A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

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1. RESUMO

Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada na área de Contabilidade Gerencial, com o propósito de enfatizar a importância dessa ferramenta para o processo de tomada de decisão. A contabilidade é parte integrante do cotidiano das organizações e devido às transformações no mundo empresarial, torna-se necessário a presença do profissional contábil para agregar o gerenciamento das decisões por meio da disponibilização de informações sobre diversas áreas da empresa. Esta pesquisa ressalta que a contabilidade gerencial proporciona informações de cunho econômico almejando suprir as necessidades dos gestores. Trata-se de um estudo exploratório e bibliográfico, cujos levantamentos realizados possibilitaram concluir que a contabilidade gerencial é importante ferramenta empresarial para todo o processo decisório, seja em grande relevância ou não, posto que a bibliografia consultada é clara e unânime em declarar que a contabilidade, como geradora de informação, auxilia e fornece aos usuários de informações econômicas e patrimoniais a respaldar suas decisões.

Palavras-chave: Contabilidade Gerencial. Informações. Decisão.

ABSTRACT

This work is the result of a research carried out in the area of ​​Management Accounting, with the purpose of emphasizing the importance of this tool for the decision making process. Accounting is an integral part of the daily life of organizations and due to the transformations in the business world, it is necessary the presence of the accounting professional to aggregate the management of the decisions through the provision of information on several areas of the company. This research emphasizes that managerial accounting provides economic information aiming to meet the needs of managers. It is an exploratory and bibliographic study, whose surveys have made it possible to conclude that managerial accounting is an important business tool for the entire decision-making process, whether of great relevance or not, since the bibliography consulted is clear and unanimous in stating that accounting , As an information generator, assists and provides users with economic and patrimonial information to support their decisions.

Key words: Managerial Accounting. Information. Decision.

2. INTRODUÇÃO

As grandes mudanças que as empresas vêm enfrentando devida à globalização da informação e às crises mundiais, trouxeram dificuldades há muitos empresários no que diz respeito a como tomar suas decisões gerenciais.

Crepaldi (2008, p.5) considera que a contabilidade gerencial é um ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais.

O padrão decisório desenvolvido pelo gestor leva em conta sentidos de ação futuros e o contador gerencial capta as informações e os dados necessários, para ajudar o administrador, utilizando os relatórios contábeis.

A contabilidade gerencial é fundamental em todo o campo de exercício da instituição. Assim, informações e dados sobre situações pretéritas ou atuais somente poderão ser elementos de valor para o padrão decisório, na proporção em que o que ocorreu e o que está ocorrendo sejam apreciadores válidos daquilo que poderá ocorrer posteriormente, situações semelhantes às já vivenciadas.

Portanto, a contabilidade gerencial é fundamental para a sobrevivência da empresa, ou seja, ela é imprescindível continuidade da própria instituição, o que se comprova na afirmação do SEBRAE de que de cada dez empresas existentes e operando hoje no país, oito estão prestes a fechar, exatamente porque as mesmas não tem o contador como aliado.

Ressalte-se que o contador da atualidade deixou de ser aquele profissional que cuida exclusivamente de livros, tributos ou registro, coisas que qualquer contador antigamente fazia, passando a ser a peça principal para auxiliar qualquer administrador na tomada de decisões gerenciais.

Assim, o contador atual não é mais o mal necessário, mas sim o profissional necessário que através da contabilidade gerencial, impulsiona as empresas e demais entidades para uma melhor avaliação e estabilidade no mercado com vistas a uma expansão macroeconômica.

Segundo Marion (2008, p.23), a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, pois ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os em forma de relatórios, que contribuem para tomada de decisão.

Destaca ainda, a Contabilidade como sendo a expressão dos negócios, já que norteia e estuda o desempenho dos mesmos, mensurando os efeitos dentro da empresa e dando sentido às tomada de decisões.

É salutar que as informações e os dados sejam reais, e que conduza o administrador a suas decisões. Essas informações estão englobadas nos demonstrativos formados pela contabilidade. Desse modo, nenhum tipo de decisão, em qualquer departamento ou área, seja de produção, investimentos, custos, financiamentos ou quaisquer outros departamentos de uma instituição empresarial, pode ser tomada sem antes examinar a contabilidade.

O método de tomar decisões surge dos dados e informações levantadas por meio da contabilidade e esse não se limita às empresas, gestores ou administradores, mas também a vários componentes, como por exemplos da contabilidade, que podem ser tanto internos (gerentes, funcionários e outros) quanto externos (governo, investidores, sindicatos, fornecedores).

Marion (2005 p.24), relaciona os diversos tipos de usuários da contabilidade, com as devidas utilidades que dão às informações proporcionadas pela mesma. Dentre eles, estão: Investidores a quem cujos demonstrativos contábeis permitem perceber o estado econômico-financeiro da firma; Fornecedores, cujos relatórios possibilitam o exame da capacidade de pagamento da firma compradora; Bancos ou financeiras que utilizam os demonstrativos para aprovar empréstimos, limites de créditos etc. Governos cujo o uso é voltado tanto para a arrecadação de tributos, quanto para dados estatísticos, no sentido de melhor redimensionar a economia; Sindicatos em geral que os utiliza para determinar a produtividade do setor, fator relevante para reajuste de salários e Outros que abrange: empregados, órgãos de classe, pessoas e diversos institutos, como a CVM, CRC, usuários, concorrentes e fornecedores etc.

