Educação Ambiental Escolar

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1. RESUMO

É como que com as discussões sobre uma sociedade mais consciente e menos preocupada com as questões consumistas, numa forma de voltar às atenções para conceitos de consciências ecológicas, para uma preservação do ambiente e desta forma muito se tem escrito e falado sobre os grandes problemas da humanidade, causados pela superpopulação e por prejuízos advindos de uma era industrial muito desenvolvida, o lixo gerado pela grande circulação de produtos, a globalização assoberbada que entope as lojas de produtos e gera ainda mais lixo, mas cada indivíduo tem uma visão diferente do que acontece com o ambiente. Este trabalho se propôs a estudar a “educação ambiental na escola: conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente, pretendendo sanar a falta de informação sobre as principais causas da destruição da camada de ozônio e suas consequências”. O objetivo principal é desenvolver ações educativas sobre questões e problemas ambientais, através de métodos ativos, conscientizando sobre a necessidade de proteção e preservação do meio ambiente. Constatou-se que educação ambiental na escola é hoje o instrumento muito eficaz para se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedade-natureza. Este é o caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que levem à diminuição da degradação ambiental, promovam a melhoria da qualidade de vida e reduzam a pressão sobre os recursos ambientais.

Palavras-chave: educação ambiental, conscientização, ecologia, ética.

ABSTRACT

It's like that with discussions about a more conscious and less concerned with issues consumerist, a return to form of attention to concepts of ecological consciousness, to a preservation of the environment and so much has been written and spoken about the great problems of humanity, caused by overpopulation and losses arising from a highly developed industrial era, the garbage generated by the general circulation of products, globalization overwhelmed that clogs the stores and generates more waste, but each individual has a different view of what happens with the environment. This work aimed to study the "environmental education at school: increased awareness of environmental protection, intending to remedy the lack of information on the main causes of the destruction of the ozone layer and its consequences. The main objective is to develop educational activities on issues and environmental problems through active methods, raising awareness about the need to protect and preserve the environment. Was found that environ mental education in school is now very effective tool for achieving create and implement sustainable forms of society-nature interaction. This is the way that each individual change habits and take on new attitudes leading to decreased environmental degradation promote improved quality of life and reduce the pressure on environmental resources.

Keywords: environmental education, awareness, ecology, ethics.

 

2. Introdução

Discutir a questão da educação ambiental dentro de sala, além de ser um reflexo dos conceitos multiculturais e interdisciplinares, tem se tornado uma necessidade e uma preocupação quanto às soluções que se pretendem para garantir uma melhor qualidade de vida às futuras gerações.

A escola educa; por sua vez também é responsável pela sociedade. A educação ambiental é uma forma abarcante de educação, através de um processo pedagógico participativo que procura infiltrar no aluno uma consciência crítica sobre os problemas do ambiente e auxiliá-lo a criar ter uma educação preocupada não somente com o bem estar individual, mas um bem estar que procure pensar em ideologias que se empenhem na transformação moral da sociedade, os novos rumos da educação pretende formar alunos com responsabilidade ambiental, mas que isso, uma responsabilidade social, pois cuidar do meio em que se vive é pensar na sociedade.

É indiscutível a necessidade de conservação e defesa do meio ambiente. Para tanto, os indivíduos precisam ser conscientizados e, para que esta tomada de consciência se alastre entre presentes e futuras gerações, é importante que se trabalhe a educação ambiental dentro e fora da escola, incluindo projetos que envolvam os alunos. Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo o ambiente.

Desta forma, justifica-se como tema deste trabalho, na situação de que se desenvolvessem ações sobre questões e problemas ambientais, onde os alunos possam construir os conhecimentos necessários para a conscientização e modificação de atitudes e comportamentos que poderão resultar na preservação e recuperação do meio ambiente de forma mais eficaz.

