mesma, onde são usados em prol da referida escola. Como sabemos que toda escola enfrenta dificuldades, a Phablo Dantas não iria ficar, esta enfrenta o problema da inadimplência, isto a prejudica muito uma vez que esta é privada e não se dispõe da ajuda do governo para sua mantência.

A comunidade escolar e a organização das ações educacionais.

O corpo docente da escola Phablo Dantas é composto por 10 professores, sendo que deste apenas um, ainda esta concluindo o curso de licenciatura plena em pedagogia na U.V.A. A escola lamentavelmente não dispõe de um P.P.P, então observar-se que isto dificulta muito o trabalho educacional da mesma. Os professores são eficazes, os mesmos se encarregam de elaborar os seus planos de cursos, os quais são atualizados de acordo com a série em que vão lecionar.

Na escola não existe um grupo de estudo especifico, os estudos geralmente ficam a critério dos professores e nos planejamentos existem textos que os auxiliam nisso. A supervisora assistência muito bem a instituição esta procura adequar os temas transversais na proposta pedagógica, ou seja, apresenta um projeto no qual toda a escola deve estar inserida. Existe nisto tudo um parâmetro o qual, fica a desejar, o corpo docente não recebeu até o presente momento nenhuma capacitação, sabe-se que os profissionais deveriam ser assistenciados a fim de serem motivados a desempenhar um bom trabalho. Em termos de avaliação os educandos são avaliados através de provões, os quais são realizados em cada série, alem das avaliações bimestrais. Com o bom acompanhamento pedagógico a instituição não possui nenhum caso de evasão. Sabe-se que escola particular, onde os pais têm que pagar, obviamente não apresenta este tipo de problema.

Quanto a escolaridade familiar 90% tem o fundamental completo, 80% o ensino médio, e 2% são analfabetos, tendo renda em media de 1 a 2 salários mínimos.

PESQUISANDO E ANALIZANDO A INDISCIPLIAN ESCOLAR

Natureza do estado

Este trabalho monográfico apoiou-se em uma pesquisa qualitativa uma vez que os dados coletados refletem a forma como os sujeitos envolvidos analisam o tema e, portanto não podem ser mensurados. Foi desenvolvido também através de pesquisa bibliográfica mediante leituras e fechamentos de obras subsidiadas por uma pesquisa de campo para coleta de dados referentes ao tema pesquisado.

Campos de investigação

A investigação ocorreu em 3 instituições publicas estadual municipal e particular.

Entrevistas com os professores

A pesquisa de campo foi desenvolvida envolvendo 8 professores da escola pública municipal que atuam nos 3º,4º,5º,6º e 7º ano do ensino fundamental do turno matutino e também 4 professores da escola particular que também leciona nas series iniciais do ensino fundamental no mesmo turno totalizando assim 8 sujeitos envolvidos .

Instrumentos e procedimentos para a coleta de dados

Para coleta de dados, tanto a instituição pública como na particular, foi utilizado um questionário composto por 5 perguntas abertas para que os professores pudessem expor seus questionamentos e posicionamentos em relação a indisciplina.

O referido instrumento de coleta de dados foi entregue e posteriormente recebido, uma vez que os professores consultados alegaram falta de tempo para responder as questões de imediato.

Apresentação e discussão de dados

Esta pesquisa foi desenvolvida baseada na indisciplina tentando assim identificar ou até mesmo nortear a respeito de tal principio, uma vez que esta tem tornado-se alvo de discussões para o meio educacional.

Nesta pesquisa foi possível detectar alguns fatores que colaboram e ate mesmo viabiliza a indisciplina. Alguns professores atribuíram à culpa a família, outros a sociedade e alguns apontam a metodologias aplicadas pelo professor. E obviamente a indisciplina esta presente em nosso meio ocasionando vários descasos no processo educativo.

O causador da indisciplina.