Dessa maneira, qualquer decisão que venha por ventura a ser tomada, qualquer que seja o campo de atuação do representante por ela, encontrará nos dados contábeis gerenciais o fundamento primordial para que a escolha seja a mais vantajosa para entidade.

Com base no exposto, a pesquisa foi elaborada acerca da Contabilidade Gerencial. Optando-se pelo seguinte cerne: “a importância da contabilidade gerencial como ferramenta no processo de tomada de decisão”.

A definição do tema foi motivada pela grande necessidade de se destacar a importância da contabilidade gerencial e de sua finalidade em processar informações vantajosas aos usuários da ciência contábil, para o procedimento de tomada de decisão, e de ressaltar a contabilidade gerencial como vital à administração das empresas.

Por meio da necessidade de se descrever o que se pretendia na pesquisa, foi elaborada a seguinte problemática: “Qual a importância da contabilidade gerencial para o processo de tomada de decisões empresariais?”.

Visando responder ao problema de pesquisa, o presente estudo teve como objetivo geral evidenciar a importância da Contabilidade Gerencial no processo de tomada de decisões e como objetivos específicos: (1) Demonstrar a Contabilidade Gerencial como sistema de informação gerencial; (2) Especificar os objetivos da Contabilidade Gerencial e sua abrangência na empresa; (3) Expor a importância dos relatórios contábeis como mecanismos de informação gerencial; (4) Descrever as fases do procedimento para tomada de decisão no âmbito administrativo.

Em face do exposto, este trabalho está estruturada em quatro partes. A primeira, traz a introdução, que possui elementos informativos acerca do tema estudado. A segunda, apresenta a metodologia adotada para o levantamento das informações, a terceira aborda o desenvolvimento, que expõe a revisão da bibliografia e a discussão dos dados e a quarta expõe as conclusões do estudo.

3. METODOLOGIA

Diversos são os métodos e técnicas disponíveis para a realização da pesquisa científica, portanto, adotou-se para este estudo a pesquisa bibliográfica e exploratória.

Sobre a pesquisa bibliográfica, Marconi e Lakatos (1990, p.66) lecionam que:

“Abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: radio, gravações em fita magnética e audiovisuais, filmes e televisão.”

Desse modo, visando responder ao problema de pesquisa, bem como atender aos objetivos propostos, realizou-se a coleta de material bibliográfico sobre o assunto em questão em livros, artigos científicos, revistas, publicações avulsas, dentre outros.

Procurou-se ainda esclarecer os conceitos acerca da importância da contabilidade gerencial para a tomada de decisão por parte dos gestores, configurando assim a pesquisa exploratória.

As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de pesquisa, estas são as que apresentam menor rigidez no planejamento. Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Procedimentos de amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas. (GIL, 2008, 27)

Assim, após levantamento dos dados necessários procurou-se estabelecer as conclusões acerca da temática abordada.

4. REVISÃO DA LITERATURA E DISCUSSÃO DOS DADOS

Para os administradores que procuram a excelência de suas empresas, uma informação, ou um dado, ainda que seja muito útil, somente serão desejáveis se conquistados por um custo baixo e interessante para a instituição. É preciso balancear a interação entre custo/ beneficio, ou seja, a informação não pode ser muito onerosa a ponto de ser insuportável para a entidade.

Para Iudícibus (1998, p. 23), um profissional contábil que atua com a contabilidade gerencial dever ser: o componente com formação bastante vasta, com noção, no mínimo das metas ou resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos.

Conforme Crepaldi (2008, p. 14), o ponto fundamental da contabilidade gerencial é uso da informação contábil como ferramenta para a administração. É o processo de produzir informação operacional financeira para funcionários e administradores. Deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos internos da empresa.

4.1. Características da Informação Contábil

No cenário atual a necessidade de se conseguir informações adequadas e de simples compreensão e acesso dentro das instituições empresariais recebe ampla importância. Haja vista que hoje vivemos num espaço grande de negócios rigoroso e integralmente globalizado, essas informações em planos empresariais banalmente servem para tomadas de decisões, e gerenciamento interno nas instituições empresariais. Uma vez que as instituições procuram um plano de excelência cada vez mais amplo perante seus investidores e acionistas, cada vez mais a informação criada pela contabilidade tem tomado imensa importância. E essa informação pode ser do tipo fiscal, financeira e gerencial.

Segundo Crepaldi (2008, p. 15), as informações devem ser construídas para atender a esses consumidores e não para atender aos contadores. O contador gerencial deve fazer um estudo básico das necessidades de informação contábil gerencial.

A contabilidade, como ciência humana, cujo objeto é o patrimônio, procura, por meio da quantificação, da apreensão, da escrituração, da classificação, da análise e do relato das mudanças sofridas pelo patrimônio da empresa, a formação de informações qualitativas e quantitativas sobre, criadas tanto em termos monetários quanto físicos. Porém, a ciência contábil está vulnerável a fraudes e erros.

As fraudes podem ser geradas na tentativa real de esconder ações ilegais, já os erros acontecem por equívoco ou falta de conhecimento dos princípios da contabilidade, por parte dos empregados. Por causa desses impedimentos, uma entidade pode não conquistar seus objetivos, e não desenvolver de modo planejado, porque não tomou atitudes precisas ao se encontrar com essas situações ou empecilhos que levam ao fracasso.