A ação direta do professor na sala de aula é uma das formas de levar a Educação Ambiental à comunidade, pois um dos elementos fundamentais no processo de conscientização da sociedade dos problemas ambientais é o educador. Este tem o poder de desenvolver, em seus alunos, hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza, transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país. Através dessa Educação Ambiental na escola, os alunos podem entender, por exemplo, os caminhos que produtos químicos que consomem o ozônio podem usar para destruir a camada de ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioleta.

Essa preocupação ambiental também é de extrema importância para toda a sociedade, que pode buscar alternativas que não comprometam ainda mais a saúde do planeta. Lixo e esgoto são fáceis de estudar, pois tem forma, cor, volume e, principalmente, cheiro bem definido. Porém, a sujeira que existe suspensa no ar não é tão evidente. As crianças, principalmente das grandes cidades, já aprenderam a conviver com a poluição atmosférica e, com isso, acostumaram-se ao fato, perdendo o ar de novidade e a capacidade de indignação. Mas o problema continua, e quanto mais cedo os alunos tiverem consciência dele, melhor.

3. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR

Quando pensamos na ampliação dos conhecimentos adquiridos pelos alunos no cotidiano e através dos avanços da tecnologia e do mercado, pouco discutiu como esses avanços e tecnologias estão colaborando para tornar o ambiente em que vivemos mais agradável e saudável, para esta e principalmente para as gerações futuras, que dependem de nós e dos alunos para que lhes seja garantida uma qualidade de vida, ao menos igual a nossa, uma vez que devido à falta dessa consciência ambiental tem prejudicado a natureza cada vez mais, impedindo que esta sobreviva por muito tempo.

As metodologias e as práticas de ensino adotadas há décadas atrás tendiam para uma educação tradicional e mecanicista que não contemplava quaisquer atitudes de consciência seja ela ambiental ou social, as crianças eram “produzidas” educacionalmente com o intuito simplesmente de aprender a ler e escrever, não havia por parte desse ensino uma preocupação voltada para pensá-lo e refletir sobre o mundo e as coisas ao redor, com o passar dos anos essa metodologia se modificou e moveu sua preocupação para o mercado de trabalho, onde a preocupação dos professores era formar alunos para o mercado, um período onde a produção foi supervalorizada acarretando ainda mais produtos, o que acarretou ainda mais montante de lixo, seja lixo utilizado para a produção, seja a o lixo do produto final, e esse acúmulo, veio causando transtornos e a preocupação de como fazer para diminuir os problemas causados por essa superprodução.

A partir daí houve um mudança no quadro de ensino que veio desde projetos em reciclagem para o ensino fundamental, até os novos cursos de ensino superior voltados para a questão de conscientização e reflexão social, neste sentido, muito se destacaram as atividades ligadas à conscientização ambiental, ao interesse por um setor mais humano e preocupado com o manter das reservas naturais que garantem vida ao nosso planeta.

Chegamos a uma educação voltada para o interesse com o amanhã e os recursos naturais que garantem que ele chegue. Atualmente é comum percebermos que as escolas valorizam atitudes sustentáveis e promovem atividades sobre a importância de preservar o meio ambiente, é comum que nas escolas hoje faça parte do currículo dos alunos trabalharem com sucata e a reutilização de alguns materiais, além de reaproveitar aquilo que seria jogado no lixo, os alunos aprendem a dar mais importância àquilo que pode tornar-se um novo produto e ainda por cima diminuir a quantidade de lixo produzida pela sociedade, além disso, quando o professor é capaz de transmitir para seus alunos a mensagem de preservação e com isso multiplicar a mensagem, que será passada à família e àqueles aos quais tiverem contato com o aluno que, contagiado e motivado pelas ações apreendidas na escola irá atuar como multiplicador da mensagem.