Sabe-se que a indisciplina se trata de um problema polemico, enfrentado por pais e professores tanto da rede publica como particular. Crianças e adolescentes apresentam dentro e fora da sala de aula atitudes violentas e agressivas. No entanto, sabemos que todo problema tem uma origem. Portanto, se há indisciplina dos estudantes, certamente esse tipo de atitude tem suas raízes.

A experiência do convívio familiar sem duvida é a maior apontada como causadora dos problemas de indisciplina, uma vez que muitas crianças têm como base a falta de limites em casa.

Analisando as respostas dos professores.

Acho que a família é responsável, porque é ela que convive a maior parte do tempo e não lhe impõe limites necessários a crianças. Professora da instituição publica.

“A indisciplina nessa perspectiva em sala de aula, o agente causador nessa situação tento pode ser a família como pode ser causada pelo próprio professor dependendo de como ele lida com o aluno”. (Professora da instituição pública).

 “A falta de preparo das famílias, pois os pais não dão limites aos filhos e nem pensão no futuro deles”. (Professora da instituição pública).

“A família dos alunos é quem fazem com que eles sejam assim, indisciplinados”. (Professora da instituição pública).

Segundo Tiba (1996, p. 165).

A educação ativa formal é dada pela a escola. Porém, a educação global é feita a oito mãos: pela a escola, pelo pai, pela e pelo próprio adolescente. Se a escola exige o comprimento de regras, mas o aluno disciplinado tem a condescendia dos pais, acaba funcionando como um casal que não chega a um acordo, quanto a educação da criança. O filho vai tirar o lucro da discordância pais-escola da mesma forma que se aproveitam quando há divergências entre o pai e a mãe.

Uma criança indisciplinada no lar, que não reconhece seus pais como figura de autoridade, dificilmente reconhecerá tal autoridade em seu professor. Logicamente trará reflexos negativos para dentro da escola. Pois não há tal reconhecimento a criança fará o que bem entender, por isso é importante a contribuição familiar para a disciplina dos filhos, uma vez que o bom comportamento da criança é cimentado em casa, e o professor ira prepara-se para lidar com uma formação continuada. A questão é que na maioria das vezes as crianças trazem problemas de casa.

Como diminuir a indisciplina.

Se considerar-mos que a indisciplina antes de tudo vem de casa trazendo seus reflexos para a escol. Cabe, então, aos professores a responsabilidade de criarem meios que tornem um ambiente escolar agradável, em todos possam conviver na forma mais harmoniosa possível, evitando como medidas preventivas para a indisciplina castigos e punições, mas sim tentar compreender o aluno indisciplinado, tornando amigo do mesmo, participando não só de sua via dentro da sala de aula, e sim de seus problemas e frustrações para assim procurar trazer as soluções

Analisando as respostas dos professores.

“Procurar trabalhar aulas diversificadas, respeitar os alunos para poder ser respeitado, e mostrar que hoje estão muito dispersos”. (Professor da instituição pública).

“É muito difícil trabalhar com crianças indisciplinadas, mas tentando conversar e dando-lhe amor e carinho a criança na maioria das vezes muda seu comportamento”. (Professor da instituição pública).

“Conversando com meus alunos sobre o respeito os valores dando exemplos de pessoas que sendo bem disciplinados serão bem sucedidos e terão um futuro bem melhor”. (Professor da instituição pública).

“Sim. Eu procuro sempre conversar com esses alunos”. (Professor da instituição pública).

Sampaio (1997, p. 7) afirma que:

Para que a indisciplina não brote quase por geração espontânea é útil que o professor tenha bem presente a importância dos aspectos relacionais com os seus alunos. Se o professor continuar valorizar apenas a sua função de instrução (transmitir conhecimentos) é mais provável que os conflitos disciplinares apareçam.

Para lhe dar com a indisciplina o professor deve cativar seus alunos e evitar certas punições e ameaças, pois muitas vezes o indisciplinado sente-se incompreendido e o professor receberá como resposta atitudes agressivo. O segredo então é a capacidade dialogar do professor e a sensibilidade do mesmo para ouvir e compreender seus alunos.