A informação gerada pela contabilidade precisa e deve ser no sentido geral e antes de tudo, verídica e justa, de modo a atender às necessidades banais de um amplo número de usuários, não podendo dá preferencia deliberada a nenhum deles, avaliando o caso de que os interesses dos mesmos nem sempre são iguais.

As informações criadas pela contabilidade devem dá aos seus usuários uma base confiável às suas decisões, pelo entendimento da fase que a empresa passa como o seu desempenho, desenvolvimento, oportunidades e riscos. Para que a informação seja apropriada a fim de adequar os benefícios aos usuário, é necessário atender a algumas particularidades principais que garantem a sua difusão e credibilidade.

A Resolução CFC N°785 DE 28 julho de 1995 – Publicada no DOU, de 1°-08-95 que aprova a NBC T 1, que trata das normas de contabilidade e da informação contábil, apresenta essas particularidades como sendo:

Confiabilidade: é atributo que faz com que o usuário acolha a informação contábil e a aproveite como apoio nas decisões, configurando, pois, componente efetivo na afinidade entre aquele e a própria informação, fundamentando-se na verdade, amplitude e atribuição do seu teor.

Tempestividade: refere-se ao evento de que a informação contábil deve chegar à noção do usufrutuário em tempo adequado, afim de que este possa aproveitá-la para seus fins.

Compreensibilidade: concerne à clareza e objetividade com que a informação contábil é divulgada, abrangendo desde elementos de natureza formal, como a organização espacial e recursos gráficos empregados, até a redação e técnica de exposição utilizada.

Comparabilidade: deve possibilitar ao usuário o conhecimento da evolução entre determinada informação ao longo do tempo, numa mesma entidade ou em diversas entidades, ou a situação destas num momento dado, com vista a possibilitar o conhecimento das suas posições relativas.

Esses atributos devem ser revestidos de propriedade sendo práticos, claros, concisos, admitindo que o usuário possa aferir a ocorrência econômica e financeira institucional, bem como fazer acabamentos sobre a convergência futura, de forma a acatar sempre os próprios alvos da empresa.

Segundo as Normas Brasileiras que tratam sobre a Contabilidade T1, a informação contábil de ser divulgada por diferentes elementos como: relatórios contábeis, registros ou escrituração constantes e metódicos, documentos diversos, livros contábeis, planilhas de computador, notas explicativas, relatórios, laudos e pareceres, empregados na atividade profissional, mas previstos na legislação.

4.2. Contabilidade Gerencial como Sistema de Informação Contábil

Conforme Crepaldi (2008, p. 11), a contabilidade gerencial está sofrendo mudanças importantes para refletir o novo ambiente desafiador que as empresas enfrentam. Informações precisas, oportunas e pertinentes sobre a economia e o desempenho das empresas são cruciais.

Diante das conjecturas básicas para informação gerencial, o contador analisa que o percurso a ser seguido para contabilidade é que ela tenha que se transformar em instrumento de ação administrativa e se torne ferramenta gerencial.

É admissível ter contabilidade gerencial em toda uma empresa, desde que se estabeleça um sistema de informação contábil. Para construir e se fazer a contabilidade gerencial é preciso: sistema de informação operacional e sistema de informação contábil gerencial, que sejam aparelhos dotados de atributos que atestem todas as necessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento.

O sistema de informação contábil (SIC) é a peça que capta, processa e transforma os dados em informações na forma de demonstrativos contábeis com destino à gestão, ao governo e aos demais usuários externos a que se interessarem.

Um software da contabilidade bem aparelhado e gerido é primordial no processo de controle e no procedimento decisório de uma instituição, por possibilitar a emissão de demonstrativos contábeis em tempo real e oportuno e com uma margem de segurança alta em relação às informações geradas.

As empresas que utilizam esse sistema de informação contábil podem ter a oportunidade competitiva em relação às demais empresas, por meio do gerenciamento correto das informações, visualizando-as como uma peça administrativa e uma ferramenta de ajuda ao administrador da empresa no processo de tomada de decisão.

Conforme Crepaldi (2008, p 11), para que se possa implementar um Sistema de informações gerenciais deve-se considerar os seguintes pontos:

as informações que os sistema deverão possuir para alcançar o controle econômico e financeiro da empresa;

o que levar em consideração na decisão entre comprar pronto e desenvolver um sistema próprio;

como a controladoria pode ser mais eficaz pela utilização de um sistema de informação contábil abrangente;

o diálogo com os Sistemas Integrado de Gestão ( ERP);

os requisitos necessários para se implantar um sistema de informações contábeis voltado para o usuário.

Para Padovese (2000 p. 45), o Sistema de informações, pode ser conceituado como:

“um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em informações para, com seu produto, permitir às organizações o cumprimento de seus objetivos principais.”

O sistema de informação contábil será o principal responsável pelo registro de várias ocorrências feitas pela instituição empresarial, pois ele organiza-se de acordo com as necessidades dos interessados nas informações criadas através dele.

É salutar que os proprietários ou sócios de empresas comecem a usar cada vez mais, o sistema de informações contábeis gerencial como ferramenta no processo de tomada de decisão. Para que isso aconteça, é primordial que o profissional de contabilidade esteja cada vez mais apto a fornecer informações que possibilitem a resposta aos questionamentos dos empresários, fornecendo meios para que os mesmos possam confiar nas informações elaboradas.