Conforme Varine (2000, p. 62), "a natureza é um grande patrimônio da sociedade Conseqüentemente, a Educação Ambiental se torna uma prática social, com a preocupação da preservação dessa sua riqueza". Para o autor, se o meio ambiente está sendo atacado, agredido, violentado, devendo-se isso ao veloz crescimento da população humana, que provoca decadência de sua qualidade e de sua capacidade para sustentar a vida, não basta apenas denunciar os estragos feitos pelo homem na natureza, é necessário um processo educativo, com atitudes pró-ambientais e sociais. É claro que o crescimento da população, por si só não pode ser considerado o grande mal que ataca e destrói o meio ambiente, as necessidades dessa população em comer, vestir-se, locomover-se são os fatores que interferem no meio ambiente, pois todo esse consumo é feito de forma desordenada, e sem consciência de que é necessário um compromisso com o lixo produzido, além disso, não existem políticas eficazes para administrar essa produção de insumos, a nossa sociedade não foi educada para lidar com o lixo e desta forma, esse conceito de responsabilidade ambiental é novo aos nossos olhos, e se moldando ao passo que as escolas adotam esse interesse em educar seus alunos para que as gerações seguintes recebam e administrem melhor essa questão.

De acordo com a Lei 9.795/99,

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (LEI 9.795, 1999, art. 1º).

A Humanidade irmana-se perante o universo, então deve lutar unida e sensível à conservação do meio ambiente. Para Brandão (1995), "a sensibilidade traz esperanças de novas relações com afetos de responsabilidade para com o presente e o futuro, não só das gerações humanas, mas de outras gerações de seres vivos".

Ao tomarmos conhecimento desta temática um leque muito maior de dependentes desta educação ambiental aparece, pois é devido a essa consciência que tantas espécies são preservadas, não somente a espécie racional que mesmo ciente de suas ações ainda é a única responsável pela degradação do meio ambiente, quanto à espécie irracional, que sofre com a incapacidade do homem em compreender que preservar o meio ambiente é uma forma de preservar sua própria vida.

A Educação Ambiental além de ser um processo educacional das questões ambientais, alcança também os problemas socioeconômicos, políticos, culturais e históricos pela interação de uma forma ou de outra destes campos com o meio ambiente, desta forma é de fato um tema de alta interdisciplinaridade e contribui muito para o processo de letramento do aluno. Sua aplicação tem a extensão de auxiliar na formação da cidadania, de maneira que extrapola o aprendizado tradicional, fomentando o crescimento do cidadão e consequentemente da Nação, daí a sua importância. Pela sua plenitude e abrangência, a Educação Ambiental incrementa a participação comunitária, conscientizando todos os participantes, professores, alunos e a comunidade estudada, ante a interação necessária para o seu desenvolvimento, ou seja, é um tema altamente atual, que necessita ser abordado com muita responsabilidade pelo professor.

A natureza já não tem mais pontos de referência na sociedade atual. As pessoas são arrastadas pelas novas tecnologias e cenários urbanos, e existe pouco da relação natural que havia com a cultura da terra. Para que a situação não piore, é preciso agir, proteger o ambiente, contudo, percebe-se um interesse, que a princípio partiu do conceito de design e decoração uma busca pelo resgate ecológico e logo após foi possível observar algumas manifestações por meio de escolas, partidos políticos, ONGS, etc. isso mostra que é possível buscar uma salvação, um tentativa de preservar o meio ambiente, mas certamente, a aprendizagem será mais eficaz se a atividade envolver as situações da vida real, do meio em que vivem os alunos, sempre com o objetivo de demonstrar que, se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para todos.

Uma das formas que pode ser utilizada para o estudo dos problemas do meio ambiente é através de uma educação consciente e um planejamento voltado para a responsabilidade ambiental dos indivíduos, podendo alcançar a mudança de comportamento de inúmeros alunos, tornando-os influente na defesa do meio ambiente para que se tornem ecologicamente equilibrados e saudáveis.