O papel da família

Os pais cobram da escola um dever que cabe intrinsecamente á eles. Pois as escolas mudam, mas os pais são eternos, portanto cabe a eles a educação primeira que consiste na formação do caráter, da auto-estime, dapersonalidade e dos valores da criança.

É importante que os pais tenham consciência de que a escola não é responsável pela formação da personalidade de seus filhos, mas que tem papel complementar ao da família. É por isso que pais e escola devem andar de mãos dadas, com acompanhamento mútuo para a boa formação do individuo.

Analisando as respostas dos professores.

“A família é de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento do ser humano”. (Professor da instituição pública).

”Uma família bem estruturada é a base para a formação de um individuo com valores bem definidos”. (Professor da instituição pública).

“A educação familiar é de suma importância, pois é o primeiro passo para que a educação escolar tenha êxito e contribua para o crescimento e desenvolvimento do aluno”. (Professor da instituição pública).

“O papel da família é preparar a criança para conviver no meio social de forma responsável impondo limites e determinando de forma responsável os conceitos de educação, moral e respeito”. (Professora da instituição da rede particular, 10 anos de serviço).

Tiba (2005, p.183) afirma que:

Se a parceria entre família e escola for formada desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a lucrar. A criança, que estiver bem vai melhorar e aquela que tiver problemas receberá a ajuda tanto da escola quanto dos pais para superar-los.

Não há dúvidas de que a formação familiar é de suma importância para a formação social do individuo, a criança indisciplinada em casa conseqüentemente será um aluno indisciplinado.

Quando há uma parceria entre família e escolas na formação da criança todos tendem a lucrar. A escola percebe facilidades no ato de educar, pois quando encontrar dificuldades poderá conhecer melhor os seus filhos e estarem mais presentes na vida dele.E o filho terá êxito uma vez que ira aprender sem conflitos uma vez que seus valores estão ligados aos da escola.

Falta de limites aos da escola

A falta de limites é gritantes em nossa sociedade muitos pais estão começando a buscar o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade, a instituição escolar também não fica atrás uma vez que é formada por educadores, que buscam o melhor da aprendizagem de seus educandos, adotando normas que devem ser cumpridas pelos alunos.

No momento em que as crianças iniciam a vida escolar levam consigo uma educação familiar que se torna reflexo na escola com isso a família não deve estar ausente da formação moral do individuo que se da através do impor limites e esclarecer as crianças que elas têm direitos e deveres a cumprir.

Analisando as respostas das professoras:

“A meu ver é uma contribuição de fatores, sociedade, e família é a formação previa desse aluno.” (Professor da instituição pública).

“Nesse caso a responsabilidade é da família e do meio em que vive”. (Professor da instituição pública).

“Aos pais! Pois a criança quando tem esse comportamento na escola é por que ela faz o mesmo com os seus pais que em casa não sabem lhe impor limites e nem regras e por isso ficam com esse comportamento horrível”. (Professor da instituição pública).

“Ao aluno, a família e a professora. verifico cada um e vejo que estão agindo de forma incorreta para aquele aluno ser assim”. (Professora da instituição pública).

Para Oliveira(2005,p.51)

Em geral, em casos com esses as crianças passam o dia todo sozinhos, em casa ou na rua. E os pais, responsáveis transferem para a escola toda, ou quase toda, a responsabilidade da educação de seus filhos, estabelecerem limites e desenvolver hábitos básicos.

A família é o que a criança tomara como exemplo e que direcionarão e influenciarão em sua conduta. Portanto é importante que os pais participem mais da formação ética e moral de seus filhos para que estes ao estarem em contato com o meio social reproduzam o que lhes foi ensinado sem gerar conflitos.

Atualmente muitas famílias encontram-se despercebidas e ate mesmo desorientadas no ato de educar e isso prejudica as relações da criança seja com a própria família, ou com seus professores e colegas.

Conseqüências da Indisciplina

A indisciplina pode ser entendida como um comportamento contrário a uma norma explicita.