Com a admissão de novas formas de tecnologias, o sistema de informação contábil está integralmente relacionado aos processos de mudanças no espaço social da instituição. A medida que, o mesmo transformou-se indispensável e imprescindível às instituições, qualquer que seja a política adotada por cada organização.

Os Sistemas de Informações e a Contabilidade são peças que unidas, auxiliam para a criação de informações que ajudam no processo da administração empresarial. Por meio da parametrização do sistema de informação, a contabilidade oferece as informações segundo a necessidade dos administradores, nos vários planos da administração, com isso, cada setor, departamento, ou qualquer célula da empresa, através dos usuários das informações da contabilidade, podem beneficiar o procedimento de tomada de decisão, uma vez que as informações correspondem com mais fidelidade à real situação da organização.

Um sistema de informação contábil utilizado na corporação deve acatar a diferentes usuários das informações por ele elaboradas, possibilitando visualizar erros no meio contábil e gerencial. Com isso, pode-se aceitar que informação contábil é primordial no monitoramento das atividades da corporação, fornecendo uma boa maneira de gestão.

As metas da contabilidade devem ser favoráveis, de alguma forma implícita ou explícita, naquilo que o usuário analisa como subsídios respeitáveis para seu processo decisório. Essa definição é formidável para entendimento dos objetivos e da compreensão do Sistema Informação Contábil Gerencial.

Ressalta-se que para o SIC desempenhar um bom papel na empresa, é imprescindível que os gestores estejam dispostos a receber, entender e utilizar as informações geradas pelo sistema, na esfera das decisões que lhes cabem na corporação. Com esse alicerce informacional, esses usuários passam a dispor de melhores qualidades para controlar o patrimônio, realizar projeções, avaliar e reavaliar decisões ocorridas, acompanhar o fiel cumprimento dos objetivos e das políticas delineadas. 

4.2.1. Sistemas de Informação de Apoio à Decisão (SAD)

O sistema de apoio à decisão (SAD) consiste num um sistema de dados informatizados que agrega os dados e informações em uma tentativa de sanar os problemas semiestruturados e outros não estruturados, com grande envolvimento através do usuário.

Existem sistemas próprios, elaborados pra ajudar diretamente os administradores em suas decisões de gerenciamento. Isto concebe afinação dos sistemas de apoio à gestão. São chamados de sistema de auxilio à decisão e de sistema de informações executivas. Utilizam-se dos dados de sistemas operacionais e dos de apoio à administração. Seu objetivo é promover mudanças de informações não estruturadas para tomada de decisão. (PADOVEZE, 2004, p. 51).

Padoveze (2004, p 54.55), dissertou sobre os três atributos principais para que um sistema de informação contábil possua respaldo interno em uma empresa independente do porte. Esses atributos estão relacionados a seguir:

Operacionalidade: as informações devem ser apanhadas, estocadas e processadas de forma operacional. São atributos simples de operacionalidade de demonstrativos coerentes, formados de acordo com as necessidades dos usuários, coletados de informações não subjetivas e de imediata compreensão pelo usuário que não permitam que exista uma única duvida, com manipulação correta e apresentação visual.

Navegabilidade e integração dos dados: é considerado um sistema de informação contábil (SIC) como interligado quando todos os seus espaços fundamentais para o gerenciamento de informação da contabilidade estão abarcadas por um único sistema de informação contábil, ou seja, todos devem utilizar-se de um só sistema de informação.

Custo da informação: o sistema de informação contábil deve mostrar uma situação de custo abaixo dos benefícios que proporciona à empresa. Com a incorporação definitiva dos recursos computacionais, da informática na administração das empresas, compreende-se que qualquer empresa, da pequena empresa até às grandes empresas, tem meios de manter um sistema de informação contábil que lhe seja benéfico e vantajoso.

Em outras palavras, um excelente sistema de informação pode colaborar para o desenvolvimento da organização, além de sanar problemas que poderiam acontecer internamente na empresa. Proporcionando ao administrador uma maneira de melhorar a performance da empresa, no nível operacional, gerencial, patrimonial e financeiro, procurando um monitoramento de todas as operações feitas na entidade.

É importante analisar e compreender as características dos sistemas de apoio à decisão dentro da empresa, tais características são:

  • Possibilitar a evolução rápida, inclusive com a participação do usuário ativamente em todo o processo;

  • Uma imensa facilidade de incorporação de novas ferramentas de apoio a decisão, como por exemplo, novos aplicativos e várias informações;

  • Bastante flexível na procura e no manuseio das informações;

  • Orientação e individualização para os usuários que tomam as decisões, com boa adaptação à maneira particular de tomada de decisão do usuário;

  • Verdadeira adequação ao procedimento de tomada de decisão, auxiliando o usuário a decidir por meio de subsídios verídicos;

  • Usabilidade, ou seja, grande facilidade para que o usuário compreenda, transforme e use de forma participativa.

Conforme Stair (1998 p.11), “um sistema de informação é um tipo especializado de sistema, podendo ser definido como uma série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam, manipulam, armazenam e disseminam os dados e informações”.