A Educação Ambiental é um processo educacional criado ao longo dos anos através de estudos de especialistas, mas isso não impede que o professor, busque trabalhar as noções mais simples desta consciência sobre o meio ambiente e as formas de preservá-lo, ou mesmo criar nos alunos do ensino médio um interesse com visão das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um objetivo comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres do planeta. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas as regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e implantação de programas educacionais ambientais, os quais são de suma importância na tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.

Porém, existem barreiras que impedem da educação ambiental avançar. A principal dificuldade em se praticar a Educação Ambiental no cotidiano do ambiente escolar se dá na generalizada incompreensão do significado de meio ambiente. É comum perceber o não entendimento de que o meio ambiente não é apenas fauna e flora, e que os seres humanos também fazem parte da natureza. Boa parte daquilo que se diz tratar de Educação Ambiental hoje em dia, na verdade, se identifica com atitudes desvinculadas do contexto no qual se insere ou com o qual interagem alicerçadas em conceitos vazios, palavras ocas ou ativismo irrefletido. Essas ações pontuais são indesejáveis para quem pensa uma Educação Ambiental crítica e transformadora. A educação ambiental transcende trabalhar questões como o desmatamento e a extinção de animais, o ambiente diz respeito a todos os recursos e ações ligadas ao habitat naturais homem e de outras espécies de seres vivos, desta forma quando vemos ações ligadas somente aos termos superficiais, não estamos trabalhando a questão da responsabilidade social por completo e sim, uma parte dela.

Naquilo que tange a Educação Ambiental e sua relação com a escola em trabalhar temas atuais percebe-se que a tendência a sobrevalorizar as respostas tecnológicas diante dos desafios ambientais acaba por criar uma abordagem despolitizada da temática ambiental, culminando com uma perspectiva limitada ou inexistente sem ênfase nos problemas ligados ao consumo e modos de produção. Falta a relação entre as dimensões sociais e naturais e a contextualização econômica e política em relação à responsabilidade sobre os impactos ambientais, banalizando as noções de cidadania e participação que na prática são reduzidas a uma concepção totalmente passiva. Não podemos simplesmente implantar a coleta seletiva sem antes discutir a extração de matéria prima, utilização de recursos naturais, modos de produção, consumo e descarte de lixo, por exemplo. É preciso problematizar, é preciso haver um processo para que a coleta seletiva faça sentido aos alunos. É neste contexto que a questão pedagógica sobre a interdisciplinaridade se faz tão necessária.

Comportamentos ambientalmente e socialmente corretos representam, antes de tudo, a ética no sentido mais amplo de seu significado, ou seja, a ética universal. Por este motivo, o professor, seja ele da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e até o professor de ensino superior devem ter atitudes que sirvam de exemplo dessa consciência, dessa responsabilidade em preservar e se pensar na responsabilidade social.

Isso se refletiria em cumprir o desenvolvimento voltado para a sociedade sustentável, um desenvolvimento que proporcione verdadeiras melhorias na qualidade de vida humana e que, ao mesmo tempo, conserve a vitalidade e a diversidade do planeta. Cada indivíduo precisa compreender que é parte integrante do ambiente e que, através de suas ações, é agente modificador do mesmo, participante da sociedade, interagindo como iguais e compartilhando os mesmos direitos e deveres.

4. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A AGENDA 21

“O homem deseja tantas coisas, e, no entanto precisa de tão pouco...”

Johann Goethe

O Desenvolvimento Sustentável do Planeta é um compromisso assumido por mais de 170 países na Conferência realizada durante a Rio-92, no Rio de Janeiro.

Nesta Conferência, a implantação da Agenda 21, foi o mais importante compromisso firmado entre os países, onde mais de 2.500 recomendações práticas foram estabelecidas tendo como objetivo preparar o mundo para os desafios do século XXI.