O indisciplinado gera conflitos é problemático, individualista, egocêntrico, possui condutas violentas, não tem limites e é desapegado da escola dentre outras fatores.

Analisando as resposta das professoras:

“Criar um individuo com desvio de caráter.” (Professor da instituição pública).

“A violência, ou seja, a criminalidade e com isso acarreta ao desajuste na sociedade.” (Professora da instituição publica).

“Corrupção, desonestidade e falta respeito com o meio onde vive.” (Professora da instituição pública).

“Aulas não proveitosas onde o professor é incapaz de passar para a turma e também violência na sala de aula.” (Professor da instituição pública).

Giancaterino(2007,p.97)assinala que :

(...) A indisciplina na sociedade conduz na maioria das vezes, a delinqüência e, mais tarde, ao crime. Uma criança ou um adolescente que desconhece normas de uma vida regular tem tendências de tornar-se um jovem problemático. Muitos deles começam já na adolescência, uma vida desregrada, partem para o crime e é problema para a família e para a própria sociedade.

A indisciplina traz conseqüências negativas ao meio social e familiar. A indisciplina na família traz como conseqüência a desorganização emocional não apenas do indisciplinado, mas também das pessoas que com ele convivem. No âmbito escolar gera turbulências e ainda são comuns conflitos envolvendo o professor e o aluno, alem de prejudicar o ensino-aprendizagem dele e dos outros.

O papel da escola na formação do cidadão

Assim como na família a escola também tem papel fundamental na boa formação do cidadão, pois permite ao educando uma participação democrática ativa, o que propõe um desenvolvimento ético moral. Além de desenvolver a tomada de consciência e capacidade de escolhas, gerenciando os conflitos escolares através do dialogo e respeito mútuo.

Analisando as respostas dos professores:

“Trabalhando ética, cidadania, preparando-os para o meio social como um todo na escola como na família e também para a sociedade”.  (Professora da instituição pública).

“A escola tem o papel de formar cidadãos conscientes das normas que ele deve cumprir perante a sociedade.”

(Professora da instituição pública).

“Com o incentivo á cidadania, fazendo projetos de trabalho com temas transversais como a questão ambiental, cidadania e religião”. (Professora da instituição pública).

A escola, junto com a família, também tem o papel de filtrar o que é útil e que é inútil para a vida desses futuros cidadão. (Professora da instituição publica).

Beane(1997,p.61)diz que:

Se a pessoas de uma sociedade democrática não existem e não trabalham para defender e ampliar a democracia, são socialmente inúteis e perigosos. Na melhor das hipóteses, educaram pessoas que vão viver sua vida e ganhar seu pão indiferente as obrigações da cidadania em particular e do modo de vida democrático.

Embora as escolas ofereçam uma qualificação profissional ao educando, não é o suficiente, a responsabilidade é bem maior, pois a escola deve estar preocupada com a formação de cidadão dignos e conscientes de seus direitos e deveres, preocupados com o bem estar dos outros e como o bem comum através de uma compreensão ideal de democracia. Uma vez que a escola é uma instituição social que promove e amplia o modo devido democrático.

O papel do professor

Na prática pedagógica, a relação professor-aluno é fundamental. Entretanto, nos últimos anos, esse relacionamento tem causando muitas preocupações no que se refere aos casos de indisciplina na escola. Pois o excesso de repressão do professor, o autoritarismo, regras rígidas na escola e intolerância provocam a revolta dos alunos ou ao contrario a permissividade e o excesso de liberdade também poderão provocar a indisciplina. É por isso que o professor deve balancear seus atos educacionais procurando estabelecer uma relação de dialogo e amizade com seus alunos.

 Analisando as respostas dos professores entrevistados conclui-se que 100° deles concordaram que o professor pode ser o causador da indisciplina de alguns alunos.

“Concordo. Muitas vezes a maneira de como o professor trata seus alunos pode sim causar a indisciplina a.” (Professora da instituição publica).