Portanto um SAD (sistema de apoio à tomada de decisão) é um sistema altamente interativo, computadorizado que foi elaborado para ajudar os usuários no processo gerencial, como recuperar, sumarizar e interpretar os dados importantes para a tomada de decisão. O desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão pode ser bastante estimulante, com grandes mecanismos que supostamente deixam os gestores com um “leque” de tudo que precisam sobres suas empresas com um nível de assessoramento desejável.

4.2.2. Sistema Integrado de Gestão Empresarial (Enterprise Resource Planning – ERP)

Segundo Padoveze (2004, p. 51) são chamados sistemas de informações gerenciais os sistemas que têm como meta primordial a consolidação e junção das informações necessárias para a gestão do sistema na empresa.

Os sistemas de Apoio à Decisão e de Informações administrativas agregam todos os subsistemas elementos dos sistemas operacionais e dos sistemas de apoio à gestão, por meio de soluções da tecnologia de informações, de maneira que todos os processos de interesses da companhia possam ser vislumbrados em termos de um fluxo ativo de informação, que transcorrem todas as funções e os departamentos.

Ainda conforme Padoveze (2004, p. 51), esses sistemas possibilitam um olhar de processo e horizontal, em aversão à visão clássica verticalizada da hierarquia funcional das corporações, sejam elas pequenas ou grandes. O Sistema de informação contábil deverá estar integralmente conectado ao sistema de gestão empresarial.

Esses sistemas possibilitam também o atrelamento de outros recursos de tecnologia de informação, como gerenciamento de afinidades com fregueses, cadeia de suplementos, bem como total conexão em rede interna da instituição e com a própria internet.

Os sistemas de informação integrados são obtidos na maneira mais comum, ou seja, na forma de pacotes comerciais, para tolerar a maioria das operações internas de uma corporação. Almejam atender à exigências gerais da maior quantidade possível de instituições empresariais, adequando os padrões de procedimentos de negociações alcançadas pelo conhecimento acumulado de vendedores, consultorias e pesquisa nos procedimentos de benchmarking.

Conforme Haberkorn (1999), o ERP é um conjunto de peças que tem por meta responder à necessidade de automatizar procedimentos e prover informação correta e atualizada, procurando diminuir significativamente a taxa de erros e assessorar respostas inteligentes para a administração da empresa.

Segundo Figueiredo (1997, p. 32-33), o procedimento de gerenciamento da empresa leva em conta que as atividades executadas na instituição empresarial buscam atingir metas e soluções especificas. O processo de gestão serve de auxilio ao processo de tomada de decisão gerencial e efetivar-se-á por intermédio dos seguintes passos: planejamento estratégico, planejamento operacional, programação, controle e execução.

Desse modo, um sistema de gestão empresarial se torna um extraordinário instrumento no processo de decisão das empresas e que deve ser usado como meio de concorrência. Procura seguir as ações cometidas dentro da instituição, faz com que os administradores tenham possibilidades de estimar todas as operações realizadas no meio interno além de averiguar os movimentos que possam estar acontecendo, executando o planejamento e o controle na tomada de decisão nos eventos alcançados.

4.2.3. Carência da Informação

Padoveze (2004, p. 52), menciona que a informação deve ser moldada como qualquer outro tipo de produto disponível para consumo. Deve ser anelada, para ser necessária. Para ser necessária, deva ser útil. Cabe ao departamento contábil, especificamente os contadores gerenciais construir tal “produto” com qualidade e valores competitivos de mercado, sabendo de sua utilidade e de sua necessidade para o bom andamento dos negócios.

O autor julga que a imprescindibilidade da informação é delineada pelos usuários finais, seus consumidores. A informação deve ser estabelecida para satisfazer a esses consumidores e não aos contadores. O contador gerencial obriga-se saber que a informação é construída para atender às necessidades de outros.

O profissional da contabilidade gerencial deve realizar estudos básicos das carências de informações com base nas decisões que serão tomadas com suporte do Sistema de Informação, com dados contábeis.

Hendriksen (1997, Apud Nakagawa1993, p. 59) faz separação entre dados e informação. Os elementos podem ser compreendidos como estimação ou descrições de objetos ou eventos. Se estes dados já são conhecidos ou não interessam à pessoa a quem são comunicados, não podendo ser definidos como informação.

A informação pode ser definida como dado ou conjunto de elementos que provoca o efeito surpresa na pessoa que absorve. Igualmente, ela deve minimizar as incertezas, transmitir a mensagem, conter valor superior ao seu dispêndio e efetivamente deve evocar retorno do tomador de decisão.

Mock (1976, Apud Nakagawa 1993, p. 59-60), julga que:

Em sentido geral o dado deriva do verbo latino, dare‟ (dar) significando fatos ou dados a conhecer e, aparentemente, de poucos interesses às necessidades de decisão. Contrastando com isso, a informação está relacionada com o verbo latino „informare‟ (dar estrutura à). A informação é considerada como dados que foram selecionados e organizados, tomando-se relevantes para alguma questão.

Nakagawa (1993, p. 61) acredita que o departamento gerencial assume o desafio de decifrar as intempéries de uma organização e toma decisões fazendo a seleção entre soluções optativas. Esse protocolo pode ser qualificado como preferencial, que se baseia em adequado sistema de informação. Anteriormente, a informação era absorvida através de fontes diversas, e os gerentes acionavam essa informação com base nas aptidões pessoais.

Não incomum os gestores solicitavam informações sem o conhecimento adequado da imprevisibilidade que suas decisões poderiam causar em determinada área da empresa.