A Agenda 21 é um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que se constituí na mais ousada e abrangente tentativa já realizada, em promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Trata-se, portanto, de um documento consensual resultante de uma série de encontros promovidos pela Organização das Nações Unidas, com o tema “Meio Ambiente e suas Relações com o Desenvolvimento”. O ponto central nesse processo é o levantamento das prioridades do desenvolvimento de uma comunidade e a formulação de um plano de ação, tendo em vista a sustentabilidade e a integração dos aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais, dentro de uma visão abrangente, ou seja, em longo prazo.

A Agenda 21 é sem dúvida alguma, um importante instrumento nesse caminho de mudanças.

Podemos dizer, que o objetivo da Agenda 21 é o de promover o Desenvolvimento Sustentável. Isto significa que devemos melhorar a qualidade de vida do futuro, adotando iniciativas sociais, econômicas e ambientais que nos levem a um planejamento justo, com vistas a atender às necessidades humanas enquanto se planeja cuidadosamente os diferentes usos dos recursos naturais, possibilitando assim, o mesmo direito às gerações futuras.

Para atingir tal objetivo, as cidades têm a responsabilidade de implementar as Agendas 21 Locais, através de um processo participativo e multissetorial, visando a elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento sustentável do Município.

Trabalhar as questões de meio ambiente e sua preservação envolvem muita dedicação do professor, ele deve pensar e agir habitualmente de forma responsável deve buscar constantemente formas de trabalhar ecologicamente, de adotar posturas que reflitam em sua sala de aula a preocupação com a condição da preservação e consciência ambiental.

Os princípios da Educação Ambiental perante a lei são de enfoque humanista com a concepção ambientalista salientando os aspectos socioambientais e culturais e indicando um trabalho visando à interdisciplinaridade, a incorporação da ética, a articulação entre o global e local. Além disso, está presente nas abordagens da Educação Ambiental, o caráter participativo, democrático, abrindo espaço para a participação efetiva da comunidade estudantil na construção dos marcos referenciais e na construção de sínteses inovadoras entre os novos conhecimentos e o saber comunitário.

Quanto aos objetivos propostos, esta lei tem valor gradativo no sentido de visualizarem o ambiente como o espaço de integração das várias e complexas relações onde aos aspectos biológicos somam-se aqueles de ordem social, cultural, econômico e étnico, dentre outros. Esses aspectos da lei visam garantir a democratização de informações, estimularem a participação individual e coletiva na solução dos problemas ambientais, estimularem a cooperação entre regiões, entre ciência e tecnologia e o fornecimento da cidadania, valorizando ainda a participação nos processos da Educação Ambiental e o desenvolvimento sustentável do país.

Através de um planejamento que procure apresentar a necessidade de uma consciência ambiental às vivências do aluno é possível se construir, dentro da sala de aula os tão sonhados “valores ambientais”, os quais pretendem que os alunos tenham consciência de seus atos e principalmente da possibilidade de garantir às futuras gerações um futuro melhor e mais saudável.

Se todos dentro do ambiente escolar estão preocupados com essa realidade, a harmonia escolar, trabalhando a questão ambiental funciona e vai além dos limites do prédio escolar, chegam às casas dos alunos e a toda comunidade, transformando a informação em mudança e o conhecimento em responsabilidade.

Estabelecer uma relação entre a sensibilização sobre o meio ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade de resolver problemas e a aclaração dos valores, concedendo especial importância à sensibilização sobre os problemas do meio ambiente que se colocam no país e que precisam da conscientização de todos para que os objetivos sejam atingidos de forma abrangente e eficaz e isso começa dentro da interpretação consciente de cada um sobre seu papel dentro da sociedade e de sua responsabilidade ambiental com o planeta.

“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”.