“Concordo. Muitas vezes, o professor não leva em conta no seu planejamento, os interesses e as necessidades dos seus alunos, causando assim, a indisciplina em sua sala”. (Professor da instituição pública).

“Concordo que muitas das vezes o professor contribui sim, quando não impõe regras em sua sala de aula”. (Professor da instituição pública).

“Sim. Concordo dependendo da pratica do professor, este pode ser o causador da indisciplina. Cabe a ele corrigir sua postura”.  (Professor da instituição pública).

Freire(1997,p.60)afirma que:

A afetividade por parte do professor não o abdica de sua responsabilidade e de sua autoridade. Ressalta que a prática educativa vivida com alegria e afetividade não prescinde da formação científica seria e da clareza política dos educadores. Enquanto os professores não perceberem que é, também através da dinâmica relacional do docente com a turma e da analise detalhada do que se possa no seio do grupo que podem melhorar o ambiente da sala de aula, não obterão grandes resultados.

Muitos professores acreditam que estabelecendo certos vínculos de afetividade com seus alunos esteja perdendo a autoridade, porém, não é assim, ao contrario do que se pensam tais vínculos fará com que o professor, conheça melhor seus alunos aponto de poder ajudá-los, alem de criar um clima agradável em sala. A indisciplina é um problema difícil, mas se o professor souber ouvir o aluno, sobre suas dificuldades, isso poderá lhe ajudar a aproximar-se mais deles e a exercer5 seu papel de educar.

Acompanhamento Familiar

Nos tempos atuais a família perdeu o poder e o espaço que tiveram outrora no sentido da formação do individuo. Muitos pais estão sempre ausentes, às vezes por trabalharem demais, e jogam toda a responsabilidade educacional de seus filhos sobre a escola. Tal comportamento dos pais é prejudicial à própria criança, que não possui ainda valores morais, religiosos dentre outros, e começa a conviver com outras crianças logo cedo adquirindo hábitos que não será capaz de julgar certo ou errado, então começa a achar que pode tudo se tornando autoritária e desobediente gerando o fracasso do aluno, porem é importante não generalizar ainda há famílias que fazem bom acompanhamento de seus filhos.

Analisando as respostas dos professores conclui-se que 70º afirmam que a maioria das famílias não acompanha o ensino aprendizagem de seus filhos e 30º afirma ter esse acompanhamento das famílias de seus alunos.

“Depende da cada família, porém geralmente as famílias não têm       tempo ou não quem envolver-se na educação de seus filhos.” (Professor da instituição pública).

“A maioria não” (Professor da instituição pública).

“Na grande maioria não. E isso é um grande problema, pois os alunos ficam sem acompanhamento que é muito importante”. (Professor da instituição pública).

“Apenas uma pequena parte das famílias acompanham a aprendizagem dos seus filhos.” (Professor da instituição pública).

Segundo Tiba(2009,p.183)

A escola, ao perceber qualquer dificuldade com seu aluninho, também poderia chamar os respectivos pais e implantar a educação a seis mãos. Juntos, pais e escola podem combinar os critérios educativos levando em conta as duas mãos, a do coração, afeto e sentimento da cabeça (raciocínio e pensamento) dos três personagens mais importantes da educação da criança: mãe, pai e escola.

A escola deverá sempre poder contar com os pais de seus educandos, para poder solucionar os problemas educacionais encontrados, combinando critérios educativos com o auxilio das famílias. Só assim á escola irá oferecer a criança valores semelhante aos adquiridos no lar, tal criança aprender a sem conflitos e as experiências adquiridas na escola lhes será bastante útil.

Indisciplina na concepção do aluno

Este trabalho monográfico apoiou-se em uma pesquisa qualitativa uma vez que os dados coletados refletem a forma como os sujeitos envolvidos analisam o tema, e, portanto não podem ser mensuráveis.

Foi desenvolvida também através de pesquisa bibliográfica mediante leituras e fechamento de obras subsidiada por uma pesquisa de campo para coleta de dados referente ao tema pesquisado.