De acordo com o que afirma Nakagawa (1993, p. 62), compreende-se que nas empresas que imprimem um modelo moderno ocorreram pelo menos três notáveis mudanças, as quais estão cooperando grandemente para o aperfeiçoamento da aplicabilidade gerencial, em consequência, para o crescimento da empresa. Essas significativas mutações ditas por Nakagawa são:

  1. A administração da empresa passou a ser elaborada sob a óptica sistêmica como também as próprias técnicas gerenciais obtiveram uma evolução considerável.

  1. A informação passou a ser desenvolvida como uma mercadoria de um sistema desenhado, de maneira que a tornará disponível conforme as necessidades dos gestores.

  1. Desenvolveram-se sistemas de informação, que resistem aos processos de planejamento e controle dos administradores, bem como, os sistemas operacionais das atividades de produção.

Roberts e Nash ((1984, Apud, Nakagawa, 1993, p. 63)) afirmam que o processo transitado no sistema de informação é uma harmonização de pessoas, compreensibilidade, tecnologias, mídia, protocolos e manejos com os quais se pretende condicionar canais de correspondências relevantes, processar operações rotineiras, demandar atenção dos gestores e outras pessoas envolvidas para acontecimentos internos e externos consideráveis e fixar as bases para tomada de decisões coerentes. Os sistemas em geral interagem de modo que o contador gerencial possa direcionar o gestor a tomar decisões.

Como se pode analisar o sistema de informação tem como principal objetivo assessorar o gestor no processo de tomada de decisão. Por essa razão, ele procura emitir diagnósticos relatados que venham suprir as necessidades informativas da empresa, dos usuários sejam eles internos ou externos. A informação processada pela contabilidade é necessária no trâmite do planejamento e no controle interno da empresa.

4.3. Objetivos da Contabilidade Gerencial

Jiambalvo (2002, p. 2) julga que todos os gestores precisam não só planejar e controlar suas transações, porém devem tomar uma série de decisões:

A meta da contabilidade gerencial é viabilizar as informações de que necessitam para o planejamento, a direção e a tomada de decisão. Se o objetivo é ser um administrador eficaz, é substancial um conhecimento profundo de contabilidade gerencial. O controle das empresas é logrado pela avaliação do desempenho dos gestores e das tramitações pelas quais eles são responsáveis. Os gerentes são examinados para determinar como seu desempenho deve ser retribuído ou penalizado motivando-os a ter resultados de auto nível.

Figueiredo (1997, p.27) entende que o profissional da contabilidade tem por objetivo garantir informação condizente ao processo, almejando êxito na administração, entre esse procedimento afirma que o planejamento determina e conserva um plano compartilhado para as transações coerentes com os objetivos e metas da organização, a longo e a curto prazo, que deverá ser averiguado e revisado regularmente, informando aos diversos níveis de gerência através de um adequado meio de comunicação.

Diz ainda que no controle: deverá produzir e reavaliar frequentemente os modelos de avaliação de resultado para que sirvam como parâmetros, aos outros gerentes no exercício de seus cargos, garantindo que o resultado verdadeiro das atividades esteja de acordo com o que foi estabelecido. Na informação julga que o contador deverá moldar, investigar e interpretar os resultados econômicos para serem utilizados pelos administradores no procedimento de tomada de decisão, avaliar os elementos coletados, tendo como modelo as metas das unidades e da organização.

Cita ainda que na contabilidade gerencial em si o mesmo tem por obrigação delimitar, fundamentar e conservar o sistema de contabilidade geral e de custos, mantendo registro de todas as operações financeiras nos livros contábeis em conformidade com os princípios que regem a contabilidade com finalidades de controle interno, como também aos usuários externos, como o Governo.

Pode se dizer então que a contabilidade gerencial participa de todos os trâmites de uma organização, sendo assim constitui-se como uma ferramenta importante nos processos de tomada de decisão de uma companhia. Portanto seu objetivo é oferecer suporte ao gestor com suas informações confiáveis, garantindo então a saúde da empresa, para que a mesma alcance seus objetivos.

4.4. Demonstrações Contábeis Fundamentais

4.4.1. O Balanço Patrimonial

Segundo Marion (2005, p. 42) o balanço patrimonial é uma ferramenta de sustentação da demonstração contábil, que reflete a situação financeira em determinado período, geralmente no fim do ano ou de um período preestabelecido.

Padoveze (2004) declara que o balanço patrimonial é peça fundamental por excelência, para ele é distribuído todo o resultado das operações financeiras da empresa e das transações de realização posterior.

O balanço patrimonial é construído segundo os princípios da contabilidade geralmente aceitos, não obstante, internamente, é possível que se construa balanço com preceitos de avaliação alternativa. Entre tantos ensinadores, alguns sustentam que alguns critérios de avaliação são inconcebíveis nos dias atuais, dessa forma a informação do balanço fica agravada, um exemplo seria a avaliação de estoques a preço médio, quando, na opinião desses críticos a avaliação deveria ser a preço de venda, ou então, pelo menos a preço de custo de reposição.

Já Noreen e Garrison (2001, p.5) afirmam que o usuário externo precisa ter garantia de que os demonstrativos foram preparados em conformidade com os regimentos básicos. Essas regras básicas reforçam a comparabilidade das informações contábeis e auxiliam na diminuição de fraude e a falsa informação.