Mahatma Gandhi

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento desordenado, as altas produções de produtos que agridem o ambiente se multiplicaram cada vez mais, desta forma se faz cada vez mais importante conscientizar a população sobre a importância da consciência ambiental, pois ao longo das últimas décadas, as pressões sobre o ambiente tornaram-se cada vez mais evidentes, fazendo erguer uma voz comum pelo desenvolvimento sustentável, o chamado terceiro setor. Essa estratégia requer um novo enquadramento mental e novo conjunto de valores. A educação é essencial à promoção de tais valores e para aumentar a capacidade das pessoas de enfrentar as questões ambientais e de desenvolvimento. A educação em todos os níveis, especialmente a base, tida como educação infantil que é onde o professor irá fixar valores que irão ganhando força ao longo dos anos de vida dos alunos, deve ser orientada para o desenvolvimento sustentável e para forçar atitudes, padrões de capacidade e comportamentos ambientalmente conscientes, tal como um sentido de responsabilidade ética.

Para Adams (2004), encarar os problemas ambientais é essencial, pois é do ambiente que depende a qualidade de vida da população. É preciso que os alunos se conscientizem de preservar o meio ambiente, pois, isto sim, trará muitas melhorias em nossa qualidade de vida. A Educação Ambiental nas escolas de maneira interdisciplinar e abrangendo todos os níveis de educação é hoje o instrumento mais eficaz para se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedade-natureza. Este é o caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que levem à diminuição da degradação ambiental, promovam a melhoria da qualidade de vida e reduzam a pressão sobre os recursos ambientais.

A espécie humana também faz parte da natureza. Então, agredindo a natureza, agride-se, com as poluições do ar, das águas, do solo, dos alimentos, do som, da paisagem das cidades. Elas atingem diretamente a pessoa humana, sua saúde, seu bem-estar. Nesse sentido, a defesa da ecologia é fundamentalmente uma defesa da qualidade de vida.

Estudando na escola, os alunos estarão recebendo os conteúdos de uma maneira ampla, baseados em promover a sensibilização do educando e do educador, visando à compreensão dos componentes e dos mecanismos que regem o sistema natural; com conhecimentos científicos e tecnológicos, bem como as qualidades morais necessárias, que permitam o desempenho de um papel efetivo na preparação e manejo de processos de desenvolvimento, que sejam compatíveis com a preservação dos processos produtivos e estéticos do meio ambiente; e se capacitando a avaliar e agir efetivamente no sistema, atuando na construção de uma nova realidade desejada.

6. REFERÊNCIAS

Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília: Drio Oficial da União, 1999.

A Carta da Terra. Última versão em português. Um programa da UNESCO. Maio 2000. Disponível em Acesso em: 13 out. 2005.

AZEVEDO, Cleide Jussara Cardoso de. Concepção e prática da população em relação ao lixo domiciliar na área central da cidade de Uruguaiana- RS. Uruguaiana, PUCRS- Campus II. Monografia de pós-graduação. Educação ambiental. 1996, 68p.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. "Outros afetos, outros olhares, outras ideias, outras relações". A Questão Ambiental: Cenários de Pesquisa. Textos NEPAM, Campinas: Ed. da UNICAMP, n. 3, p.13-34, 1995.

BRASIL. Lei 9.795, de 27 de abril de 1999. Institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília: Diário Oficial da Uno, 28 de abril de 1999.

FARMAN, J. C.; GARDINER, B. G.; SHANKLIN, J. D. Large losses of total ozone in Antarctic reveal seasonal Clodx/NOx interaction. Nature, v. 315, n. 6016, p. 207 - 210 May 1985.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.

KIRCHHOFF, V. W. J. H.; CASICCIA, C.; SAHAI, Y.; ZAMORANO,F.; VALDERRAMA, V. Observations of the 1995 ozone hole over Punta Arenas, Chile. Journal Geophysical Research, v. 102, n. D13, p. 16109 – 16120 1997.

OLIVEIRA, Alexandre Ferreira de. As Questões Ambientais e o Ensino da Biologia- Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI- Monografia de graduação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas- 2011


Publicado por: Alexandre Ferreira de Oliveitra

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