A pesquisa de campo foi desenvolvida envolvendo alunos da escola pública municipal; estadual e também particular, totalizando assim 20 alunos envolvidos.

Para coleta de dados, tanto na instituição pública como particular foi utilizado um questionário composto por 9 questões subjetivas.

90% dos alunos entrevistados atribuem à causa da indisciplina a influência negativa dos colegas; ou seja, estes se deixam levar pelos outros, passando por cima das regras e limites. E 70% atribuem a causa da indisciplina à falta de acompanhamentos dos pais. 20% dos educando entrevistados alegam a causa da indisciplina á falta de organização da escola. 10% dos educando acham que a indisciplina é viabilizada pelas metodologias adotadas pelo professor. E também 10% alegam a indisciplina as, mas condições financeiras. Porém mediante os dados coletados observa-se que a indisciplina está transparente até mesmo na visão dos educandos. E na concepção do aluno do à indisciplina esta presente em sala de aula.

Mas ressalta que os alunos indisciplinados nascem de algum parâmetro, e dependendo deste, eis ai a causa da indisciplina, uma vez que a mesma pode ser gerada por meio de vários fatores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com que foi constatado nesta pesquisa convém esclarecer que realmente a indisciplina tem ligações diretas com a falta de limites a regras dadas pelos pais em casa. Os atos indisciplinares licenciados dentro dos lares repercute diretamente na sala de aula e na escola.

Na escola, atitudes disciplinares “agressivos” como por exemplos expulsar, tirar notas, só tendem a criaram mais conflitos e transtornos, o que gerará mais indisciplina. Cabe aos professores e a escola procurar meios que amenizam os problemas dentro de sala, ou seja, trazer a família a acompanhar de perto o processo educativo de seus filhos.

Os educadores juntamente com os alunos devem dialogar, e por a situação em evidencia de forma branda que desperte a uma possível reflexão, que alguns atos agressivos e rebeldes podem causar sérios danos, desta forma redirecionada com certeza fluirão bons preceitos.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Julio groppa.Indisciplina o Contraponto das escolas democráticas;São Paulo:Moderna,2003

FILHO, Luiz Frazão. Estratégias para auxiliar o problema de evasão escolar. Rio de Janeiro: Dunya E, 2002.

GIANCATERINO, Roberto. Escola, professor, aluno: Os participantes do processo educacional. São Paulo: madros, 2007.

JOSÉ, Elizabete da Assunção. Coelho, Maria Tereza. Problema de aprendizagem: SÃO PAULO: Ática; 3º Ed, 1991.

LUNA, S. DAVIS, C.A questão da autoridade na educação. In: Caderno de pesquisa. São Paulo.fundação Carlos Chagas,1991.

NERECI, I.Didatica:uma introdução,São Paulo:Atlas,1989.

OLIVEIRA, Maria Izete. Indisciplina escolar: determinações, conseqüências e ações Brasília: Líber livro, 2005.

PARRAT-DAYAN, Silvia. Como enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: contexto, 2008.

SAMPAIO, DANIEL.  INDISCIPLINA: Um signo geracional. Disponível em:

TIBA, sçami. Disciplina, limites na medida certa. São Paulo: Editora gente; 1º Ed, 1996.

VASCONCELOS , Celso dos Santos. Os desafios da indisciplina em sala de aula e na escola. Disponível em HTTP:// WWW.sinterroraima.com.br/imagens/artigos/desafios indisciplinas 01pag. acesso em 14/07/2009.

ANEXOS

ESTADO DA PARAÍBA

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA             ANO 2009

8ª REGIÃO DE ENSINO

ATA DE ENCERRAMENTO

As sete horas do dia vinte e oito de dezembro de dois mil e nove foram encerradas as aulas da Unidade Escolar da Escola de Ensino Infantil e Fundamental Phablo Dantas Fonseca Sousa localizada na rua Edgar Garcia s/n no município de são Bento PB. Com a presença de professores e alunos da referida Unidade Escolar no(s) turno(s).