A contabilidade gerencial não se utiliza somente dos princípios normalmente adotados e sim das suas próprias regras básicas referindo-se a abordagem e maneira dos relatórios gerenciais no âmbito interno. A única objeção é que os bons resultados decorrentes do uso da informação suplantem os custos da exação, da interpretação e da composição dos dados. Posto que o uso da contabilidade gerencial seja optativo, isto é, o contador utiliza da informação necessária e não da impositiva.

4.4.2. O Estoque e sua Avaliação

Padoveze (2004, p.72,73) de forma genérica, excluindo os estoques, os demais ativos e passivos destaca um modelo de avaliação considerável e irrepreensível. Em se tratando dos estoques, vale ressaltar que eles são examinados com o objetivo de se designar futuramente seu lucro na venda, por isso, deverá ser conservada a avaliação a preços de custos.

Considera-se que a avaliação a custos médios poderia levar a convencer alguns usuários a absorver uma informação torcida. Para tal, a contabilidade viabiliza algumas ferramentas e a seguinte argumentação: O baixo nível de estoques e a alta circulação dos mesmos levaram a crê que os valores desses ativos no balanço patrimonial acabem avaliados a preços próximos da data final do período financeira. As ferramentas de correção de valores econômicos de balanço e de correção monetária integral trazem maneiras de incorporação de atualização monetária tornando-os diagnosticados a preços de mercado e, com isso, bem próximo do preço de recolocação. (PADOVEZE, 2004, p. 73)

4.4.3. O Trâmite da Tomada de Decisão

Para Peleias (2002, p. 63, 64) fazer escolhas está presente em diversos momentos da vida. Decisões são ações dirigidas, deliberações que afetam rotineiramente um curso de funcionamento. Porém o trâmite de tomada de decisão envolve um processo de pensamento e ação, atingindo um ato de escolha:

  • O tomador de decisões: é o elemento ou grupo que seleciona as estratégias disponíveis; na empresa, são os gestores, em vários níveis hierárquicos;

  • Os objetivos da decisão: são as metas a serem atingidas pelas ações dos gestores, conquistas de mercados, lançamento de produtos, novas metodologias de produção, dentre outros; esses objetivos podem incluir horizontes de curto, médio e longo prazo, que na empresa devem estar suportados por um sistema de informação que permita aos gestores avaliar os efeitos de suas escolhas;

  • O sistema de valores ou de preferências do tomador de decisão: os critérios que o gestor utiliza para realizar as escolhas; os valores podem ser economicamente representados ou estar influenciado por julgamentos pessoais;

  • As estratégicas ou alternativas do tomador de decisão: são os diferentes cursos alternativos de ação, dos quais se escolhem um, na hipótese de serem mutuamente excludentes; baseiam-se nos recursos sob controle do tomador de decisões, por exemplo, compra de insumos de produção no mercado nacional ou importado, ou utilização de uma mistura de ambos;

  • Os estados ambientais ou da natureza: são os aspectos ambientais que não estão sob o controle do tomador de decisões e que afetam a escolha da estratégia, tais como preferências dos consumidores e política econômica governamental;

  • Os resultados ou consequência da decisão: é a resultante das estratégias e estado futuros da natureza considerados; ao ser expresso em termos numérico, e denominados playoff; nesse elemento, pode ocorrer a avaliação entre maiores retornos em curto prazo ou preservação de lucratividade e mercado em longo prazo;

  • O momento da decisão: é o ponto do tempo em que a decisão ocorre; algumas situações podem requerer pouco tempo para a resolução de um problema, impactando diretamente a quantidade e qualidade das informações utilizadas e o resultado obtido; outras permitem que o gestor disponha de tempo suficiente para identificar e estruturar vários caminhos para resolver o problema;

  • O objeto da decisão: é o problema a ser resolvido, a oportunidade a ser aproveitada, a crise a ser enfrentada ou objetivo a ser atingido;

  • O estímulo para a decisão: é o fator percebido pelo tomador de decisões, que afeta o processo decisório; os gestores podem ser estimulados a resolver problemas, como a reação às situações emergenciais, ou podem melhorar alguma coisa já existente no conjunto de objetivos a serem atingidos;

  • O processo decisório: é um conjunto de etapas ou fases pela quais passa o tomador de decisões na efetivação de sua escolha; seu produto final é a decisão, e poderá ser mais ou menos estruturados, de acordo com o problema apresentado, o ambiente no qual ocorre o estilo do gestor.

Figueiredo (1997, p. 33,34) julga que o processo de tomada de decisão é uma combinação de fases que demonstram a habilidade pela qual os administradores desenvolvem para benefício da organização.

Para Jiambalvo (2002, p.3) a tomada de decisão é parte complementar do processo de funcionamento, ou seja, plano e controle; as decisões são providenciadas para recompensar ou punir os gestores e para transformar as transações ou reavaliar o planejamento. O que a companhia deve fazer? Essa indagação designa decisões que as empresas encaram.

Ainda assim, para que os gerentes sejam eficazes no processo de tomada de decisão, as tarefas relacionadas ao planejamento e controle efetuadas na organização devem ter fundamentos estáveis e verdadeiros.

Portanto, os administradores precisam analisar internamente a empresa se suas decisões impactaram positivamente, podendo delinear o resultado econômico futuro e principalmente, sua estabilidade.