ANO/GRAU

1° e 2

MATRICULA

INICIAL

TRANSFERIDOS

EVASÃO

ADMITIDOS

MATRICULA INICIAL

APROVADOS

REPROVADOS

PERCENTUAL DE APROVAÇÃO

PRÉ-ESCOLAR

83

03

-

01

81

81

-

100%

1°ANO

26

01

-

-

25

25

-

100%

2°ANO

22

01

-

-

21

20

01

99%

3°ANO

15

-

-

02

17

17

-

100%

4°ANO

17

-

-

-

17

16

01

99%

5°ANO

12

01

-

01

12

12

-

100%

6°ANO

 

 

 

 

 

 

 

 

7°ANO

 

 

 

 

 

 

 

 

8°ANO

 

 

 

 

 

 

 

 

9° ANO

 

 

 

 

 

 

 

 

Dos alunos matriculados foram promovidos 171 e 02 não conseguiram aprovação. Para constar lavrou a presente por mim devidamente assinada

APÊNDICE

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA PRÁTICA DE ENSINO

PERIODO 8º                                      TURMA 04

ALUNA: MARIA GILDETE ALVES DOS SANTOS

QUESTIONÁRIO

ALUNO_________________________________________________________

SERIÉ_____________________

INSTITUIÇÃO____________________________________________________

1º Você trata bem os seus colegas e a professora?

              (    )sim                                          (   )não

2º Você acha certo agredir alguém?

              (   )sim                       (   )não

3º como você se auto avalia na escola?

               (    )comportado

              (    )mal comportado

4º Você se acha indisciplinado?

             (   )sim                 (    )não

5º Você concorda com as regras impostas pela escola?

             (   )sim                   (   )não

6º Você respeita seus pais?

             (    )sim                     (    )não

7º você acha que recebe bons exemplos de seus pais?

            (   )sim                       (    )não

8º Você acha que a indisciplina escolar é causada?

a)(   )pela metodologia do professor.

b)(   )pelos colegas.

c)(   )pelas condições financeiras

d)(   )por falta de acompanhamento dos pais.

e)(   )por falta de organizações da escola

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ/UVA/UNAVIDA

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA: PRATICA DE ENSINO

PERÍODO: 8º                                                      TURMA: 04

ALUNA: MARIA GILDETE ALVES DOS SANTOS

CARO (A) COLEGA

Sou aluna do curso de pedagogia e no momento estou realizando mini pesquisa na escola. Preciso de sua colaboração para conclusão da minha monografia com algumas informações.

ANEXO “A”

Formação acadêmica:______________________________________________________

Instituição:______________________________________________________

Professor (a):___________________________________________________

1º Bem sabemos que a indisciplina é uma questão polemica no meio pedagógico, e isto vem causando vários questionamentos de como sanar tal problema. Então baseado nesta perspectiva, professor, o que você pode nos dizer em relação a isto; ou seja, quem é o agente causador desta situação?

_____________________________________________
_________________________________________

2º Sabe-se que a indisciplina gera desconforto tanto para o professor como para a escola e também para o meio social. Então de acordo com este parâmetro?Como você faz para minimizar a indisciplina em suas aulas?

________________________
________________________

3º Na sua concepção qual seria o papel da família na formação moral e psicológico de um ser humano?

_______________________
______________________

4º Existem crianças que ao chegarem á escola não quer ter limites e nem tão pouco querem respeitar regras. Você atribui esse tipo de comportamento a quem?

____________________
___________________

5º Que tipo de conseqüências a indisciplina pode trazer para nosso meio?

________________________________
_______________________________

6º Como a escola pode contribuir na formação do cidadão no que diz respeito á indisciplina?

________________________________
_______________________________

7º Você concorda ou discorda que o professor muitas vezes pode ser o causador da indisciplina. Justifique sua resposta.

____________________________________
__________________________________

8º As famílias fazem o acompanhamento do ensino aprendizagem deles?


Publicado por: Gildete Alves Dos Santos

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