4.4.4. Aspecto Financeiro na Tomada Decisão

A contabilidade no processo de tomada de decisão para eventuais situações e operações é estruturação categórica do procedimento, abalizada em princípios, definições e ações que se propõem a auxiliar os gestores na escolha das excelentes alternativas.

Figueiredo (1997, p. 56,57) define que a contabilidade de custos são basicamente valores pecuniários dos esforços com os quais uma companhia tem que assumir a fim de alcançar suas metas. Evidentemente, é parte imprescindível no processo decisório. Por esse motivo o contador gerente obriga-se a coletar os custos, que são absorvidos com intuito de:

Assistir decisões de planejamento, tais como determinação de quais produtos fabricarem, as quantidades que devem ser produzidas e a que preços devem ser vendidos os produtos. Visto que o planejamento é orientado para o futuro, para este objetivo é interessante ter conhecimento dos custos futuros. Custos históricos têm utilidade somente por serem indicadores confiáveis dos custos futuros.

Auxiliar o controle das operações pela manutenção e aprimoramento da eficiência com que os recursos são empregados. O controle envolve comparação do custo real das operações correntes com os custos planejados. Isso demonstra que, já que os custos reais representam a expressão monetária dos recursos que foram consumidos nas operações correntes, existe interesse na reposição desses recursos. Para esta proposta são usados custos de reposição. O processo de controle ajuda a manter os custos correntes alinhados com os custos planejados, pela evidenciação de ineficiências. Também pode conduzir a uma revisão dos custos planejados.

Auxiliar na mensuração de resultados e ainda auxiliar na decisão do mix de produção.

Hendriksem (1999, p. 160) afirma ainda que os aspectos financeiros da contabilidade são todas as decisões relativas à política contábil, o que deve ter consequências econômicas. Isso por que, caso não tivessem, não haveria propósitos para a preocupação com essa política, considerando que as decisões que envolvem valores econômicos conduzem a uma segurança ou a uma diminuição dos custos de coletas de informações.

O gestor contábil, instruído na área financeira e na contabilidade de custos, tem capacidade de analisar contradições nestes departamentos, podendo fornecer informações confiáveis para o processo de tomada de decisão. A administração organizacional carece de informações sólidas que possibilitem verificar se os objetivos estão sendo atingidos e nesse momento o contador gerencial se torna imprescindível com sua habilidade de interpretar situações e oscilações nas demonstrações contábeis dentro da companhia.

Portanto, os contadores que gerenciam os processos contábeis, têm também outras competências, como auxiliar no projeto do plano e controle das transações, revelando seu legítimo valor no processo de tomada de decisão.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o trabalho de pesquisa pôde-se perceber a importância da contabilidade gerencial como ferramenta no processo de tomada de decisão. A peculiaridade presente no profissional contábil é sua solícita compulsão em dar suporte ao gestor para que a organização possa atingir seus objetivos. A contabilidade não transmite apenas informações de cunho financeiro, econômica e patrimonial, porém objetiva atender as necessidades de seus usuários no processo decisório.

Em conformidade com os autores estudados, as informações oferecidas pelo contador, passaram a ser primordiais para a tomada de decisão, uma vez que significativas mutações estão ocorrendo à medida que as empresas disputam entre si.

Mediante as informações do contador gerencial, as companhias estão alterando a maneira de gerenciar, fundamentando-se, gradualmente, em relatórios contábeis, para solidificar suas decisões.

Cada vez que a contabilidade gerencial auxilia os gestores nos trâmites de decisões a escolherem por uma opção confiável e cabível em determinado período, ela mesma é valorizada. A pesquisa destacou aspectos importantes que podem agregar benefícios aos seus usuários.

Por outro lado, a contabilidade gerencial experimenta ainda uma relutância por parte de algumas instituições empresariais que precisam dessa informação gerencial para o processo de tomada decisão até mesmo em tempo real.

6. REFERÊNCIAS

BEUREN, I. M. (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade. Brasília: CFC, 2006.

FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO P. C. Controladoria Teoria e Prática. 2. Ed São Paulo: Atlas, 1997.

GIL, A. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 .ed. São Paulo: Atlas, 2008.

HENDRIKSEN, E. S.; BREDA M. F. V. Teoria da Contabilidade. 5. Ed São Paulo: Atlas, 1999.

IUDÍCIBUS, S. de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed São Paulo: Atlas, 1998.

JIAMBALVO, J. Contabilidade Gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Maria de Andrade. Técnica de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1986.

MARION, J. C. Contabilidade Empresarial. 11. Ed São Paulo: Atlas, 2005.

NAKAGAWA, M. Introdução à Controladoria: conceitos, sistemas, implementação. 1. Ed São Paulo: Atlas, 1993.

OLIVEIRA, D. de P. R. Sistemas de Informações Gerenciais: estratégicas, táticas e operacionais. 10º ed. São Paulo: Atlas, 2005.

PADOVEZE, C. L. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2004.

PELEIAS, I. R. Controladoria: gestão eficaz utilizando padrões. São Paulo: Saraiva 2002.

RAY H., GARRISON, E. W. , ROREEN. Contabilidade gerencial 9. Ed Rio Janeiro: LTC, 2001.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2000.

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POR TIAGO DE MOURA BRANDÃO E WALLYSON DE OLIVEIRA SILVA.


Publicado por: Wallyson de Oliveira Silva

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